30.12.12

Rua de Tânger | Escola da Ponte

431212


27.12.12

Rua ENGENHEIRO CUSTÓDIO GUIMARÃES

401212



Custódio Guimarães nasceu em 1893 e faleceu a 23 de Dezembro de 1972. Embora sejam difíceis de encontrar mais dados biográficos na internet, foi engenheiro químico e professor. Exerceu a actividade docente na Escola Comercial Raúl Dória, na rua Gonçalo Cristóvão, e no Instituto Industrial do Porto (que se situava na rua do Breyner).

Entre 1932 e 1971 o engenheiro Custódio Guimarães foi o presidente do Núcleo do Porto da Liga dos Combatentes. Lembro-me ainda quando passava nas manhãs de nove de Abril ali em Carlos Alberto, quando ainda era festejada a data com um pelotão de tropas e muitas coroas de flores da sua figura esguia entre as outras personalidades. Nos tempos actuais, estas cerimónias são muito menos importantes e o ramo de flores depositado aos pés do Soldado Desconhecido pouco tempo dura.


21.12.12

391212



Antes que comece o novo Ano foram realizadas algumas actualizações do conteúdo deste blogue.

A partir de hoje, 28 de Dezembro, existe, no Facebook, uma página com algumas publicações do blogue (sobretudo as antigas). O nome da página é: As Ruas do meu Porto. Esta página será actualizada regularmente.

Travessa da FONTINHA

371212

A origem do topónimo é o pedido de construção de uma fonte no largo que se situa ao cimo da rua das Carvalheiras. 




20.12.12

19.12.12

Rua PROFESSOR AUGUSTO NOBRE

351212

Outrora esta artéria da cidade chamou-se Travessa de Cima.

Sobre a biografia deste professor consultei a página "Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto".

Augusto Pereira Nobre, filho de José Pereira Nobre, nasceu na rua de Santa Catarina, no Porto, a 25 de junho de 1865.
O seu interesse pela Zoologia e dedicação ao estudo dos animais marinhos adveio, segundo contava, das temporadas passadas com a família na praia de Leça da Palmeira. Realizou as primeiras experiências em estudos zoológicos no Museu Municipal do Porto organizado por João Allen e sito na rua da Restauração, onde havia uma coleção malacológica. E foi na Biblioteca Municipal do Porto que fez as primeiras leituras sobre este tema.

Augusto Pereira Nobre frequentou os estudos liceais num colégio e numa escola pública e com 18 anos escreveu o trabalho "Ensaio sobre os Moluscos testáceos marinhos observados entre Espinho e Póvoa", publicado no 1.º volume da revista "A Mocidade de Hoje" (1882).
Em 1884 ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, onde estudou Botânica e Zoologia. Nesta cidade estabeleceu contactos duradouros com Júlio Henriques, professor de Botânica, e com Albino Giraldes e Paulino de Oliveira, professores de Zoologia. Realizou excursões zoológicas e cursou as disciplinas de Ciências Naturais.
Da Universidade de Coimbra mudou-se para a Academia Politécnica do Porto, onde frequentou os preparatórios de Medicina. Rapidamente, porém, procurou no estrangeiro um ensino da Zoologia de pendor menos teórico. Em Paris, trabalhou sob a direção do Professor Edmond Perrier (1844-1921), diretor do Museu de História Natural, frequentou diversas disciplinas na Universidade da Sorbonne e os Trabalhos Práticos de Zoologia na École Pratique des Hautes Études. O seu mestre sugeriu-lhe uma passagem pela Estação Zoológica de Sète, anexa à Faculdade de Montpellier.

De regresso ao Porto, em 1890, foi convidado por Amândio Gonçalves, professor de Botânica na Academia Politécnica do Porto, para ser seu assistente nos trabalhos práticos. No ano seguinte foi nomeado ajudante prático do professor Aarão de Lacerda na disciplina de Zoologia, assim dando início a uma longa colaboração com este cientista e encetando o processo de modernização do ensino da Zoologia em Portugal.

Augusto Nobre foi nomeado, em 1901, pelo decreto de 5 de dezembro, naturalista-adjunto de Zoologia da Academia Politécnica do Porto. Depois de concluído o bacharelato em Ciências Histórico-Naturais (1912), concorreu a um lugar de docente na recém-instituída Faculdade de Ciências do Porto, conseguindo, por mérito e sem se submeter a concurso, ocupar a vaga de professor extraordinário do 2.º Grupo, 3.ª Secção. Foi nomeado pelo ministro Duarte Leite a 7 de dezembro de 1912. A 21 de agosto de 1915 tomou posse como professor ordinário e pelo decreto de 31 de março de 1921 passou a dirigir o Instituto de Zoologia. Em 1918 foi-lhe conferido o grau de doutor em Ciências Histórico-naturais pela FCUP.

Augusto Nobre jubilou-se em 1935, quando atingiu o limite de idade. Pouco depois o seu nome foi atribuído ao Instituto de Zoologia e Estação de Zoologia Marítima, situado na Avenida de Montevideu, na Foz do Douro, que criara em 1914.

Ao longo da sua carreira desempenhou outras funções de relevo. Foi vogal da Comissão Permanente de Piscicultura, membro do Conselho Florestal do Ministério de Agricultura, vogal Naturalista da Comissão Central de Pescarias, vogal do Conselho de Estudos de Oceanografia e Pescas, relator do Orçamento e chefe do Gabinete do Ministério da Instrução, 3.º Reitor da Universidade do Porto (1919-1926) e Ministro da Instrução (1920-1922), função que lhe permitiu criar a Faculdade Técnica, o Observatório Astronómico anexo à Faculdade de Ciências e transformar a Escola de Farmácia em Faculdade.

Este reputado cientista e político foi autor de mais de uma centena de trabalhos que se debruçaram em particular sobre a fauna marinha e os moluscos portugueses e foi o fundador da revista "Annaes de Sciências Naturaes" (1894-1907). Postumamente foi dada à estampa uma edição que preparara com poemas de António Nobre, seu irmão, e que tinha reunido na obra "Despedidas" (1902), prefaciada por Sampaio Bruno. Coordenou várias edições do livro de poemas "Só" e compilou memórias, cartas e depoimentos sobre o irmão no livro "Leça do Balio – recordações, e estudos de há sessenta anos".

Uma das suas maiores realizações foi, sem dúvida, o Museu de Zoologia (sala integrada atualmente no Museu de História Natural da FCUP, que tem a sua sede no edifício histórico da Universidade do Porto), onde contou com a colaboração do seu filho Augusto Ferreira Nobre, até 1930, ano em que este faleceu. Dirigiu o museu - qual abriu as suas portas ao público em 1916 - a partir de 1892. Foi, também, diretor do Laboratório de Zoologia.

Augusto Nobre também esteve ligado à fundação da Estação Aquícola do Rio Ave, instituída em 1886 por despacho de Bernardino Machado, a qual veio a dirigir. Foi sócio académico da Academia das Ciências de Lisboa (eleito a 23 de setembro de 1893) e do Instituto de Coimbra.
Morreu na sua casa da Foz, na madrugada de 13 de setembro de 1946.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2011)



Clube Infante de Sagres

341212


O Clube Infante de Sagres foi fundado em 1936, na Freguesia de Lordelo do Ouro, cidade do Porto. A primeira designação do clube foi de Hóquei Club Infante de Sagres destinando-se o clube às actividades relacionadas com o hóquei e a patinagem. Foi durante os anos '60 e '70 do século XX, um das melhores equipas no panorama nacional, discutindo títulos e sendo mesmo campeão metropolitano na época 1970/71.


Extracto da acta de fundação do Clube:

 "Aos nove dias do mês de Dezembro do ano de mil novecentos e trinta e seis às onze horas, na Rua das Condominhas, número setecentos e noventa e quatro (casa do Sr.Óscar Maia Vasques de Carvalho) reuniu a seguinte comissão: Óscar Maia Vasques de Carvalho, João Moreira dos Santos, Romão Ferreira dos Santos, José Alves Veira e António Bastos dos Santos, que resolveu por unanimidade fundar um clube na freguesia de Lordelo do Ouro ao qual se deu o nome de «Hóquei Club Infante de Sagres» o qual terá por fim a prática de diversos desportos, mas muito principalmente o Hóquei patinado, Patinagem, etc. ficando desde já completamente excluído o jogo de "Futebol". Em seguida procedeu a composição organizadora que deu o seguinte resultado:
Presidente: Óscar Maia Vasques de Carvalho

Primeiro Secretario: Romão Ferreira dos Santos

Segundo Secretario: João Moreira dos Santos

Vogal: José Alves Vieira

Foram trocadas impressões para aquisição do terreno próprio para o parque de jogos onde será instalado o «ring» para patinagem, sendo designado o dia treze do corrente para a visita a diversos terrenos. Nesse mesmo dia treze procedeu-se à vistoria dos seguintes: na Rua das Condominhas «Ilha do Carvalho» sendo o mesmo considerado impróprio.

Em seguida visitou-se o terreno propriedade da Junta de Freguesia de Lordelo do Ouro, o qual por não ter as medidas desejadas foi parte, nem se falando se quer com a comissão Administrativa da mesma Junta..."

Pode saber mais sobre este clube nesta página.



18.12.12

Hospital de Crianças Maria Pia

321212

Aqui fica para memória futura a placa que se encontra junto ao portão principal. 
Dezembro de 2012 - o hospital já não existe há semanas ou há meses. Quando lá passei estavam a "lavar" a fachada com andaimes a escondê-la, não pude fotografá-la.

(por este andar deixarão, em breve, de existir hospitais pediátricos)




15.12.12

Colégio Nossa Senhora de Lourdes

171212


"O Colégio de Nossa Senhora de Lourdes é uma escola católica, propriedade da Congregação das Religiosas do Amor de Deus em Portugal, desde o ano de 1942, quando lhe foi concedido o alvará nº 483 pelo Ministério da Educação.

A Congregação foi fundada em Toro, Espanha, no dia 27 de Abril no ano de 1864, pelo sacerdote espanhol e professor catedrático Jerónimo Mariano Usera y Alarcón que viu na educação o meio por excelência de promover os valores cristãos. A partir desta data foram fundados numerosos centros educativos Amor de Deus, espalhados pela Europa, América e África, onde se formavam crianças e jovens com o objectivo de se tornarem cidadãs, mães e educadoras bem formadas “para a sociedade e para Deus”.

Em 1932, por força das circunstâncias da Guerra Civil em Espanha, a Congregação veio pela primeira vez para Portugal, para iniciar a sua actividade educativa na cidade do Porto.

As Religiosas começaram a exercer a sua missão educativa a partir do ano de 1932, primeiro no grande colégio do Porto e a seguir num Colégio sito na rua Miguel Bombarba, 149, data em que as mesmas se encarregaram da parte administrativa. A 8 de Setembro de 1933 o mesmo colégio passou a ser propriedade das Religiosas do Amor de Deus. A direcção pedagógica estava a cargo de D. Aurora da Conceição Ribeiro de Gouveia, antiga professora e proprietária deste estabelecimento, já com o nome de Nossa Senhora de Lourdes. Nestes primeiros anos, a direcção pedagógica foi partilhada com a professora Carolina Ferreira da Cunha, mais tarde irmã do Amor de Deus."

Extracto da página do Colégio





14.12.12

Do alto de Sá da Bandeira

281212

O Silo-Auto e, ao fundo, a torre do Hotel D. Henrique.
Os autores do projecto da torre do hotel e do discreto centro comercial que liga a rua do Bonjardim à rua do Bolhão foram: C. de Almeida, José Carlos Loureiro e Luís Pádua Ramos. Esta obra foi projectada em 1966 e ficou concluída em 1974.

Atrás de mim encontra-se o prédio-ponte que fechou a rua Sá da Bandeira.




Rua RAINHA D. ESTEFÂNIA

251212

Dona Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen GCNSC (Krauchenwies, 15 de Julho de 1837 — Lisboa, 17 de Julho de 1859) foi a rainha consorte de D. Pedro V de Portugal.
Seu nome completo, em alemão, era Stephanie Josepha Friederike Wilhelmine Antonia von Hohenzollern-Sigmaringen.

Nascida no Castelo de Krauchenwies, Estefânia era a filha mais velha de Carlos António, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e da princesa Josefina de Baden, esta filha de Carlos, grão-duque de Baden. Teve cinco irmãos, entre os quais o que viria a ser o primeiro rei da Romênia da dinastia de Hohenzollern, Carlos I, o seu irmão mais velho, Leopoldo, sucedeu ao pai e tornou-se príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e a sua irmã mais nova, a mãe do rei Alberto I da Bélgica, Maria Luísa, a condessa de Flandres, casada com o príncipe Filipe, conde de Flandres.
Recebeu, naturalmente, educação católica.
Quando Estefânia tinha onze anos, o pai abdicou dos seus direitos ao principado em nome do rei da Prússia, e mudou-se com a família para o Palácio de Jägerhof, em Dusseldorf, onde cresceu no meio de belos jardins.

O casamento foi feito por procuração em 29 de Abril de 1858, na Igreja de Santa Hedwig em Berlim. O conde de Lavradio foi responsável pelo contrato do matrimónio. Em 3 de Maio, D. Estefânia partiu de Düsseldorf, chegando de comboio em Ostende, de onde embarcou no barco a vapor "Mindelo" a Plymouth, Inglaterra. A corveta "Bartolomeu Dias" estava à sua espera para partir à sua nova pátria.
A princesa Estefânia chegou à barra do Tejo no dia 17 de Maio de 1858, a bordo da corveta "Bartolomeu Dias". O pintor João Pedroso retratou sua chegada, e hoje o quadro está presente no Palácio Nacional da Ajuda[1]. No dia seguinte, em 18 de Maio, na Igreja de São Domingos, em Lisboa, a princesa Estefânia casou-se com o rei D. Pedro V, tornando-se assim rainha consorte de Portugal.

Continução na Wikipédia.




13.12.12

Igreja de Cedofeita

261212


Nos inícios do século XX ficou decidido construir uma nova igreja paroquial de Cedofeita. O arquitecto José Marques da Silva foi convidado para elaborar o seu projecto de construção. Embora tenham sido feitas longas tentativas para o realizar, nunca foi concretizado. 
Lembro-me dos anos em que lá andei no catecismo (1) que a fachada era feiosa e que para aceder à porta principal da igreja era necessário dar a volta a uma espécie de "piscina seca" recoberta de erva. Era uma igreja sem adro!
Foram erguidas umas paredes depois da concretização da sacristia - que ainda existe - que davam corpo à futura igreja. Do desmontado convento que deu lugar à actual estação de S. Bento foram transladadas algumas pedras, algumas ainda lá jazem abandonadas junto à entrada das capelas mortuárias.
Como as obras se arriscavam de ser mais complicadas do que as de Santa Engrácia em Lisboa (penso eu) ficou decidido construir uma nova igreja.
O templo actual começou a ser projectado pelo arquitecto Eugénio Alves de Sousa em 1963 e a obra ficou concluída em 1994.



(1) A catequese passava-se num barracão ao fundo à esquerda para quem está na rua Aníbal Cunha, ainda lá hoje existem umas estranhas construções cujo uso desconheço.  


ESCOLA INFANTE D. HENRIQUE

181212

Esta escola situa-se no largo Alexandre Sá Pinto.

Sobre esta escola:

«A actual Escola Secundária Infante D. Henrique foi criada oficialmente em 1884 e foi sofrendo alterações, quer na designação quer no tocante à situação das instalações. Inicialmente obteve a designação de "Escola de Desenho Industrial do Infante D. Henrique", em Vilar, e foi colocada junto e sob alçada do Museu Industrial e Comercial, criado por António Augusto de Aguiar em 1883. Houve então a preocupação de colocar o ensino "fora da acção centralista e absorvente dos governos, organizando os programas em função do problema especial a resolver nesta cidade e, consequentemente, com um aspecto de maior utilidade e de ampla descentralização". A dependência do "antigo" circo do Palácio de Cristal onde foi instalada, teve de sofrer obras de adaptação e daí a abertura tardia, só no ano de 1885-1886.

A primeira matrícula foi bastante concorrida, somando o total de 555 alunos, sendo 545 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. As instalações apenas tinham capacidade para 40 alunos, daí somente terem sido admitidos 160 alunos, distribuídos por 4 turmas que funcionavam duas a duas em dias alternados. Nas suas instalações exíguas e espaço diminuto era ministrado o ensino de todos os ramos de desenho e funcionava ainda a secretaria e o depósito de modelos.

Com a organização do Ensino Industrial de 8 de Outubro de 1891, de João Franco, a Escola passou a ter o título de Escola Industrial do Infante D. Henrique e foi integrada nas então denominadas escolas completas. Na Escola passou a leccionar-se um curso primário elementar de desenho elementar e trabalho manual educativo e um curso de instrução complementar preparatório para os Institutos Industriais e Comerciais. A primeira oficina da Escola foi destinada ao ensino de Lavores Femininos e entrou em funcionamento em Maio de 1892. O Decreto de 5 de Outubro de 1893, subscrito pelo Sr. Dr. Bernardino Machado, estabeleceu o ensino diurno para os dois sexos e instituiu, para além dos cursos elementar e complementar já citados, os seguintes cursos: modista, bordadeira, costureira, florista, canteiro, estucador, formador, carpinteiro civil, carpinteiro mecânico, marceneiro, serralheiro civil, serralheiro mecânico, pintor decorador, fogueiro condutor de máquinas, fundidor, lavrante de ouro, ourives cinzelador, fabricante de instrumentos de precisão, encadernador e tintureiro. Porém, grande parte deles não funcionou por falta de oficinas. Em 1914 a escola passou a dispor de duas oficinas de serralharia e carpintaria instaladas num velho edifício contíguo à então igreja do Calvário, hoje conhecida por igreja das Taipas, junto ao Campo dos Mártires da Pátria (ou jardim da Cordoaria) para onde foi transferida depois de ter funcionado num edifício da rua da Bandeirinha.

Em 1920 foi criada a sua biblioteca e a oficina de Carpintaria mudou de instalações que foram ampliadas para funcionar também a oficina de Marcenaria com uma secção de talha artística que lhe foi anexada em 1926. Com essa mudança de instalações foi também possível ampliar as oficinas de Serralharia mecânica e criar as oficinas de Composição e Impressão, de Encadernação e de Electrotecnia e instalar um gabinete de Higiene em 1921.

Em 1922 foram criados os cursos de Artes Gráficas: tipógrafo compositor, tipógrafo impressor, condutor de máquinas tipográficas, esteriotipador e galvanoplastia e encadernador. Em 1923 procedeu-se ao lançamento solene da pedra fundamental do edifício destinado à instalação da Escola Industrial do Infante D. Henrique, ou seja, relativa às actuais instalações, mas só em 27 de Abril de 1927 é que foram iniciadas as obras do actual edifício principal. O edifício principal é inaugurado em 1934, embora em 1933 já ali tivessem funcionado aulas. Porém, os alunos tiveram de se deslocar durante mais alguns anos ao edifício do Jardim da Cordoaria para terem aulas práticas nas oficinas, pois só em 1939 é que foi autorizada a construção das oficinas que actualmente funcionam e que foram inauguradas em 1942.

Em 1958 ultimou-se a construção de mais um edifício, onde se instalaram as oficinas de tecelagem, o refeitório e o ginásio. No entanto como a frequência escolar era muito elevada, os cursos de formação de carpinteiro de moldes, fundidor e montador radiotécnico e as especializações mecânico de automóveis, torneiro, fresador e desenhador industrial passaram para a Escola Fontes Pereira de Melo, entretanto aberta. Em 1955/56 aparecem alunos a frequentar os cursos complementares de aprendizagem de Electricista, Serralheiro, Impressor Tipógrafo, Compositor Tipógrafo e Gravador Fotoquímico e a Portaria 15755, de 6 de Março de 1956 passa a incluir nesta escola o curso de formação de Montador Radiotécnico, acabando a especialização de Montador Electricista.

O folhear livros e recortes de jornais a partir de 1938, elucida inequivocamente a competência dos seus técnicos, cujas obras eram noticiadas com relevo nos jornais da época. Muitos deles chegaram a constituir o embrião técnico de muitas das empresas do Norte do País.

Nas suas oficinas de carpintaria foram construídos barcos (O Primeiro de Janeiro - 7/5/39; Século - 13/7/39) e foram realizadas obras de destaque no seu "laboratório de electricidade" e nas oficinas de tipografia, composição, gravura química, fundição, tecelagem, etc. Na oficina de tipografia eram impressos livros e o jornal "O Infante", guardando ainda a sua biblioteca alguns destes documentos. Em 1971 teve início a "Reforma Veiga Simão" que unificou as designações das escolas industriais técnicas e liceus que passaram a designar-se escolas secundárias. Foram introduzidas disciplinas de formação geral e específica nos cursos gerais das escolas industriais e criados os cursos complementares que permitiam o acesso directo ao ensino superior. No ano lectivo de 1972/73 passa a funcionar nesta escola o curso de Mestrança de Construção Civil que se manterá até 1977/78. Funcionam ainda os cursos gerais de Construção Civil, Electricidade, Mecânica, Química e Têxtil. No ano lectivo seguinte de 1973/74 iniciam-se os cursos complementares de Construção Civil, Electrotecnia, Mecanotecnia, Quimicotecnia- fabril e laboratorial e Têxtil.

Em 1975/76 tem início a extinção dos cursos gerais e é criado o curso unificado. Os cursos gerais nocturnos continuam, mas são alterados curricularmente, desaparecendo as disciplinas práticas. Em 1981/1982 é lançado o décimo segundo ano, via profissionalizante, tendo funcionado na Escola os Cursos de Técnico de Instalações Eléctricas e Técnico de Manutenção Mecânica. Em 1983 é lançado o ensino técnico profissional como subsistema do sistema regular de ensino. Na Escola funcionaram os Cursos Técnico-Profissionais de Instalações Eléctricas, Manutenção Mecânica, Química, Obras e Têxtil de Produção. Foi ainda na década de 80 que a escola começou a oferecer o ensino especial para deficientes auditivos de grau severo e profundo, começando com turmas do curso unificado e prolongando posteriormente para turmas do ensino secundário, com currículo próprio, na área da informática. Em 1989/90 são lançados os cursos pós-laborais de Edificação e Obras e o Curso de Especialização em Técnico de Obras, este destinado aos alunos que já tivessem completado o 12º ano do Curso Técnico-Profissional da área de construção civil. A dinâmica da Escola e a necessidade de reequipar laboratórios e oficinas fizeram-na embarcar, nos anos 90, em experiências pedagógicas inovadoras, como o curso Técnico de Electrotecnia Pós-Laboral, que foi a primeira experiência de estrutura modular em escolas oficiais públicas portuguesas e os cursos de qualificação profissional de nível III e outras acções no âmbito do PEDIP (Programa de Desenvolvimento da Indústria em Portugal) e do PRODEP (Programa de Desenvolvimento do Ensino em Portugal) (Prodep I e Prodep II - acções destinadas ao apoio do Novo Ensino Secundário).»




12.12.12

Rua de CEUTA Nº 16

161212

Escada (detalhe)

Este prédio foi projectado pelo arquitecto Carlos Neves, o mesmo do Edifício Capitólio situado na praça General Humberto Delgado.



Museu da Farmácia

141212



Estátua na entrada do Museu da Farmácia.

Foi num sábado à tarde que o tentei descobrir. Era Verão e o museu estava encerrado ao sábado. Ficou o registo parcial da entrada dos locais da Associação Nacional das Farmácias.

Segundo uma brochura:

"É possível visitar a excelente reconstituição da Farmácia Estácio, inaugurada em 1924, na rua Sá da Bandeira. Ficou célebre esta farmácia no final dos anos quarenta pela sua balança falante tornando-se um ex-libris da baixa portuense dessa época."


11.12.12

Street-Art


151212


Obra de Alexandre Farto (aka VHILS) na Fundação José Rodrigues (Porto)

Rua ENGENHEIRO FERREIRA DIAS

131212

Algumas linhas sobre o homem que deu o nome a esta rua situada na zona industrial do Porto:

Em 1918 concluiu o Curso Liceal (secção de ciências, no Liceu Camões em Lisboa) e seis anos mais tarde terminou, com elevada classificação, os cursos de Engenharia Electrotécnica e de Engenharia Mecânica, no Instituto Superior Técnico. Em 1928 iniciou a sua actividade como professor no Instituto Superior Técnico, 1.º Assistente da cadeira de Máquinas Eléctricas, tendo depois regido as cadeiras de Teoria da Electricidade, de Corrente Contínua e de Corrente Alternada.
Ferreira Dias dedicou apaixonadamente a sua vida ao ensino e ao desenvolvimento industrial e económico do País, nomeadamente no âmbito da electrificação nacional. Compreende-se, assim, a homenagem que lhe foi prestada ao atribuir-se o nome do Eng. Ferreira Dias, no ano de 1971, à Escola Industrial e Comercial de Sintra. Quando da construção do edifício da escola o Eng. Ferreira Dias era Ministro da Economia, tendo sido um dos responsáveis governamentais pelo nascimento da Escola Industrial e Comercial de Sintra e um dos impulsionadores, na década de 40, dos cursos de Formação de Serralheiro e Formação de Montador Electricista...>

Pode continuar a ler aqui.


6.12.12

Rua da Laje | Dezembro 2012

061212


Numa manhã de Dezembro

Raramente passo no cimo desta rua

Parei, aproveitei para olhar para o balneário do Viriato

e o momento surgiu para esta foto


Igreja de S. José das Taipas

051212



Eu chamo-lhe Igreja de S. José pois não conheço outra deste santo nas proximidades mas a minha mãe que há muitos anos habitou naquela zona da cidade dá-lhe o nome de Igreja das Almas.



«A Igreja de S. José das Taipas situa-se nas proximidades do Palácio da Justiça e de vários imóveis classificados, como a Cadeia e Tribunal da Relação do Porto e a Igreja e o Mosteiro de São Bento da Vitória. Fica, também, muito próxima da casa onde nasceu João Baptista de Almeida Garrett, sita na Rua Dr. Barbosa de Castro, n.º 37-41, artéria conhecida como Rua do Calvário entre 1679 e 1920.

A Igreja de S. José das Taipas (1795-1878) foi riscada e decorada pelo engenheiro-arquitecto Carlos Amarante, ao gosto neoclássico, num estilo patente em outras obras do mesmo autor (como as igrejas do Bom Jesus, de S. João de Marcos e do Pópulo, em Braga).

A Igreja de S. José das Taipas foi administrada pela Irmandade das Almas de S. José das Taipas, criada em 1780 e que resultou da junção das confrarias de S. Nicolau Tolentino das Almas e de S. José das Taipas. Foi a esta Irmandade, que inicialmente reunia numa capela situada na Rua do Calvário, que, em 1810, os moradores da Ribeira entregaram o sufrágio das vítimas do Desastre da Ponte das Barcas, ocorrido a 29 de Março de 1809, e a recolha das respectivas esmolas. Eis a razão pela qual, durante cerca de 100 anos, a Irmandade realizou, anualmente e depois das exéquias, uma procissão entre esta Igreja e a Ribeira, local para onde Teixeira Lopes, pai, produziu o mural brônzeo das "Alminhas da Ponte".

Na escadaria exterior de acesso à Igreja existe uma caixa de esmolas para as "Almas" e, no seu interior, uma pintura de óleo relembra aquele funesto episódio da história portuense.»




5.12.12

Emporium | rua Sá da Bandeira

041212



Aqui há tempos, regressando a casa vindo do Alto da Fontinha, resolvi usar um itinerário diferente que me fez rememorar locais da minha infância. 

A chuva já ameaçava mas ali na esquina de Sá da Bandeira, parei, era necessário guardar um registo do edifício.

"Há quanto tempo foi? Que idade eu tinha? Não sei. Mas foi há muito, muito tempo. Ela era grande e loira. Puxou-me para ela. Enroscou o seu corpo no meu. Para mim foi uma experiência que não esquecerei. Depois foi a vez do patrão dela intervir. 
Não senti nada, é verdade. A anestesia foi eficaz. Só me lembro de já estar a entrar para o elevador. Nesse dia fiquei sem as amígdalas." 

E no meu passeio de ontem pelos blogues da cidade não é que encontro a referência que me faltava no "Do Porto e não só"

Lá no alto da rua Sá da Bandeira, mesmo antes de chegar à última fase de urbanização, na esquina com Guedes de Azevedo encontra-se o Emporium, projecto do arquitecto Arthur Almeida Júnior datado de 1939.


Para mais ampla informação sobre esta parte da cidade pode consultar:


4.12.12

Estúdio 400

421112




Aqui há tempos quando publiquei o artigo do Sérgio Andrade sobre os cinemas desaparecidos do Porto, lembrei-me que há uns anos atrás tinha ouvido falar de um cinema (desconhecido, desaparecido que existia na Foz). 

Alto lá - pensei - deve ser o mesmo. 

Numa tranquila tarde de Outubro passeámos por aqueles campos que (brevemente?) darão lugar à próxima, futura, projectada avenida que terá o nome do rei-soldado D. Pedro IV. Uns passos mais adiante na rua Sá de Albergaria e encontro algo que destoava com todo o que se encontra à volta.

Campos de jogos com piso sintético. Aspecto de escola. Grandioso. Arquitectura dos anos sessenta/setenta. Aproximando-me fiquei a saber que era um centro paroquial!

Mais pesquisa, menos pesquisa. Interrogo os amigos e a família no facebook. Resposta imediata de um primo. Consulta de outro. 

Pronto! tinha descoberto o Estúdio 400.


031212


Existe desde 1976. Talvez não tenha tido programação regular. Serviu para as sessões do Cine-clube da Boavista que anteriormente tinha as suas sessões semanais no Foco, etc.

Agora e aqui, fico à espera de mais detalhes dos meus leitores (de Nevogilde e não só) para completar a ficha deste cinema. 

No Facebook, na página de Nevogilde encontram-se mais algumas achegas a este edifício e às sessões de cinema nele realizadas.