tag:blogger.com,1999:blog-22397096.post4130446188879174094..comments2024-03-14T17:17:25.894+00:00Comments on ruas da minha terra - Porto: Rua SARGENTO ABÍLIOT Dhttp://www.blogger.com/profile/06309883970642072048noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-22397096.post-63362321178448601422010-02-10T12:00:28.463+00:002010-02-10T12:00:28.463+00:00Eis mais alguns dados biográficos sobre um dos her...Eis mais alguns dados biográficos sobre um dos heróis do 31 de Janeiro de 1891.<br /><br />Manuel Lopes<br /><br /><br />ABÍLIO MEIRELES<br />Militar<br />(24-12-1860) - (25-07-1923)<br /><br />Abílio Francisco de Jesus Meireles nasceu em Freixo de Espada à Cinta e faleceu em Lisboa. A família, dedicando-o à vida eclesiástica mandou-o educar em Cernache do Bonjardim, onde foi condiscípulo do que veio a ser bondosíssimo missionário e, depois, Bispo do Porto, D. António Barroso, com quem manteve sempre, ainda através da sua agitada vida política e revolucionária, as mais íntimas relações. Era 1º Sargento do Regimento de Caçadores nº 9, por ocasião da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, na qual tomou parte importante, conquistando, pela sua nobre e heróica atitude de então, a auréola de prestígio que conservou até à sua morte. Na Rua de Santo António bateu-se até ao último cartucho contra as forças fiéis da Guarda Municipal. Acusado como instigador ou cabeça, segundo a nota de culpa do Promotor de Justiça Militar, foi submetido a julgamento no célebre Tribunal de Leixões. O Sargento Abílio, como ficou sendo conhecido, fez peranta os seus julgadores, um depoimento que, sem ser arrogante, causou sensação, pela coragem moral que testemunhava. Em resumo, afirmou que era republicano e saíra do Quartel com os seus camaradas, Cabos e Soldados, para implantar a República, por considerar esse regime a única forma de governo capaz de salvar o País. Fora recebido a tiro pela Guarda Municipal, defendendo-se a tiro, não podia defender-se à bofetada. Pediu, em seguida, a absolvição dos Cabos, Soldados e Músicos que tinham obedecido às suas ordens e, portanto, não eram culpados. Condenado a 9 anos de degredo, seguiu para Luanda, a fim de cumprir, em Maio de 1891, trabalhando no Dondo durante dois anos. Em 1893 foi indultado, regressando ao Porto em Julho desse ano, e nessa cidade continuou a viver e trabalhar honestamente. Proclamada a República, foi reintegrado com o posto de Tenente e promovido, mais tarde, a Capitão para a Arma de Infantaria, por deliberação da Assembelia Nacional Constituinte, reformando-se, algum tempo depois e acabando os seus dias sob os carinhos da família, em Lisboa. Guerra Junqueiro, seu contemporâneo, dedicou-lhe uma das suas melhores poesias, intitulada Hino de Algum Dia. Sampaio Bruno falou dele no seu eloquente manifesto dos emigrados, e Mayer Garção dedicou-lhe um dos seus mais belos e sentidos artigos do jornal A Manhã. Algum tempo depois do seu falecimento, a Câmara Municipal do Porto deliberou trasladar o féretro do Capitão Abílio Meireles, depositado no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, para o Porto, a fim de imunar junto ao monumento aos Vencidos do 31 de Janeiro de 1891, existente no cemitério do Prado do Repouso. Essa deliberação efectivou-se de modo a coincider o acto com o aniversário da Revolução em que o herói tomara parte activa. Assim, o Porto, secundando a homenagem pública já prestada em Lisboa à memória de Abílio Meireles, rendeu preito, numa cerimónia imponente e de grande devoção cívica, àquele que carinhosamente denominou e continua a denominar “Sargento Abílio”. O seu nome faz parte da Toponímia de Lisboa, onde existe uma artéria “Travessa Sargento Abílio” e do Porto, onde existe uma artéria “Rua Sargento Abílio”.<br />Fonte: “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 16, Pág. 750)Manuelhttps://www.blogger.com/profile/05466477614051023040noreply@blogger.com