23.4.12

Abel e Irene - dois artistas

150412

Busto de Abel Salazar da autoria de Irene Vilar.


Este busto encontra-se na Casa-Museu Abel Salazar.


O local não é bem no Porto mas pertence à Universidade do Porto e os dois artistas muito têm a ver com o Porto.









20.4.12

Palacete do Conde do Bolhão

chantier

Quem passa ali na rua Formosa quase não se apercebe do palacete. Rua estreita, porta já há muitos anos fechada. Em frente, o prédio caído chama o olhar. Na porta ao lado existe uma joalharia que nos distrai. O portuense, que gosta de olhar para cima, distingue o Mercúrio existente no cimo.

Construído em 1844 para um rico comerciante, mais tarde conde, o edifício, onde já funcionou a Litografia do Bolhão, há anos que se encontra prometido para albergar o Teatro do Bolhão.

Tive a ocasião de o visitar durante o "Estaleiro-Aberto" que ocorreu no passado 18 de Abril - Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.



021112



Actualização - Abril 2014


«Mandado construir em 1844 por António de Sousa Guimarães, um dos comerciantes mais ricos do País, o Palácio Conde do Bolhão expressa o vigor político e financeiro da orgulhosa burguesia portuense do séc. XIX, sendo a sua decoração de estuques, pintura e talha assinada pelos artistas mais relevantes da época.
O Palácio deve ainda a sua reputação à faustosa vida social que o Conde do Bolhão promovia e que Camilo Castelo Branco, seu protegido, descreveu detalhadamente. O Conde do Bolhão albergou por duas vezes a Família Real no Palácio e as suas opulentas festas, com 800 convidados, constituíam o zénite da vida social na cidade. Finalmente, e à boa maneira Camiliana, a história do Palácio está envolta numa teia de situações rocambolescas, onde abundam escândalos, infidelidades, traições e duelos, e onde o autor surge como um dos mais notórios protagonistas.
Arruinado e acusado de falsificação de moeda no Brasil, o conde acabaria por vender o Palácio que, no início do séc. XX, foi convertido em sede da Litografia do Bolhão. Para instalar as suas oficinas, esta conhecida litografia, (que funcionou até cerca de 1990), construiu um anexo de dimensões consideráveis acoplado à fachada traseira do palácio e cobrindo o antigo jardim.
Em 1998, a Academia Contemporânea do Espectáculo (ACE) apresentou à Câmara Municipal do Porto um projecto de instalação no Palácio que prefigura de forma emblemática os propósitos de requalificação e programação da cidade, já que perspectiva a criação de uma estrutura de formação e produção cultural e artística de raiz local e resultante da dinâmica das forças vivas da própria cidade; a recuperação e devolução ao público, de um imóvel simbólico da cidade e de grande valor patrimonial; a implantação de um pólo de actividade cultural no coração da Baixa desertificada e desqualificada; a integração do projecto, em conjunto com o TNSJ, o ANCA, o Rivoli e o Coliseu, numa rede de circulação de públicos no centro urbano. Finalmente, o potencial de acolhimento de espectáculos que a tipologia do seu Auditório permite. A implantação do projecto, que conheceria
vicissitudes várias, envolveu três presidentes da CMP, seis Ministros da Cultura, um Ministro da Educação e o próprio Presidente da República que, em Março de 1999, assinalou no Palácio o Dia Mundial do Teatro.
Em Novembro de 2001, a CMP adquiriu o imóvel cedendo o seu comodato à ACE e, finalmente, com o apoio da Direcção Regional de Educação do Norte e da Câmara Municipal do Porto iniciou-se, em Junho de 2006, a primeira fase de recuperação do Palácio. Actualmente o projecto atravessa a segunda fase de intervenções, estando a conservação e restauro do imóvel a cargo da empresa 3M2P - Construção e Reabilitação de Edifícios, Lda., que, a 18 de Abril, no âmbito das celebrações do Dia Internacional dos Museus e Sítios, e em colaboração com o Grémio do Património, organizou uma visita estaleiro-aberto à obra que contou com cerca de 60 participantes.»

Miguel Monteiro (3M2P)
In “Pedra e Cal” Ano XIV nº 52


A recuperação deste edifício decorre sob a direcção do arquitecto José Gigante.


Actualização Março 2015:

Tendo reparado que nas últimas semanas os visitantes do blogue têm consultado este artigo divulgo os contactos do novo teatro do Porto:

ACE Teatro do Bolhão


Situa-se na rua Formosa, 342 

Telefone: 222 089 007

Para saber mais um pouco sobre a história da ACE | Teatro do Bolhão poder ler aqui: http://ace-tb.com/teatrobolhao/presentation/apresentacao/


19.4.12

Rua FERNANDES COSTA



110412


Actualidade do dia: O Bairro da Fontinha


Desde que algo de insólito se passa numa rua do Porto a audiência do meu blog começa a subir.

Para aqueles que não sabem onde fica a Fontinha aqui vai: é mais ou menos um espaço triangular entre a rua de Santa Catarina, a rua Gonçalo Cristóvão e a rua do Bonjardim. Nele estão incluídas várias ruas, entre as quais a rua das Musas e a rua Raúl Dória. 


Curiosidades: Na rua da Fábrica Social está instalada a Fundação José Rodrigues. Júlio Couto o autor de monografias sobre a cidade e "cicerone" de grupos, além de outras várias actividades (teatrais e docentes) também habita o bairro e na rua das Musas nasceu o poeta José Gomes Ferreira.


Hoje o blogue foi actualizado, o largo da Fontinha e a rua Raúl Dória encontram-se localizadas no meu mapa.





18.4.12

Rua PADRE ALEXANDRE


100412


Padre Alexandre - Alexandre Pinto Pinheiro - (1703- 1772). Este arruamento foi aberto nos finais do séc. XIX em terrenos que pertenciam à famosa Quinta dos Vanzeleres. Esta homenagem aquele sacerdote justifica-se pelo '' zelo, solicitude e inteligência '' com que se dedicou à obra da sua vida - o Cemitério de Agramonte. (Germano Silva - Arquivo da Toponímia)





17.4.12

Rua dos VANZELERES



120412


«...A Rua dos Vanzeleres tomou o nome de uma quinta que alí possuía a família deste apelido - Van-Zeller - estabelecida no Porto desde fins do séc. XVII, e que teve no comércio portuense, desde então, uma notável preponderância. A Quinta dos Van Zelleres, que serviu de teatro de encarniçada luta nos tempos do cerco do Porto, desapareceu quase totalmente com a urbanização da Av. da Boavista, Rua do Príncipe da Beira (hoje Rua de 5 de Outubro) e outras próximas desta. Resta a recordação na Rua dos Vanzeleres.»




"Toponímia Portuense" de Eugénio Andrea da Cunha e Freitas 


Praça do IMPÉRIO

090412


Este monumento foi originalmente erguido nos jardins do Palácio de Cristal quando da Exposição Colonial que decorreu em 1934. É da autoria de Sousa Caldas e Alferes Alberto Ponce de Castro. Já foi aqui feita uma referência numa mensagem intitulada: "Duas Estátuas, Duas Praças".

Como outros locais do Porto esta praça também foi vítima de uma carecada nos últimos meses.

Cada vez que passo por esta rotunda estou à espera de ver um exército de máquinas a começar o trabalho de implantação das infra-estruturas da "Nova Avenida" que a ligará à Avenida da Boavista.


16.4.12

Rua da TORRINHA 2012

070412

Já sabia que a imagem publicada anteriorment sobre a Rua da Torrinha só podia servir para memória futura. Voltei a esta rua para pescar novas imagens.


Não pense o visitante deste blogue que me faltem imagens para novas ruas, mais tarde elas aparecerão.


Duas imagens actuais para ilustrar esta rua. A da Casa da Madeira que muitos portuenses devem ignorar que lá se situa.




080412





A segunda imagem é de mais um colégio desta zona. O Colégio Liverpool anteriormente existia na rua dos Bragas, lá para os anos 40 do século XX mudou de orientação e instalou-se no local que ocupa actualmente. Nos meus tempos de escola era um "colégio de meninas". 


Antes de existirem as faculdades nesta zona da cidade, a rua de Cedofeita era uma espinha dorsal de estabelecimentos de ensino privado e oficial. Só para citar os mais conhecidos e os menos antigos: no cimo da rua do Mirante havia o Liceu Feminino Carolina Michaellis e o Colégio Almeida Garrett, vários colégios privados existiram na própria rua. Até finais dos anos sessenta do século XX o Instituto Industrial tinha ocupado os locais da Faculdade de Letras na rua do Breyner, O Colégio Moderno situava-se na rua do Barão de Forrester perto da ponte ferroviária. O Instituto Normal Primário do Porto era ali na rua das Oliveiras, etc... 
É um assunto que merecia ser aprofundado, aqui deixo a sugestão.

12.4.12

TEATRO SÁ DA BANDEIRA

060412



O Teatro Sá da Bandeira é o último teatro privado do Porto. Inaugurado em Agosto de 1855. Tem o nome actaul desde Outubro de 1910 - uma semana depois da implantação da República.

Com cerca de 5000 metros quadrados de área coberta quase não se apercebe quando visto da rua pois três lojas aí têm lugar.

Apesar de apresentar vestígios de falta de manutenção e de actualização, a sua grande "sala à italiana" ainda hoje acolhe algumas peças teatrais durante o ano.

Infelizmente está condenado a desaparecer mais mês, menos mês. 

Nos anos sessenta foi propriedade do célebre Rocha Brito que era proprietário de um stand de automóveis no mesmo edifício e que também era o proprietário da garagem da rua Passos Manuel.

Curiosidade: Nas frases à moda do Porto ainda não está totalmente esquecida aquela que muitas senhoras diziam: "Bonito, bonito, são os carrinhos do Rocha Brito" - isto no tempo em que as senhoras não pronunciavam as palavras inexistentes na sexta edição do dicionário da Porto Editora.

Mais sobre este teatro: site do Teatro Sá da Bandeira