31.5.12

Quatro Santos



santantónio

Santo António


sãojoão

São João


sãopaulo

São Paulo


sãopedro

São Pedro

Quatro santos, nesta altura do ano em que se celebram os santos populares.
Mas quem as já viu? Já se aproximou um pouco mais para observar os detalhes? 

Quatro esculturas de Mário Américo algures na freguesia de Ramalde. Basta passar na rua com olhos de ver e logo elas saltam ao olhar. São esculturas pequenas, assim na entrada de quatro prédios. Por razões óbvias não digo onde se encontram por causa de vandalismo. Mas elas existem. 

Não podemos dizer que nesta cidade a arte não anda na rua! 







Rua AFONSO LOPES VIEIRA


130512

Claro, esta rua situa-se ali no "Foco". A urbanização e os prédios devem-se ao arquitecto Agostinho Ricca.

Do Afonso Lopes Vieira não digo nada, deixei de gostar do que ele escrevia ainda era eu muito jovem.



Esta artéria começa na rua Fernando Pessoa


e termina na rua Eugénio de Castro.



O blogue vai evoluindo


O blogue tem actualmente mais de seis anos de actividade. É verdade que a sua publicação não é regular mas tenho tentado ir inserindo mais informação do que aquela que existe nas próprias fotografias.

Ao longo da sua existência publiquei mais de 700 artigos que de uma maneira ou de outra têm a ver com as ruas do Porto ou com a história da mesma. É um prazer ter tido, no total, mais de 167000 visitantes.

Ultimamente tenho notado que existe, cada vez mais, uma procura definida de algumas moradas com número de porta e tudo - penso que as pessoas também têm falta de informação. 

Como posso paliar a este problema? Não sei se é a solução milagrosa mas decidi abrir "as minhas ruas" à publicidade instituicional" sem, portanto, me tornar num serviço publico.

É Junho. Estamos a entrar no mês em que a cidade festeja o S. João. Este ano participarei na festa à minha maneira.

Não se preocupem, o blogue não se vai transformar num anuário. Continuarei a publicar o meu olhar sobre as ruas do Porto, sobretudo as menos conhecidas.

29.5.12

Moagens Harmonia



100512



Depois das Moagens Harmonia terem abandonado as instalações., este local abrigou temporáriamente o Museu da Indústria.

Actualmente faz parte da Pousada do Palácio do Freixo.

Está localizada na Estrada Nacional 108. Ainda me lembro bem quando ia a caminho de Valbom ou de Entre-os-Rios de passar de carro ali mesmo juntinho à porta principal do Palácio.














Corridas de automóveis na Baixa do Porto!





Pelos vistos já em 1957 as corridas tinham partidas aos domingos de manhã do centro da cidade. 

Aqui um documento publicado pela "Auto Foco" da rua do Clube dos Fenianos Portuenses, se não me engano, o estádio das Antas já existia há cerca de cinco anos.

Nessa altura, como aqui já foi referido, existiam várias oficinas de transformação de automóveis de competição na cidade. O Fiat de António Fragoso Correia Leite não era o único produto nacional na competição, quase de certeza.


(Bem sei. A imagem não é minha! Mas tem a indicação de onde foi publicada, nesse ano eu ainda não fazia fotografias infelizmente).


24.5.12

A Praça de LISBOA EM 2012



090512

Lá começam a aparecer as novas oliveiras junto à Porta do Olival. 
Eu sei que já fotografei este espaço ao longo do tempo (curto) que existe este blogue. 
Ainda lhe chamo praça de Lisboa embora me lembre ter "ido à praça" com a minha avó ao antigo Mercado do Anjo.
Também a frequentei praticamente todos os fins de semana quando estive em Mafra a "fazer a tropa".
Já desapareceu a estátua do "Anjo" do José Rodrigues, martirizada numa triste noite, também de lá desapareceram as barracas dos vendedores ambulantes dos anos 70 do século XX, também de lá desapareceu um "James Bond" que bebia cerveja e tapava a torre.
Ainda lhe chamo "Praça de Lisboa" e espero que tenha sucesso com esta sua nova fase da vida. 







22.5.12

CASA-MUSEU ARQUITECTO MARQUES DA SILVA

050512

A Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS) também conhecida mais simplesmente por "Fundação Marques da Silva" encontra-se na praça do Marquês na cidade do Porto, em duas casas contíguas na esquina com a rua Latino Coelho. A chamada “Casa- Atelier foi traçada pelo dito arquitecto no início do século XX e ele foi para lá habitar em 1913, ano em que ocupou o cargo de director da Escola de Belas-Artes do Porto (até 1939). (primeira foto) É uma pequena moradia de três pisos que quase passa despercebida por quem apressadamente circula naquela zona. Foi, porém pensada como casa com áreas distintas para habitação e para o exercício da sua profissão.

A sua obra está espalhada pela cidade, a maioria dos portuenses já passou várias vezes em frente a edifícios por ele desenhados, a começar pela estação de São Bento e pelo Teatro de São João. Os dois antigos liceus masculinos (Alexandre Herculano e Rodrigues de Freitas) também são da sua autoria. Ao percorre o blogue brevemente encontrarão outros.

Facto curioso: José Marques da Silva fez o curso de Arquitectura em Paris na École des Beaux-Arts, foi aluno e trabalho com Victor Laloux (1850-1937). Victot Laloux desenhou a Gare d'Orsay (Paris), obra terminada em 1900. A estação de São Bento no Porto(1896-1916) é da autoria de Marques da Silva . A gare de Orsay foi desactivada como estação de caminho de ferro e hoje é um museu.


060512


José Marques da Silva (1869-1947)
Dizer que José Marques da Silva foi o arquitecto que moldou a fisionomia do Porto no início do século XX significa que, para compreender a sua figura, devemos procurar identificar não apenas a sua obra construída mas também o peso dos seus argumentos e ideias na cultura da cidade.
A sua primeira obra de grande significado urbano foi a Estação de São Bento (1896-1916). Ela assinala de um modo monumental a reconfiguração urbana despoletada pela chegada do caminho-de-ferro ao centro da cidade. Não só se estava a reinventar o papel regional do Porto como um centro de serviços que exigia um novo aparato simbólico, como também a própria orgânica funcional do centro, definitivamente deslocado da cota baixa na Ribeira para a cota alta, na praça da Liberdade. Na sequência natural da Estação, a Avenida dos Aliados foi o projecto urbano que consolidou essas dinâmicas e, como arquitecto municipal, Marques da Silva geriu os interesses do plano e coordenou a implementação dos projectos que a configuraram, para além de ter desenhado alguns dos seus edifícios. Para além dessa função determinante na reinvenção do Porto, Marques da Silva construiu várias outras obras no centro da cidade, como o Teatro Nacional de São João (1910-1920), a conclusão do Palácio do Conde de Vizela (1920-1923), o Edifício das Quatro Estações (1905), os Liceus Alexandre Herculano (1914-1930) e Rodrigues de Freitas (1919-1933) e várias casas de habitação unifamiliares consolidaram no Porto o seu prestígio como arquitecto. Também em Guimarães construiu obras de grande significado urbano, como a Sociedade Martins Sarmento (1903-1908), o Mercado Municipal (1927-1947) e o Santuário da Penha (1930-1947), assim como em Braga o Edifício das Obras Públicas (1905) e em Barcelos um prédio na rua Barjona de Freitas (1940). Entre as suas principais obras conta-se também a Casa e Jardins de Serralves, no Porto, (1925-1943) onde, em sintonia com o seu cliente, conciliou as contribuições de prestigiados arquitectos franceses numa obra com qualidades singulares.
A sua obra funda-se na aprendizagem da arquitectura académica, primeiro no Porto na Academia de Belas Artes (1882-1889) e depois em Paris onde frequentou a École Nationale de Beaux-Arts (1889-1896). A arquitectura das beaux-arts, consolidada ao longo de todo o século XIX, associou aos valores da tradição clássica as componentes da razão, promovendo esquemas de composição funcional (mais adaptados às mecânicas da vida moderna) guarnecidos com um aparato formal capaz de atribuir um carácter forte aos edifícios (garantido a presença decorativa). Visível sobretudo em edifícios monumentais, o expoente máximo é a Ópera de Paris (1860-1875) de Charles Garnier (1825-1898). Marques da Silva formou-se nesse contexto beaux-arts, na companhia de estudantes Norte Americanos, Gregos, Russos, Italianos, Egípcios, Sul Americanos e Escandinavos que frequentavam o atelier de Victor Laloux (1850-1937).
Na viragem do século, quando Marques da Silva regressou ao Porto para iniciar a sua prática profissional, o programa internacionalmente divulgado das beaux-arts enfrentava desafios complexos. A principal desadequação dessa prática resultava dos processos construtivos que exigia, pouco adequados aos novos sistemas de produção industrial que então estavam em expansão. Contudo, os ataques mais ferozes a que estava sujeita vinham do desajuste da sua expressão formal perante os desejos simbólicos de uma sociedade em transformação. Pode dizer-se que teve lugar um verdadeiro combate, entre os defensores da depuração formal eventualmente resultante das novas técnicas construtivas, aqueles que defendiam a manifestação simbólica de convicções políticas e, também, quem defendia o ecletismo “ao gosto do freguês”. Nesse contexto de indefinição e antagonismos, Marques da Silva soube manter uma integridade disciplinar muito estável. Sem nunca trair a sua filiação beaux-arts, foi acertando a sua prática para corresponder às aspirações da sociedade.
Esse sentido de compromisso oportuno foi o motor da sua prática pedagógica. Entre 1913 e 1939 assumiu a direcção da Escola de Belas Artes do Porto, onde foi mestre de várias gerações de arquitectos. O desenho, como instrumento central da prática do projecto, foi o motor do seu ensino, empenhado em transmitir processos metodológicos estáveis capazes de reagir às múltiplas solicitações da prática profissional. Foi uma estratégia que lhe garantiu a estima de várias gerações de arquitectos modernos que, partindo da base académica sedimentada por Marques da Silva, souberam reinventar a prática da arquitectura portuense.
Nas suas múltiplas frentes de actuação Marques da Silva deixou um legado duradouro na cultura arquitectónica portuense, na paisagem da cidade, na cultura de projecto dos arquitectos, nas práticas de ensino, numa certa forma de fazer e pensar a arquitectura que se foi consolidando no Porto ao longo do século XX.


Principal bibliografia sobre o arquitecto:
António CARDOSO, J. Marques da Silva arquitecto 1869-1947, Porto,
Secção Regional do Norte da Associação dos Arquitectos Portugueses, 1986.

António CARDOSO, O arquitecto José Marques da Silva e a arquitectura 
no Norte do País na primeira metade do séc. XX, Porto, Faup-publicações, 1997.

Mário João MESQUITA, Marques da Silva, o aluno, o professor, o arquitecto,
Porto, IMS-Faup, [2006]

Texto do I.M.S.





7.5.12

Ainda os cafés do Porto


Há muito que não publico textos sobre curiosidades da cidade.

Na limpeza dos meus arquivos acabo de encontrar algo que já tinha guardado e quase esquecido. Como o link para a página onde estava publicado já não funciona, resolvo publicá-lo aqui para que não se perca.

Como a sua publicação é para a divulgação da cidade e das pessoas que nela vivem ou viveram, espero que o autor não veja inconveniente de o colocar aqui.




Em Louvor dos Cafés do Porto

Por Germano Silva *

Há uma história que está por fazer - a dos cafés do Porto. Não a história cronológica desde quando apareceram até ao seu desaparecimento, mas a história do importante papel que esses espaços públicos, se assim se pode dizer, desempenharam como lugares do intercâmbio de ideias e centros de difusão de culturas, tanto modernas como antigas. Nos idos de sessenta, essa verdadeira instituição portuense que foi o "café" desempenhou um papel de tal modo importante na história das artes, da literatura, do teatro e também da política, que não pode passar despercebida à análise mais ou menos crítica do cronista atento ao fenómeno cultural de uma cidade com a dimensão da do Porto. Houve cafés nesta nossa cidade que rivalizaram com as academias e, pode mesmo dizer-se, até com a própria Universidade. Ao redor das suas mesas, com tampos de mármore ou de vidro, travaram-se autênticas batalhas de estética, deram-se a conhecer, em primeira mão, tratados, romances, poemas. Congeminaram-se formas de resistência à ditadura e deram-se a conhecer alguns planos de luta contra o poder instituído. A determinados movimentos ou correntes correspondiam determinados "cafés". No desaparecido Rialto (ficava na Praça de D. João I) , por exemplo, reunia-se o grupos dos poetas que editavam as "Notícias do Bloqueio". Eram eles o Egito Gonçalves, o Daniel Filipe, o Papiniano Carlos, o Luís Veiga Leitão, o António Rebordão Navarro, às vezes o José Augusto Seabra e, sempre que os trabalhos jornalísticos o permitiam, o autor destas linhas, então um jovem candidato a jornalista. As "Notícias do Bloqueio", redigidas "à sombra" dos murais de Abel Salazar pintados nas paredes do café, eram, sobretudo, cadernos de poesia mas eram também e, fundamentalmente, trincheiras de combate político e tribuna de difusão de novas ideias. "Noticias do Bloqueio" é o título de um poema do Egito. Recordo-me que foi o Daniel Filipe quem sugeriu que fosse o título desse poema a servir de cabeçalho aos cadernos. A colecção completa destes cadernos é hoje raríssima e, por isso, difícil de encontrar. A sua reedição seria como que o "pontapé de saída" para a tal história dos nossos "cafés". Outro "café" cultural era a Primus - um misto de café e confeitaria à volta de cujas mesas eram certos, a determinadas horas do dia, o arquitecto Américo Losa e a mulher, a escritora Ilse Losa; o prestigiado advogado e respeitado combatente pelas Liberdades, Artur Santos Silva; António Ramos de Almeida que orientava o Suplemento Cultural do "Jornal de Notícias", onde acolhia fraternalmente os jovens que então ensaiavam os primeiros voos artísticos, literários ou teatrais. Recordo que o Círculo de Cultura Teatral - Teatro Experimental do Porto (TEP) tinha acabado de ser fundado e funcionava, com pleno êxito, no seu teatrinho da antiga Travessa de Passos Manuel, hoje denominada Rua do Ateneu Comercial do Porto. O grande mestre do Teatro que foi o António Pedro, sempre que os seus afazeres de director do TEP lhe davam alguma folga, bem como os actores que constituíam a Companhia do Teatro, eram também certos na Primus. "Primus inter pares", assim se lhe referiu Daniel Filipe numa das belissímas crónicas que diariamente publicava no "Diário Ilustrado". Escreveu: "Há no Porto um café onde se pensa. Há no Porto um café onde se escreve. Há no Porto um café onde se discute..." E o "Majestic", hoje uma instituição da cidade? O que esse "café" representou e representa no panorama cultural do Porto! Houve um famoso grupo de artistas que o elegeu como praça forte para as suas guerras contra o "statu quo", que o mesmo é dizer contra o imobilismo e a inércia reinantes. Foram eles o José Rodrigues, o Armando Alves, o Ângelo de Sousa e o Jorge Pinheiro que passaram à história artística do Porto com a designação de "Os Quatro Vintes". Ainda muito recentemente, num agradável convívio com três dos "Quatro Vintes" (o Zé Rodrigues, o Armando e o Ângelo) se evocou, com alguma emoção, o tratamento afectuoso de que estes artistas eram alvo por parte dos donos do "Majestic". Não há dúvida que para muitos deles, o "café", além de ser a sua Academia, era também uma espécie de lar onde podiam aquecer-se e alimentar-se, graças, muitas vezes, à generosidade de nobres gerentes hoje infelizmente esquecidos... Outro café, inexplicável e incompreensivelmente desaparecido, mas não esquecido, e que merece ser referido aqui, pois exerceu também uma grande influência no pensamento cultural e político do século XX, foi "A Brasileira". Era frequentado, indiferentemente, por homens da esquerda e da direita. Com esta singularidade: os de esquerda sentavam-se à direita e os de direita ocupavam as mesas do lado esquerdo.



As tertúlias do Café Ceuta



O "Ceuta", um dos raros grandes "cafés" do Porto ainda em actividade, acolheu durante anos uma animada tertúlia literária criada pelo Fernando Fernandes, o grande animador da Livraria Leitura que sucedeu à Divulgação. Recorde-se, a propósito, que a Divulgação nasceu a partir do Movimento Cultural Convívio, que surgiu com a página cultural do jornal "A Planície" que se publicava em Moura, no Alentejo. A primeira loja da Divulgação funcionou num sétimo andar do prédio número 22 da Praça de D. Filipa de Lencastre. Só mais tarde se transferiria para o cimo da Rua de Ceuta, já com o Fernando Fernandes (vindo da Livraria Aviz) como seu grande dinamizador. Os homens da tertúlia do "Ceuta" sentavam-se invariavelmente ao fundo da sala, perto do balcão da copa. Começavam a chegar à hora do lanche e iam ficando pela noite fora, às vezes até à hora do encerramento do café e, não raras vezes, vigiados de perto pelos esbirros da polícia política, a celebrada PIDE. Além do Fernando Fernandes e dos seus companheiros de aventura na Divulgação, o Carlos Porto e o Vítor Alegria, eram assíduos àquelas reuniões, Luís Veiga Leitão, António Emílio Teixeira Lopes, Orlando Neves que com a Maria Virgínia de Aguiar, então sua mulher, fundou e dirigiu a revista "A Cidade - do Porto e pelo Norte"; o jornalista Pedro Alvim; os actores Dalila Rocha e João Guedes, além do mestre António Pedro; e ainda Manuel Baganha, Luís Ferreira Alves, Jorge Baía da Rocha, Carlos Ispaim e muitos, muitos outros. Dos habituais frequentadores desta tertúlia do "Ceuta" alguns eram exímios jogadores de bilhar e muitas vezes deliciavam os numerosos assistentes com renhidas partidas de "snooker" na cave do "Ceuta". A esta época dourada dos "cafés" do Porto deve-se juntar a intensa actividade cultural e artística que se operava na cidade através do Cine Clube do Porto, da Associação dos Jornalistas e homens de Letras do Porto, da Galeria Alvarez que o Jaime Isidoro criara na Rua da Alegria e que era a primeira do seu género no Porto; da Cooperativa Artística Árvore que continua a produzir frutos em abundância e de excelente qualidade; e da própria Escola Superior de Belas Artes dirigida, então, por esse homem superior que foi o mestre Carlos Ramos. Trago este assunto às páginas deste número especial da "Porto de Encontro" para prestar homenagem a uma grande instituição que ainda hoje no Porto procura manter-se viva - o "café". É o caso do legendário "Âncora D'Ouro", mais conhecido por "O Piolho", e o "Orfeuzinho", lá para as bandas da Rotunda da Boavista. São dois locais onde certas pessoas, a determinadas horas, ainda se reúnem para trocar ideias, falar do próximo livro. Que dizer de "O Piolho": lembrar as manhãs ociosas e as longas noites em que a vida não ia além, ainda, de uma ilusão da Primavera da vida... Façamos votos para que no futuro os vindouros possam também dizer que muitos dos cafés de hoje exerceram a sua influência no pensamento do século XXI.


* Escritor, jornalista e editor da revista "Visão"


Texto originalmente publicado na revista "Porto de Encontro", Julho de 2001.»



3.5.12

Música e Dança no "Parnaso"


180311





No edifício funcionou a partir de 1957 a Escola de Música Parnaso, fundada por Fernando Corrêa de Oliveira (1921-2004). Em 1961 chega ao Porto o bailarino de origem basca Pirmin Treku (1930-2006) que aí começa a leccionar ballet. 

O edifício toma o nome de Parnaso por esta razão. Curiosamente mais acima outro edifício toma o nome popular de Palmeira.

Noutros locais deste blog já é feita uma referência à Casa-Museu Marta de Ortigão Sampaio e a este mesmo prédio.


Há tempos tive a oportunidade de visitar os locais vazios, espelhos sujos, pianos abandonados...