29.12.11

O largo que mudou de nome

Quarta-feira, dei conta que um número pouco comum de pessoas procuravam neste blogue onde se encontrava o Largo de Mompilher.
Pensei logo no pior, que tinha ardido o velho quiosque que ali está despresado, que uma conduta de gás tivesse rebentado ou que tivesse ardido uma daquelas casas da esquina da rua da Picaria.
Ligo o rádio, mas o locutor nada me diz. Resolvo, então, consultar na net o quotidiano que mais fala da cidade – claro, o J N.

Espanto meu! Uma equipa de zelosos trabalhadores municipais eram os protagonistas de um video. Já o sol deixara de iluminar que eles destruíam um azulejo (mais português do que uma calçada) com o nome de José Sócrates. Duas ou três linhas sucintas a explicar o fenómeno. Nunca antes na cidade o nome de uma rua durou tão pouco tempo!

O ano de 2011 estava na sua última semana. Uma mão desconhecida tinha tido a ousadia de alterar o nome daquela artéria. O tom era jocoso e a maneira artística.



O ex-primeiro ministro de maneira efémera teve nome numa artéria que muitos que habitam a cidade desconhecem. Aqueles que nunca compraram um jornal no quiosque, que nunca urinaram nos urinóis municipais que ficam por baixo das escadas do Pinheiro tiveram que vir aqui para localizar o dito Largo.

Para localizar o dito largo basta clicar no “link” mesmo por baixo desta mensagem. É uma novidade do blogger e algumas das mensagens aqui publicadas já o utilizam.

(A imagem publicada, uma vez não é costume, não é minha. Como a retirei do Facebook não sei quem é o autor)

23.12.11

Uma mão cheia

de nomes de ruas da cidade do Porto.


111211

Festas Felizes para os amigos e visitantes deste blogue

10.12.11

Rua de SERRALVES

101211


«...O forte de Serralves vem mencionado na planta das linhas do cerco, de Arbués Moreira, junto à chamada Casa do Moreira, onde estava o acampamento da Infantaria 5. Por aqui passava a estrada que por Vilar e Lordelo ia à Foz, como assinala a Planta do «Douro Português», de Forrester (1848). Que significa Serralves? Não sabemos. Podemos apenas sugerir que provanha de Serra ou cerro alvo. Será ? As «inquisições de D. Afonso III em 1258, mencionam «o lugar que se chama Pedra Alba». É talvez um indício a investigar. »

("Toponímia Portuense" de Andrea da Cunha e Freitas)




9.12.11

Travessa de ENTRE CAMPOS

091211


"A origem do topónimo é fácil de entender: as artérias em causa estendem-se ao longo de enormes propriedades. Ficam mesmo entre campos ..." 


(Germano Silva - Arquivo da Toponímia)


Rua de PENOUCOS

081211

Esta rua já teve o nome de Viela de Serralves.

Sinceramente, não sei se é Penoucos ou Penouços. O primeiro nunca tinha ouvido falar antes de conhecer o nome desta artéria. Penouços há um ali em Gaia, mesmo pertinho da Boavista da Estrada.



8.12.11

CINEMA BATALHA

cinema Batalha (Porto)

Inaugurado em Junho de 1947. O seu risco é do arquitecto Artur Andrade.

Ver mais na Wikipédia. E também pode visitar do Tempo e da Luz.

Algumas linhas sobre a vida e a obra do seu arquitecto:


<Artur Vieira de Andrade nasceu na Rua Antero de Quental, freguesia de Cedofeita, Porto, a 14 de Maio de 1913. Era filho de Manuel Vieira de Andrade e de Clara Rodrigues de Vila Real.
Desde muito jovem interessou-se pela política, faceta que se revelou durante a frequência do Liceu Rodrigues de Freitas e motivou a sua saída de casa, aos 18 anos de idade, por divergências familiares. A mãe, em particular, não aceitava este seu envolvimento em questões políticas e, mais do que tudo, as constantes visitas da polícia política (PVDE, mais tarde PIDE).

Nessa altura passou a trabalhar numa fábrica e mal teve possibilidade para o fazer matriculou-se no Curso de Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. O seu talento para o desenho foi reconhecido por esta escola, o que lhe valeu a oportunidade de trabalhar no atelier do arquitecto Arménio Losa, em horário nocturno, depois do final das aulas.
Na ESBAP frequentou o Curso Especial de Arquitectura, entre 1934 e 1937, e o Curso Superior de Arquitectura, entre 1941 e 1946. Após a conclusão da licenciatura trabalhou numa empresa de construção civil.

Em 1947, foi convidado pela Associação Industrial Portuense a riscar o novo palácio de exposições no Jardins do Palácio de Cristal, para as comemorações do 1º centenário da sua fundação. Porém, o ante-projecto que riscou foi rejeitado pela Câmara, com a justificação de que o seu autor era um opositor ao Regime. A decepção que sofreu foi em parte ultrapassada pela solidariedade dos seus pares. Trinta e quatro arquitectos assinaram uma carta, publicada na revista Arquitectura, na qual manifestaram o repúdio pela injusta decisão da autarquia que, ignorando o mérito da obra, se baseava em motivações meramente políticas.

Embora não tenha edificado o Palácio de Exposições, projectou o emblemático Cinema Batalha, na praça com o mesmo nome da baixa portuense, no lugar do cinema High-Life e nas proximidades do Cinema Águia d'Douro. Trata-se de um edifício de linhas expressionistas e de grande dinamismo, decorado com pinturas murais de Augusto Gomes, António Sampaio e Júlio Pomar, e com esculturas alegóricas de António Braga e Arlindo Gonçalves.
Esta obra foi bem acolhida pelos portuenses, mas gerou polémica. O mural neo-realista de Júlio Pomar foi interpretado pelas autoridades como um manifesto comunista e por esse motivo foi destruído.
A inauguração solene deste espaço cultural aconteceu a 3 de Junho de 1947. Durante décadas foi um dos lugares preferidos de gerações de portuenses amantes da 7ª Arte, até cair num processo de degradação do qual foi resgatado recentemente. Mais de meio século volvido, o edifício renovado foi reinaugurado em 2006. O Batalha dispõe agora de dois auditórios, dois bares, diversos foyers e um terraço reformado no último piso, com vistas sobre a cidade, estando, por isso, preparado para acolher eventos de diversos tipos.

Artur Andrade foi também autor de muitas outras obras, como o Café Rialto, no qual contou com a colaboração de três artistas plásticos (os pintores Dordio Gomes, Guilherme Camarinha e o médico/artista Abel Salazar, que participaram na obra com murais, e o escultor João Fragoso com um baixo-relevo, que desapareceu na altura em que o café foi convertido numa agência bancária), o Prédio n º 500, da Rua Delfim Ferreira e o prédio da FIAT, na Rua Latino Coelho, no Porto; a Estalagem de São Tiago, em Entre-os-Rios; uma fábrica em Santo Tirso; algumas obras em Vila Real e o prédio nº 718, na Rua Hintze Ribeiro, em Leça da Palmeira, para onde o arquitecto foi viver no fim da vida, por muito apreciar a praia.

Na sua carreira de arquitecto destacou-se, também, por ser um dos introdutores do Modernismo e por ter sido membro da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos).
Artur Andrade não foi apenas um grande arquitecto. Foi também um cidadão politicamente activo, que sonhava com a criação de uma sociedade justa.
Acompanhou as tertúlias de António Sérgio e de Jaime Cortesão e, no início da vida, aderiu aos ideais comunistas, dos quais se veio a afastar após a instauração da ditadura russa na U.R.S.S.

Durante a juventude e a idade adulta foi preso nove vezes pela PIDE. Participou activamente no MUD (Movimento de Unidade Democrática) e incitou Humberto Delgado a concorrer às eleições presidenciais de 1958, tendo sido secretário-geral da sua candidatura. Candidatou-se pela oposição em todas as eleições anteriores ao 25 de Abril.

Filiou-se no PPD (Partido Popular Democrático), a pedido de Francisco Sá Carneiro e de Magalhães Mota, em 1974, daí em diante tendo integrado as comissões de admissão do Partido, no Porto e em Lisboa, e as comissões de propaganda.
No período pós 25 de Abril foi o primeiro presidente da Comissão Executiva da Câmara do Porto e Vereador do Urbanismo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata). Em 1989 candidatou-se à presidência da Câmara Municipal do Porto, pelo PRD (Partido Renovador Democrático), de Ramalho Eanes, mas foi derrotado por Fernando Gomes, candidato do Partido Socialista.

No dia 9 de Novembro de 2005 morreu um homem livre, determinado e compreensivo. 
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008)



7.12.11

Casa do Infante



061211

As instalações da Casa do Infante foram remodeladas tendo em vista a ocupação dos locais pelo Arquivo Histórico Municipal e a criação do núcleo museológico. 

O arquitecto Nuno Jennings Tasso de Sousa foi o responsável pelo projecto de arquitectura.

Mais informações na Wikipédia sobre a Casa do Infante.




071211

Sonhar acordado



Foto de sexta-feira passada, cerca das 16 horas. Rua de Ceuta.


Será que a limpeza da cidade por empresas privadas adiantou alguma coisa?


031211

(por vezes eu sonho que seria agradável viver numa cidade "mais" limpa!)

6.12.11

Praça de LISBOA (2011)

041211


Já quase três anos que publiquei aqui uma foto sobre esta mesma praça. O outro dia voltei lá e apercebi-me que a praça está a crescer para cima! Só espero que ela não suba muito!

2.12.11

Casa Museu MARTA ORTIGÃO SAMPAIO



021211


A Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio está integrada no conjunto conhecido por Edifício Parnaso da autoria de José Carlos Loureiro.


Visita ideal para um sábado ou domingo à tarde. É a oportunidade de ver o interior da casa que se encontra relativamente bem conservado.


Era a moradia de uma das proprietárias do conjunto, entre dois prédios de rendimento, como existiam naquela época (1956).


Tive a sorte de o ter visitado quase integralmente.Admirei mais a arquitectura do que os quadros expostos.


011211


Se não estiver muito frio, pode-se descer até à Rotunda, tomar um café na "Peninsular" (que já não é o que foi) ou noutro sítio.


Nesta altura do ano o "jardim" encarecou, dá para ter uma visão diferente do leão (o da Boavista, não o da Estrela). A venda das castanhas ainda existe 
na esquina de Júlio Dinis.


Travessa de S. NICOLAU

211111