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24.8.17

Rua do Professor RODOLFO DE ABREU (actualizado)

150209


Rodolfo de Abreu (Porto n. 1/01/1903 - f. 8/10/1966) - Pedagogo democrata. Além de professor do ensino primário de grande mérito, foi pedagogo e ensaísta de nível invulgar.
Arquivo da Toponímia da C. M. do Porto




Actualização em agosto de 2017

Alguns anos depois de ter sido publicado este artigo encontrei no facebook (https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/posts/1291874910921885) algo mais sobre o cidadão cujo nome aparece nesta placa. 


RODOLFO A. ABREU (1903 - 1966)
Prestigiado antifascista muito respeitado no Norte do País, este professor destacou-se como pedagogo e também como articulista na imprensa nacional e regional. Conferencista e escritor, defendeu os direitos da criança, promoveu a formação pedagógica da classe docente do ensino primário e bateu-se corajosamente contra a Ditadura do Estado Novo.
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Rodolfo de Almeida Abreu nasceu em Seia, em 1903, e morreu no Porto a 8 de Outubro de 1966. Foi casado com Amélia Pais, também professora, e teve duas filhas: Helena Abreu, pintora e professora e Lucília Abreu, professora. Era tio de António Almeida Santos.
Foi em Seia que começou por exercer o magistério, mantendo uma actividade cívica constante. Escrevia regularmente artigos de opinião no jornal A Voz da Serra, assinando-os com o pseudónimo de «João Livre». Eram artigos de formação política de índole progressista, que versavam frequentemente temas de Educação - num esforço permanente de consciencialização do Povo - o que o levou a ser perseguido pela polícia política e acusado de fomentar ideias revolucionárias e anti-religiosas. Contou sempre com a solidariedade popular e, sobretudo, de colegas, mas em 1932 acabou por pedir a transferência para o Porto e, a partir daí, estendeu a sua colaboração a outros órgãos da imprensa regional e local, entre os quais o Notícias de Gouveia, O Povo, O Correio, O Combate, o República (de que foi um colaborador assíduo) e o Diário de Coimbra. Pugnava, então, pela defesa do professorado do Magistério Primário, considerando que era uma classe que o Estado Novo degradava; e denunciava a demagogia das reformas educativas do Salazarismo. Divulgou, pela palavra e pela acção, o documento «Nova Declaração dos Direitos da Criança».
No princípio da década de 40, Rodolfo Abreu já participava activamente no movimento de oposição democrática ao regime do Estado Novo.
Em 1949 apoiou a candidatura de Norton de Matos à presidência da República.
Foi preso pela PIDE em 11 de Abril de 1950, acusado de pertencer ao Partido Comunista Português. Durante a prisão escreveu um diário, «Diário de Prisão», depois completado com o «Diário de Julgamento». Julgado em tribunal plenário, contou com a defesa clarividente e corajosa do advogado António Macedo, tendo sido libertado após meses de cárcere e, depois, reintegrado na função pública.
Em 1958 apoiou a candidatura de Humberto Delgado à presidência da República. 
Foi amigo e camarada de personalidades como Ruy Luís Gomes, Virgínia Moura, Óscar Lopes, Armando de Castro, Raul de Castro, Aquilino Ribeiro, Papiniano Carlos, Amândio Silva, Carlos Cal Brandão, Orlando Juncal, Viriato Moura, Corino de Andrade. 
Como pedagogo desenvolveu várias actividades em prol da inovação pedagógica no Ensino Primário, sendo autor da brochura “Em Defesa do Desenho Expressivo da Criança” (Livraria Divulgação, Porto, 1960), uma obra que teve, então, grande repercussão na didática do desenho.
Foi um dos mais dinâmicos sócios fundadores da Cooperativa SEM – Sociedade Editora do Norte, lançando aí a ideia de uma Universidade Popular.
Foi membro activo da Casa da Beira-Alta no Porto e da Casa Museu Abel Salazar, a cujas direcções pertenceu.
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Durante muitos anos, antes do 25 de Abril de 1974 (mas também depois), por ocasião da data da sua morte, os mais destacados oposicionistas do Porto promoviam romagens à sua campa no Cemitério de Paranhos, para evocarem o nome e a obra do ilustre professor. Era uma cerimónia de afirmação antifascista, essa que ocorria regularmente por ocasião do dia 8 de Outubro. Na presença de muitos amigos e populares, algumas figuras da Resistência (tais como Óscar Lopes, António Macedo, Guedes Pinheiro e Flávio Martins) depositavam ramos de flores na sua campa e proferiam discursos, enaltecendo o carácter, a generosidade, o espírito racionalista e solidário, e a lucidez crítica de Rodolfo Abreu, considerado um «indomável beirão da Serra da Estrela» (1).

Depois do 25 de Abril a Câmara Municipal do Porto deu o seu nome a uma rua daquela 
cidade.
Nota:
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(1) Das notícias, nos jornais da época, dessas romagens de saudade, destacamos a realizada no 2º aniversário da sua morte (1968), que contou com uma centena e meia de pessoas (um número muito elevado, tendo em conta a repressão a que ficavam sujeitas nestas iniciativas), e na qual Óscar Lopes foi o principal orador; encontramos também especial referência a uma outra, essa após o 25 de Abril de 74, de cuja comissão promotora fizeram parte, entre muitos outros, Ruy Luís Gomes, Virgínia Moura, Lobão Vital, Óscar Lopes e José Morgado.
Biografia em co-autoria de Helena Pato e Francisco Abreu Pessegueiro, neto deste resistente antifascista, escrita a partir de alguns dados biográficos facultados por FAP e de diversas notícias da imprensa da época. 

30.7.17

Ach Brito 2017

2017_195


Claro que já passa bastante tempo que por aqui passei e deixei algumas pistas sobre esta antiga fábrica de sabonetes que, por força dos tempos e das modas, se transformou num condomínio.

As indústrias foram obrigadas a encontrarem outros lugares mais longínquos para poderem continuar a produzir.

Se desejarem saber mais sobre o assunto podem visitar aqui ou lerem também aqui

Por razões já explicadas, ultimamente o blogue  tem privilegiados só apresentar mais imagens do que textos. 

 

19.7.17

Cinema Batalha - Reservados e detalhes

reservado




U




S




vide




2017_183



Reservados para Senhoras, para Homens, camarim e planta da reabilitação de 2005-2006 - nível da sala Bebé.

(Para ver em "grande" clicar nas imagens!)


16.7.17

Cinema Batalha - Arte Pública

flora




relevo batalha




Américo Soares Braga foi o autor do baixo-relevo que se encontra na fachada.

Arlindo Rocha realizou a Flora que se encontrava num recanto do acesso ao primeiro balcão.  

Há muito tempo que escrevo que são necessários roteiros da cidade para que os portuenses possam melhor apreciar os locais por onde passam. Só posso louvar a iniciativa da actual equipa municipal por ter lançado ultimamente um roteiro sobre a Arte Pública no Porto. Também li que outros temas seguirão. 
Um dia destes passarei num Posto de Turismo para procurar um exemplar. Também seria pertinente que essas roteiros estivessem disponíveis nas Juntas de Freguesia, não acham?



 

12.7.17

O Cinema Batalha - Por dentro e por fora - 1

cinema Batalha - Porto





O Cinema Batalha volta a estar a ser falado na cidade. Anteriormente já foi abordado várias vezes aqui em textos ou em palavras.

As imagens aqui publicadas são de 2005 e de 2006. São somente as que se encontravam mais perto nos meus arquivos. 




cinema Batalha (Porto)




eu e o batalha




en attendant


Nos próximos dias aparecerão mais algumas.

7.7.17

A P T

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The Anglo-Portuguese Telephone Company também conhecida mais tarde pelo nome de Telefones de Lisboa e Porto. 

Curiosamente estas duas imagens não foram captadas na cidade do Porto mas sim no concelho de Vila Nova de Gaia. A ATRPT conserva ali uma parte importante do espólio da História das Telecomunicações do Porto. 

 

4.7.17

O CICA - 2017

2017_175





Como já foi referido aqui o CICA já não é quartel. Conservou o nome mas faz parte do Hospital de Sto António. 

Do tempo em que foi quartel existe aqui um interessante testemunho. Mas não deixem de ler os dois episódios desta longa história.



 

16.6.17

Travessa de Cedofeita - 2017 - 2

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Ontem passei por lá e reparei que a "Marquesinha" estava encerrada. 

No início dos anos sessenta era uma papelaria ou quiosque, como se chamava na altura. Vendia cadernos e mais artigos de papelaria, valores selados, tabaco, jornais e revistas. Também vendia envelopes, postais e selos. Era lá que eu comprava as esferográficas e os cadernos, mais tarde os "Mundo de Aventuras" e outras histórias aos quadradinhos. Também papel selado e folhas de papel Almaço. Mais tarde foi o meu fornecedor de tabaco e ali também alimentava o meu TMN e o meu Andante. 

Cada vez tinha menos clientes encostados ao longo balcão. Um dia foi retirado o marco de correio que se encontrava quase diante da porta.

Agora já nem de porta precisa.

Os vizinhos e os fregueses ficaram mais desamparados. 

 

11.6.17

Travessa de Cedofeita 2017

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Há meses atrás saiu desta loja um dos alfarrabistas do chamado "Bairro dos Livros".

Passei lá e reparei que a cultura tinha sido substituída por "evaporações nocturnas". 

10.6.17

Avenida de França e o jacarandá

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Apesar da cidade ter perdido o tal Jacarandá do Viriato outros, nos dez últimos anos vieram ocupar mais espaço em certas ruas da cidade. 

 

10.5.17

Rua PROFESSOR JAIME RIOS DE SOUSA (2017)

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Com o passar do tempo parece que volto por caminhos já andados. Mas as coisas vão mudando, as paisagens urbanas e as pessoas também. Anteriormente passei por aqui (para quem quiser relembrar este professor universitário). 

Uma noite em 2006 vi esta rua assim:

noite (100)