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7.6.17

Palacete Araújo Porto

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Algumas linhas sobre Araújo Porto e a Misericórdia do Porto:

José Rodrigues d'Araújo Porto nasceu no dia 10 de janeiro de 1815 na cidade do Porto. Filho de Luís António Rodrigues d'Araújo e de Ana Albina de São José, foi batizado na Igreja de Santo Ildefonso. Residiu durante 31 anos na cidade de Recife, província de Pernambuco no Brasil, onde casou com Cândida Cardosa d'Araújo Porto. Juntos tiveram um filho, de seu nome José, o qual nunca casou nem teve descendentes. À data do testamento, lavrado em 28 de novembro de 1883, tanto sua mulher como seu filho tinham já falecido. Após ter regressado do Recife, residiu durante 12 anos na cidade de Lisboa até regressar ao Porto.

Nas disposições testamentárias décima e décima nona, num documento que contempla um total de cinquenta e nove, estão plasmadas doações de quantias à Santa Casa da Misericórdia do Porto em Inscrições de Assentamento da Dívida Fundada Portuguesa, com renda de três por cento, ou o equivalente em Obrigações do Governo de 1881, de cinco por cento, com a obrigatoriedade de dar a Maria de Jesus Coelho a quantia de cem mil reis por mês e também a seu tio, José Marcelino Peres Pinto e esposa a quantia de trinta mil reis por mês até aos seus falecimentos. Estes herdeiros foram também contemplados com mais legados. Outra obrigação imputada à Santa Casa foi a de mandar dizer anual e perpetuamente seis missas, uma pela sua alma, uma pela de sua mulher, filho e mais três pelas almas de seus parentes e dos de sua mulher. Também contemplada estava a obrigatoriedade de, anualmente e de forma perpétua, prover seis vestidos completos de inverno a seis pobres, três de cada sexo.

Diversas instituições de índole caritativa, brasileiras e portuguesas (de Lisboa e do Porto) foram recetoras de legados. Algumas sob a égide da Misericórdia do Porto foram diretamente contempladas com doações deste benfeitor no valor de 500 mil réis cada. São o caso do Recolhimento das Lázaras e Lázaros, Recolhimento das Velhas Inválidas e Asilo dos Entrevados de Cimo de Vila (atual Hospital de S. Lázaro), Asilo Barão de Nova Sintra (atual Colégio Barão de Nova Sintra), Recolhimento das Meninas Órfãs de S. Lázaro (atual Colégio Nossa Senhora da Esperança). No quadragésimo oitavo ponto do testamento está explícita a vontade de Araújo Porto em alocar o remanescente da sua herança para a criação (ou apoio) de uma instituição dedicada ao cuidado dos surdos-mudos, que ficaria sob administração da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Esta estrutura, apelidada de Instituto Araújo Porto, foi inaugurada a 26 de fevereiro de 1893 estando o edifício situado na rua Joaquim de Vasconcelos no Porto em terrenos que haviam sido doados à Misericórdia pelo benfeitor José Vaz de Araújo Veiga.

José Rodrigues de Araújo Porto faleceu no dia 27 de julho de 1887, estando seu corpo sepultado em Lisboa, sendo cumprida a sua vontade tal como está expressa no seu testamento.

 (texto publicado na página do Museu da Misericórdia do Porto)



 O edifício agora apelidado Palacete Araújo Porto foi durante muitos anos conhecido como o Instituto dos surdos-mudos

5.6.17

Rua Joaquim de Vasconcelos (2017)

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Podem também ver aqui

 

22.4.17

Calçada do Carregal

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O outro dia, acompanhado por um velho amigo, passei pelo Carregal.

Resolvi mostrar-lhe um canto desconhecido do centro da cidade pois como não vai a sítio nenhum ninguém lá passa.

Também nada há para ver.

Ele disse que já lá ninguém morava quando viu o estado em que se encontravam as poucas casas.

Cruzámo-nos com duas senhoras e eu tentei confirmar a coisa. Como o faria um turista. Pelo que elas afirmaram ainda existem algumas famílias que lá habitam.

A imagem a preto e branco como no tempo em que 
eu frequentei a escola primária ali bem perto. 


9.7.16

29.6.16

Na rua Gil Eanes - 2016

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Escola Francesa do Porto / Lycée  Français International de Porto (LFIP)


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No passado dia 19 de junho tivemos a oportunidade através o Open House Porto de realizar a visita comentada pelo arquitecto Nuno Valentim a este estabelecimento escolar.

Nos próximos dias serão apresentadas aqui outras imagens deste local.

Saliento que nesta visita também participaram o arquitecto Frederico Eça e Serge Leblanc - Presidente do Conselho de Administração.


20.6.16

Marius Latour

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Marius Latour, amigo de Pierre Foucher, Cônsul de França no Porto, foi um mecenas que negociou com o Conde de Vizela a aquisição dos terrenos onde foi instalada a Escola Francesa do Porto, hoje Lycée  Français International de Porto (LFIP). 

A Escola foi inaugurada em 1963 e hoje é um estabelecimento de ensino bilingue cujo diploma final permite o acesso ao ensino universitário tanto em Portugal (12º ano) como em França (baccalauréat).

A ampliação do Liceu ficou a dever-se ao projecto dos arquitectos Nuno Valentim e Frederico Eça.




19.2.16

Antigo Liceu / Actual Escola Secundária



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O Liceu D. Manuel II foi elevado a "Liceu Normal" em 1957-58. Os liceus normais eram os estabelecimentos de Ensino Secundário onde os futuros professores efectuavam o seu estágio pedagógico sob a orientação de um Metodólogo. No final do estágio os professores faziam um Exame de Estado.

Para além deste liceu na cidade do Porto existia um em Lisboa (Pedro Nunes) e outro em Coimbra (D. João III).

Na origem deste liceu está o chamado Lyceu Nacional Central da 2.ª Zona Escolar do Porto. No período logo após a implantação da República teve o nome de Rodrigues de Freitas, perdido sob o regime fascista. Após o 25 de Abril ficou com o nome actual de Escola Secundária Rodrigues de Freitas.

As duas fotos foram realizadas quando em janeiro passado fui exercer nas urnas os meus direitos cívicos. Aqui ficam para relembrar aos antigos alunos que nunca mais tiveram a oportunidade de lá entrar.



"A atual Escola Básica e Secundária de Rodrigues de Freitas foi criada em 1906 sob a designação de Lyceu Nacional Central da 2.ª Zona Escolar do Porto.

Inicialmente instalado em instalações provisórias dispersas pela cidade, ocupa desde 1933 o edifício onde se encontra atualmente, junto à Igreja de Cedofeita, inaugurado sob a designação de Liceu de D. Manuel II.

O edifício foi projetado pelo arquiteto José Marques da Silva, com capacidade para 1000 alunos em regime de turno único. A construção decorreu entre 1927 e 1933, embora algumas obras se tenham prolongado até 1939. Entre 1956 e 1958, foi alvo de intervenção segundo projeto do Arqt. Fernandes de Sá, envolvendo a construção de um novo piso de salas de aula no corpo poente, e adaptações nos corpos norte e sul, permitindo uma lotação de 1500 alunos.

A escola é composta por um edifício único, com a fachada principal, cuja implantação se adapta cuidadosamente às características topográficas do terreno. A planta geral, de base quadrangular e de composição simétrica, define quatro corpos e quatro pátios encerrados. O corpo Central, de volumetria dominante e com fachada a confinar diretamente sobre o plano sul da praça Pedro Nunes, desenvolve-se em torno do pátio de maiores dimensões. Evidencia um gosto art deco, legível no desenho dos acessórios e dos ornatos arquitetónicos. Funcionalmente, reflete um longo e continuado processo de adaptação às alterações curriculares e métodos formativos ensaiados ao longo do tempo

No projeto de modernização deste antigo liceu foram criadas condições para que o edifício se adequasse às novas exigências do atual modelo educativo e em simultaneamente acolhesse o Conservatório de Música do Porto. A escola básica e secundária ocupa a ala Nascente do edifício e uma parte dos corpos Norte e Central e o Conservatório a ala Poente do edifício. O corpo central é comum às duas instituições e alberga laboratórios, ginásios, espaços sociais e de aprendizagem informal.

A intervenção implicou reforçar alguns equipamentos e instalações, adaptar espaços para novas atividades, introduzir melhoramentos nos níveis do conforto ambiental hoje exigido e reparar deficiências provocadas pelo cansaço dos materiais ou sua desadequação a essas novas exigências. Pretendeu ainda abrir a escola para a cidade.

Foram ainda criados espaços que podem ser utilizados pela comunidade o que proporciona um enriquecimento e aprofundamento das relações da escola com a cidade reforçando a sua integração urbana e proporcionando um relacionamento mais rico com a comunidade. Contribui, ainda, para a rentabilização económica e social de alguns equipamentos como por exemplo as áreas desportivas, cantina, biblioteca, auditórios e sala polivalente. Estas instalações podem funcionar com uma certa autonomia em relação aos espaços de educação mais formal e possibilitar a sua utilização fora das horas normais de funcionamento das aulas."







30.9.15

Rua dos Bragas - Faculdade de Direito

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Em 1991 o Senado da Universidade do Porto aprova a criação de uma Faculdade de Direito que só três anos depois é autorizada pelo Ministério de tutela.

Em Janeiro de 1996 começam as aulas do primeiro ano de licenciatura em locais situados no Pólo do Campo Alegre.

Em Abril de 2001 transferiu as suas instalações para o Parcauto na rua dos Bragas. Só posteriormente foi ocupar edifício que anteriormente tinha sido da Faculdade de Engenharia da mesma Universidade, após longas obras de recuperação do mesmo.



29.6.15

Instituto Profissional do Terço

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Também conhecido como "Asilo do Terço".

Historial

1891

Fundado nas instalações da Irmandade de Nossa Senhora do Terço e Caridade em cerimónia a que assistiu o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia, o Asilo-Escola associava à instrução a aprendizagem de um ofício. 
Por iniciativa do Provedor Delfim de Lima e influência do Juiz Silva Leal.
Tem como objectivo acolher crianças e jovens que mendigavam pela Cidade do Porto.
Nasceu assim o Asilo Profissional do Terço que peregrinou por várias instalações até se fixar em 1919 na Praça Marquês de Pombal Nº 103.
Imóvel adquirido em 23 de Maio de 1932, por iniciativa do Director-Interno, Florentino Borges, que consegui reunir a quantia de 350 contos com quermesses autorizadas pela Câmara do Porto.
Quermesses realizadas no Jardim da Praça Marquês do Pombal, depois das actuações muito apreciadas da Banda de Música dos "Miúdos do Terço".


1896

Banda de música

Delfim de Lima organizou uma charanga, organização musical que precedia um batalhão.
Foi instituída a instrução militar, da qual são testemunhos fardas, armas e cornetins. 
Cada criança assumia-se e comportava-se como um pequeno militar.
Alargada por Delfim de Lima a composição da charanga, o ensino da música e a banda de música acabam por acontecer de forma natural.
O Compositor José da Silva Marques, educado no Asilo, teve papel preponderante na vida da banda, dirigindo-a com grande mestria em muitas actuações e revelando-se um compositor precoce.
A Banda do Terço abriu algumas vezes o "Corso de Carnaval" dos Fenianos do Porto. 
A Instituição tem um espólio de cerca de 1200 pautas de música que foram catalogadas por dois ex-educandos.


1935

Homenagem à família Borges

Em 1 de Janeiro de 1935 foi inaugurado um pavilhão anexo ao edifício-mãe, com cerca de 80 metros de comprimento, onde foram instalados dormitórios, oficinas, salões de convívio, refeitório e cozinha.
Posteriormente foi também instalada a escola primária pública nº. 32 frequentada pelas crianças da cidade, algumas das quais vieram a integrar mais tarde os corpos sociais do Instituto (Sr. Carlos Braga, entre outros).
Para obstar aos «Deficits» aflitivos do Asilo, instalaram no jardim interior o cinema popular - Cinema do Terço. Primeiro ao ar livre, no Verão e, depois, o pavilhão com mais de 700 lugares.
Em todas as iniciativas foi preponderante o trabalho e a visão de Florentino Borges, continuados pelos seus familiares: Joaquim, Jerónimo, D. Laura Borges.

Pode continuar a ler a cronologia desta instituição aqui

O cinema já não existe. No seu lugar apareceu um parque de estacionamento. Mudam-se os tempos, mudam-se os divertimentos.


18.2.15

O Porto visto de Gaia (1975)

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Naquela altura o "povo ainda lavava no rio". Hoje as coisas mudaram muito, até o lavadouro da freguesia de São Nicolau tem máquinas para realizar tal tarefa.

Se notarem bem ainda não existia aquele monumental bloco de betão que alberga uma escola ali na escarpa das Virtudes.


7.5.14

CLIP

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Como nasceu o Colégio Luso Internacional do Porto?


Pretendeu-se que o CLIP viesse a ser um estabelecimento privado de ensino primário, preparatório e secundário, cobrindo o escalão etário dos cinco aos 16 anos, destinado a proporcionar uma educação internacional a crianças naturais de diferentes países e vivendo na região do grande Porto em ambientes familiares culturalmente diversificados.

Deseja - se que sejam destinatários naturais deste tipo de serviço, dois grandes grupos de crianças:

• crianças de nacionalidade portuguesa (com ou sem qualquer outro tipo de exposição previa a outras Iínguas ou outras culturas, a quem os pais ou os responsáveis pela sua educação pretendem proporcionar formação cultural e linguística diversificada, na perspectiva da crescente globalização da sociedade e das possíveis necessidades dos indivíduos e seus factores de integração e sucesso na comunidade no inicio do terceiro
milénio;

• crianças de qualquer outra nacionalidade, que residindo permanente ou temporariamente na região, pretendam simultaneamente prosseguir currículos internacionalmente reconhecidos (que garantam "mobilidade" educacional) e adquirir formação cultural e Iinguística do pais em que habitam.

Com estes grandes objectivos e para este tipo de destinatários, o CLIP propõe que os instrumentos base do CLIP sejam os seguintes:

1.    Uma estrutura curricular para o ensino secundário baseada nos programas em vigor no Reino Unido (habilitando aos graus intermédios GCE - General Certificate of Education, GCSE - General Certificate of Secundary Education, or Ordinary Level), completados com as disciplinas indispensáveis á obtenção de equivalência ao ensino oficial português, nos 9º  10º  anos;
 
2.     Uma preparação de acesso ao ensino superior (11 º e 12º anos) alicerçada na obtenção de graus internacionalmente reconhecidos para esse fim, tais como 0 LB.International Baccalaureat, de Geneve – Suíça;
 
3.    A utilização do português e do inglês como Iínguas oficiais do CLIP, garantindo as exigências impostas para a obtenção do estatuto de "paralelismo pedagógico", e viabilizando a "mobilidade dos alunos entre escolas de diferentes países.
 
CLIP devera ser construído com base na excelência do corpo docente, garante de um currículo bem elaborado e bem ministrado, mas também capaz de criar ambiente escolar e desenvolver as actividades para-escolares indispensaveis a uma formagao internacional de elevada qualidade.
O CLIP será dirigido por um Conselho Directivo constituído por profissionais cuja competência garanta o objectivo de excelência será conseguido. Uma vez desenvolvida, a escola devera compreender todas as classes, desde o pré-primário ao lB. Prevê - se, no entanto, que este objectivo só possa ser conseguido a prazo.





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O que é o CLIP:


História
O CLIP foi fundado em 1990 (ano académico 1990-91) e tem hoje cerca de 650 alunos, com idades entre os 3 e 18 anos, de 25 países diferentes. No entanto, a grande maioria dos nossos alunos são portugueses. Todos os alunos obtêm uma educação que promove os mais altos padrões académicos dentro de uma cultura de aprendizagem que é explicitamente de mentalidade internacional.
Em 2009 o CLIP solicitou o estatuto de candidato para acreditação pela Council of International Schools (CIS). O processo de autoestudo está no bom caminho e esperamos ver este processo concluído no próximo ano lectivo.

Localização
As instalações do CLIP estão situadas numa das zonas mais previligiadas do Porto e constituem um importante projeto arquitetónico. Com uma área de mais de 25.000m2, o CLIP oferece excelentes condições para acolher os seus alunos.

Instalações
Projetado para ser um espaço multifuncional, oferecendo uma ampla gama de usos, o CLIP foi construído essencialmente com a busca da excelência em mente. As técnicas mais avançadas foram utilizadas na construção da escola, proporcionando um ambiente seguro em todos os aspetos. O edifício está equipado com a tecnologia mais avançada, proporcionando eficiência e conforto ao mais alto nível, e está totalmente adaptado para utilizadores de todas as idades.
 
> Piso térreo: Auditório de 200 lugares; Anfiteatros de 100 lugares (2); Cantinas (2) e Cozinha Industrial; Café, Centro de Música, Salas de Arte (2), Escritórios e Salas de Reuniões, garagem coberta (18 lugares de estacionamento), piscina interior aquecida de 25 metros.
 
> Piso 1: Hall de entrada, salas de aula, Pavilhão Multiusos com 500 lugares, Escritórios, Laboratórios de Multimédia, Laboratório de Física, Centro de Fotocópias, Loja CLIP.
 
> Piso 2: Escritórios da Administração, Sala de Professores, sala comum do Forum, laboratórios de Biologia e Química, Centro de Recursos Multimédia (2), salas de aula.
 
> Instalações ao ar livre: quadras de ténis (2), campo de futebol, pista de atletismo, parede de escalada e rapel.

O Currículo
O nosso currículo incorpora padrões internacionais de excelência e fornece uma estrutura dentro do qual o bem-estar académico e pessoal de cada criança pode florescer, crescer na compreensão e com mais confiança passar para o ensino superior e uma carreira. Nós somos três escolas em uma: Lower School, Middle School e Upper School. A cada nível, o currículo é lecionado por professores altamente qualificados e treinados, apoiados por tecnologia de ponta. A relação aluno/professor é inferior a 12:1. Apoio suplementar é dado nas línguas aos alunos para quem o inglês ou português não é a primeira língua. Para alunos com dificuldades de aprendizagem, temos a funcionar os nossos serviços de Apoio às Necessidades Educativas Especiais. O CLIP está empenhado na ideia de “desporto para todos” e tem um extenso programa de desportos de competição. As Belas Artes e Artes Cénicas são parte integrante do programa de estudos e essencial para o desenvolvimento global dos nossos alunos. O Modelo das Nações Unidas e serviço comunitário desempenham um papel importante na vida escolar.
A grande maioria dos diplomados do CLIP continua a sua educação superior em universidades, com a maioria estudando em Portugal ou no Reino Unido.

O Alunos
Os nossos alunos vêm de mais de 25 países, apresentando uma formação cultural diversificada, embora com predominância natural da cultura portuguesa. Verificou-se um crescimento de diversas comunidades nacionais no CLIP, nomeadamente as famílias chinesas e espanholas, e tolerância e aceitação são incorporados na cultura escolar. Dos 3 aos 18 anos, da Pré-Kindergarten ao 12º Ano, a comunidade estudantil é um grupo simpático, educado e respeitador, com uma grande variedade de personalidades e capacidades, e o ambiente geral é de harmonia e companheirismo.

Pessoal
O nosso staff é composto por uma equipa de educadores e pessoal de apoio dedicada a proporcionar o melhor ambiente e oportunidades de aprendizagem para todos os alunos e para o seu próprio ensino e crescimento profissional. São mais de 100 e provenientes de mais de 12 países diferentes. Esta formação e experiência contribuem para um ambiente de aprendizagem que responde à diversidade cultural dos alunos e atende às necessidades de uma população estudantil internacional. Os educadores do CLIP são treinados e certificados nas suas respectivas áreas e mais de um terço deles têm mestrados.

Liderança
A liderança da nossa escola tem como premissa as fortes relações produtivas e a colaboração entre as equipas responsáveis por garantir o sucesso do seu programa académico e dos serviços operacionais que estão no local para apoiar o seu objetivo educativo. A equipa de liderança trabalha com toda a comunidade escolar para assegurar que o progresso contínuo é feito no sentido de uma visão partilhada e de resiliência face aos desafios a curto e longo prazo.

Os Pais
O CLIP reconhece que trabalhar em estreita colaboração com os pais é um elemento fundamental na educação das crianças. Uma relação de respeito e confiança entre os pais, a escola e o seu staff é essencial para o bem-estar de cada aluno, formando assim a base para uma cultura de inovação, mentalidade internacional, excelência académica, resiliência intelectual e cidadania ativa, responsável e digna. A escola oferece uma variedade de oportunidades para os pais participarem no processo educativo dos seus filhos e comunica regularmente com a comunidade do CLIP. 
 
O Conselho de Pais é constituído por representantes eleitos dos pais de cada turma. É governado pelo Conselho Executivo do Conselho de Pais (EBPC) e trabalha em estreita colaboração com a escola para melhorar a comunicação e compreensão.

in: http://www.clip.pt/pt/sobre-o-clip/perfil-do-clip


Não esquecer que este colégio privado é reservado a uma élite endinheirada. O custo anual da escolaridade ronda os dez mil euros!

Num primeiro tempo este colégio funcionou na sub-estação dos STCP junto à praça Gonçalves Zarco.


24.3.14

A Obra das Mães em Miguel Bombarda

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Este edifício hoje ocupado por vários escritórios e durante alguns anos nos finais do século XX por serviços das Finanças foi a delegação da "Obra das Mães pela Educação Nacional na cidade do Porto.

Para quem desejar saber mais transcrevo um artigo do blogue "Caminhos da Memória" da autoria de Irene Pimentel:

< Uma das preocupações do Estado Novo, no seu início de jornada, nos anos trinta, prendeu-se com o desejo de enquadramento e organização de estratos da população, por idade e por sexo. Em 1936, o ministro da «Educação Nacional», Carneiro Pacheco criou a primeira organização estatal de mulheres, a Obra das Mães pela Educação Nacional (OMEN), para «estimular a acção educativa da família», «assegurar a cooperação entre esta e a Escola» e «preparar melhor as gerações femininas para os seus futuros deveres maternais, domésticos e sociais». No discurso que proferiu, por ocasião da nomeação dos membros da Junta Central da Obra das Mães, o ministro definiu os três objectivos da OMEN: por um lado, a reeducação das mães e a assistência materno-infantil, através dos centros sociais e educativos, das «semanas da mãe» e dos «prémios às famílias numerosas» e, por outro lado, a antecipação e prolongamento da escolaridade através da educação infantil, das cantinas escolares e da criação da Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) [1] 

A longa mas pouco actuante vida da OMEN (1936-1974) foi depois sempre marcada por uma grande indecisão quanto à definição das suas funções. Em certos sectores do regime, multiplicaram-se as opiniões segundo as quais a organização devia ter um carácter meramente assistencial, enquanto, pelo contrário, a condessa de Rilvas, dirigente da OMEN, nunca a deixou de considerar «um instrumento de educação nacional». Diga-se que, nos anos trinta e quarenta, o adjectivo «social» tinha de facto o significado de «educativo», fim para o qual a «assistência» era um meio. 

A própria condessa de Rilvas indicou qual era o principal alvo da OMEN, ao referir que embora também pretendesse ocupar-se da «Mocidade», era a «adulta, a Mãe, a mulher actual, com os seus erros, a sua ignorância, os seus preconceitos» que a organização queria atingir em primeiro lugar. Mas os principais alvos da reeducação da OMEN eram as «mulheres do povo» e, segundo os desejos da organização, nomeadamente as operárias, às quais seriam ministradas, em centros sociais e educativos, nos meios «urbanos, industriais e rurais», noções de higiene, puericultura e de moral, para reduzir a mortalidade infantil e levá-las a regressar ao lar. 

Num balanço das suas actividades realizado em 1971, a própria OMEN dividiu a sua vida, até aquela data, em três períodos: entre 1938 e 1945, a fase de implantação e de acção educativo-assistencial, exercida através dos primeiros centros sociais e educativos; entre 1946 e 1958, a fase em que a actuação no meio rural tomou «predomínio sobre os meios operário e urbano», através dos centros de formação familiar rural, e, entre 1959 e 1971, a fase vagamente caracterizada como sendo de procura da colaboração «com uma sociedade em franca evolução e resolução, tanto no âmbito familiar como social». 

De facto o segundo período de vida da OMEN, iniciado quando Salazar recompôs as forças do seu regime, depois da grande crise no final da guerra, decorreu durante os «anos de chumbo» para a oposição ao regime da década de cinquenta e culminou com o «terramoto delgadista», revelador do processo de industrialização, urbanização e modernização que se faziam sentir lenta, invisível mas irreversivelmente na sociedade portuguesa. Foi um período marcado pela viragem da OMEN para o meio rural, porque lhe parecia ser o último reduto de uma sociedade que pretendia manter, como se o voluntarismo reaccionário da organização pudesse travar as mudanças sociais entretanto ocorridas em Portugal.


A viragem para o meio rural e a Escola de D. Luís de Castro

A viragem da OMEN para o meio rural ocorreu, porém, num período em que Portugal tinha deixado de ser «essencialmente agrícola» para ser «essencialmente industrial» [2]. Ao contrário dos desejos ruralizantes da Obra das Mães, a população agrícola, que em 1950 constituía quase metade da população (48 %), tinha diminuído, através da industrialização, da urbanização e da emigração, para 42 % em 1960 [3]. No contexto deste processo e na luta pela influência política entre os lobbies industrial e agrário no seio do regime, pode dizer-se que a OMEN representou os interesses do último, tentando desesperadamente suster o êxodo rural, através do ensino de «técnicas agrícolas modernas», de formação de novas «classes rural» de da manutenção da natalidade alta no seio das famílias rurais.

A expansão no meio rural carecia entretanto de jovens profissionais e, segundo disse a dirigente da OMEN, condessa de Penha Garcia, a OMEN tinha dificuldade em recrutar raparigas para tomar conta dos centros, além de que muito poucas queriam ir para o campo [4]. Influenciada por Maria Joana Mendes Leal, segundo a qual se deveria preparar «elites de trabalhadoras sociais» que se fixassem nos meios rurais para ai «coadjuvar os serviços de carácter social, sanitário e educativo» [5], a OMEN resolveu criar a sua própria Escola de Agentes de Educação Familiar Rural.

A escolha de Braga para sede da Escola devia-se, segundo a condessa de Penha Garcia, ao facto de aí haver «quintas pequenas adaptadas ao fim em vista» e de ali existirem «profissionais e uma competente presidente distrital» [6], Maria Teresa Esquível. Para nome da Escola, a condessa de Penha Garcia escolheu o do próprio pai, D. Luís de Castro, que tinha idealizado em 1908 a criação de escolas de Ensino Familiar Rural. Na inauguração da Escola de D. Luís de Castro, em Tenões (Braga), em 2 de Fevereiro de 1958, a condessa de Penha Garcia reafirmou o propósito de preparar jovens «para exercer uma função específica no meio rural», levando-as «apreciar as virtudes e os trabalhos familiares», tornando-lhes «atraente a vida rural e dando-lhes «espírito de religiosidade e de patriotismo».

Frequentada por raparigas com mais de 17 anos, com o 1.º ciclo dos liceus ou o ciclo preparatório do ensino técnico, funcionando o programa dos cursos [7] em regime de internato durante um ano e meio, ao qual se seguia um estágio nos centros rurais e nas missões de educação rural da OMEN, a Escola sofreu um incêndio, em 1960, e mudou para o Solar da Torre (Braga), onde permaneceu até Outubro de 1962. Depois da sua reconstrução, a escola mantinha um bloco residencial para 32 alunas e para o pessoal, uma casa instalada a expensas das alunas e um bloco escolar.

Em 1968, a condessa de Penha Garcia considerou de novo que, tendo «a ordem eterna dos campos» vindo a ser perturbada pelas «possibilidades de conforto e bem-estar», por «apelos para uma vida fácil» e por «doutrinas sedutoras». Segundo essa dirigente da OMEN, mesmo «admitindo certa transferência da população agrícola para a indústria», era necessária uma «transformação profunda do meio rural», onde deveria «surgir uma nova classe agrícola mais instruída e mais esclarecida» cujo labor seria aliviado pela utilização plena dos novos recursos da ciência» e da «força do maquinismo moderno» [8].

No seu balanço de actividades de 1971, em que reconheceu que a Escola apenas havia formado, entre 1958 e 1971, 164 educadoras, que se congregavam na associação «Convívio» e à volta do órgão A Candeia, a OMEN descreveu os anos sessenta como um período em que a «actuação no meio rural» tomara «o predomínio sobre o operário e urbano» e um tempo em que «o mundo rural e não só ele» era «solicitado a sair da rotina». Como a sociedade portuguesa estava a evoluir e a transformar-se, a OMEN tentava, assim, «acompanhar os acontecimentos num contrabalançar de equilíbrios entre os valores permanentes e do progresso».

Dos objectivos iniciais da Obra das Mães, nenhum foi conseguido, quando se chegou à década de setenta. Em vez de transformar as mentalidades das mulheres e das famílias, limitou-se a atingir algumas delas em escassos cursos domésticos, em sessões de propaganda e em iniciativas de caridade. Quanto ao objectivo inicial de «congregar todas as mulheres» portuguesas, no apoio político ao regime, apenas se assistiu à tentativa de as mobilizar exclusivamente para a maternidade prolífica e para tarefas meramente «femininas».

Nesse período, a preocupação com a formação de quadros para a educação familiar rural era reveladora das transformações que a Obra das Mães tinha sofrido desde que fora criada em 1936. Em vez de nacional e educativa, já só era uma organização localizada em certas zonas – Braga e Portalegre -, que pouco diferia das associações particulares de assistência feminina. Também, a sua elite dirigente já não era a mesma, pois já só incluía educadoras sociais e familiares rurais, profissionais pouco pagas, diferenciadas e desprestigiadas. Quanto à sua actividade, a OMEN limitava-se a ministrar alguns cursos de educação familiar, no seio de uma escassa população feminina rural e a formar os seus próprios quadros, na escola D. Luís de Castro, em Braga.


[1 Diário de Notícias,16 de Julho de 1936.

[2] Luciano Amaral, «0 pão sempre politico», in História, ano XVII (nova série), n.º 4, Janeiro de 1995, pp. 52-65.

[3] Fernando Rosas, «O Estado Novo», in História de Portugal, dir. José Mattoso, vol. VII, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, p. 426.

[4] A Família no Campo, n.º 21, Verão de 1968. «Balanço de 10 anos de actividade». Discurso da condessa de Penha Garcia, no encerramento do segundo curso de formação de educadoras familiares, realizado de Julho a Agosto de 1956.

[5] Parecer da Câmara Corporativo sobre o Projecto de Lei n.º 516, de organização e funcionamento do Instituto de Serviço Social, de Junho de 1956.

[6] Arquivo Salazar. AOS/CP, carta da condessa de Penha Garcia a Salazar, em
Dezembro de 1957.

[7] Cultura Geral, Formação Familiar, Cultura Religiosa, Economia Doméstica, Tecnologias da Habitação e Adorno do Lar, Tecnologia do Vestuário, Culinária, Artesanato Feminino, Serviço Social Rural, Técnicas de Comunicação Social, Organização Corporativa, Enfermagem do Lar, Puericultura, Higiene e Nutrição, Psicologia, Pedagogia, Problemas Artísticos, Canto Coral e Liturgia, Jogos e Danças, Métodos de Educação Familiar, Formação Pedagógica, Organizacão e Técnica de Serviços, Terminologia de Material Didáctico, Agricultura Geral, Zootecnia, Horticultura, Jardinagem e Prática Agrícola.

[8] A Família no Campo, n.º 22, Outono de 1968.


(Publicado no nº 8 da colecção Os anos de Salazar/ O que se contava e o que se ocultava durante o Estado Novo , coordenada por António Simões do Paço.) >

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