27.7.13

Duas imagens do mercado do Bolhão

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No final de uma manhã de Maio curta passagem pelo mercado...



25.7.13

Rua Morgado de Mateus (detalhe)

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24.7.13

Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto

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Uma das associações (profissionais) que continua viva desde 1882 na cidade.

Só ontem soube que o funeral de Abel Salazar esteve programado para este local tão simbólico da cidade, através do blogue "A Cidade Surpreendente". Na altura os esbirros da PIDE impediram que tal coisa se realizasse...

Actualização:

Após publicação solicitei ao amigo Augusto Baptista uma mão cheia de linhas para relatar um pouco do historial da associação à qual pertence e participa há alguns anos.

Em desordem, aqui vai o seu texto:

« 
Carregar água com a peneira
AJHLP: Cento e Trinta e um anos

A Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto completa, no próximo dia 13 de Outubro, 131 anos. Instituição aberta à sociedade, solidária. Desde sempre desaprovou a cómoda visão paroquial, bairrista, para abarcar a prodigiosa diversidade do mundo. Os primeiros estatutos, coligidos por Sampaio Bruno no ano de 1885, realçam a defesa da liberdade de expressão, a representação condigna da classe, o socorro e protecção aos associados. Mais de um século depois, como se o nosso ofício fosse o de carregar água com a peneira, nada ainda está garantido: a matriz permanece inalterável, a firmeza de um dia chegarmos com a peneira cheia de água também.
Somos mais de quatro centenas de escritores, jornalistas, actores, artistas plásticos, personalidades ligadas à ciência – de Portugal, de outras partes da lusofonia, da Galiza. Em Junho de 1901, dezasseis anos depois da abertura, entre os membros da Associação aparece a primeira mulher: Clorinda de Macedo, professora e poetisa.
Intensa actividade cultural marca o longo caminho: por aqui andaram e repartiram a palavra centenas de intelectuais: como Érico Veríssimo, Leonardo Coimbra, Alberto Moravia, Umberto Eco, Teixeira de Pascoaes, Eugénio de Andrade, Luísa Dacosta, José Saramago ou Lawrence Ferlinghetti. Óscar Lopes, durante anos membro do Conselho Literário, foi na década de sessenta, do século passado, um dos responsáveis da programação de vanguarda desta casa que nem sempre o Porto soube respeitar. Quem carrega água na peneira não desiste, jamais abdica.
Empresa imaginativa e persistente, com Loureiro Dias à frente de um restrito grupo de associados, foi a construção da sede. O Presidente da República Bernardino Machado lançou a primeira pedra; anos depois, por volta de 1930, a pedra fez-se casa da palavra não cativa, no coração da cidade. Um ano volvido, por iniciativa de Leonardo Coimbra, a Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto propunha Teixeira de Pascoaes a candidato português ao Prémio Nobel da Literatura. Mais tarde, em períodos diferentes, indicava à Academia Sueca os nomes de Aquilino Ribeiro, Miguel Torga e, por fim, Agustina
Bessa-Luís. 
A AJHLP dispõe de biblioteca com cerca de 30 mil títulos e arquivo de manuscritos, fotografias e outros documentos de importância cultural de relevo. Dispõe ainda, e talvez seja essa a sua maior riqueza, de imensa capacidade de regeneração: de ser memória múltipla e desfechar as grandes alamedas do devir.

II.
Biblioteca, Auditório, Bar

Nos anos sessenta, o edifício-sede da Associação, construído três décadas antes, mostra os primeiros sinais de degradação. Em 1974 é negociado com a Fundação Gulbenkian um apoio para as obras. A Câmara Municipal do Porto obriga a subir mais dois andares, o que absorve as primeiras verbas. Retraiu-se a Gulbenkian. Entretanto, um subsídio da Secretaria de Estado da Cultura e a oferta de materiais, por parte de algumas empresas, permitem concluir as obras do primeiro andar – primeiro e único, até hoje.
O edifício é composto por cinco pisos; o rés-do-chão está ocupado por dois 

estabelecimentos comerciais.

Segundo o projecto dos arquitectos António Portugal e Fernando Lanhas, reformulado agora pelos arquitectos Emílio Teixeira Lopes e Pedro Gomes, os dois últimos andares destinam-se à instalação da Biblioteca/Hemeroteca,   Sala de Leitura, e do Auditório multiusos com capacidade para cem lugares. No terceiro piso fica o bar/ café-concerto. O restante espaço destina-se aos serviços da AJHLP, depósito de espólio, arquivos e ateliers de criação.


III.
Meio milhão de poemas

A actividade associativa, nos últimos anos, além da estrutural questão das obras, repartiu-se por colóquios, edições, acções de rua, conferências, lançamento de livros. A AJHLP cooperou com autarquias (Porto, Vila do Conde, Gaia, Paços de Ferreira, Espinho, Famalicão, Fafe, etc.) e instituições como a Sociedade Portuguesa de Autores, Associação Portuguesa de Escritores, Clube e Sindicato dos Jornalistas, Associação de Escritores em Língua Galega, Associação de Escritores de Espanha, Instituto Italiano de Cultura, Festival de Poesia do Condado (Galiza), Inatel, Instituto Português da Juventude. Foi a primeira instituição do Porto que José Saramago visitou depois de conquistar o Nobel da Literatura. Alguns dos seus romances, na década de oitenta, foram aqui lançados. Do lado português, foi a entidade organizadora do Prémio de Narrativa Galega e Portuguesa. Este galardão, patrocinado pelo Eixo Atlântico, é único no género entre os dois países.

A Poesia está na Rua
No 25º aniversário do 25 de Abril, A AJHLP, com apoio do Inatel, distribuiu cerca de meio milhão de poemas, impressos em panfletos, em todas as cidades do País, de 50 poetas de Portugal, Galiza, Timor e Brasil. O Presidente da República, Jorge Sampaio, participou na distribuição dos poemas – todos eles inéditos – nas ruas do Porto. Aderiram à iniciativa, entre
outros, os poetas: Eugénio de Andrade, Manoel de Barros (Brasil), Xanana Gusmão (que nos enviou um poema da Indonésia, quando ainda se encontrava na prisão), Mário Cláudio, Maria Teresa Horta, Daniel Faria, Pedro Tamen, Urbano Tavares Rodrigues. Além dos poemas em panfletos, publicámos, em cartaz, dez poemas de dez autores portugueses entretanto desaparecidos: Natália Correia, Ruy Belo, Alexandre O'Neil, Carlos de Oliveira, José Gomes
Ferreira, Luíza Neto Jorge, Luís Veiga Leitão, David Mourão Ferreira.


Auto-retrato do Artista Enquanto Jovem
Ciclo dedicado à divulgação de novos autores e criadores de diversas expressões. Entre outros,participaram Daniel Faria(poeta), Manuel Jorge Marmelo (escritor), Rui Pinheiro (fotógrafo), Sílvia Brito (actriz).


 A Liberdade de Imprensa na América Latina, com a presença de veteranos da luta pela liberdade de expressão no México, Argentina e Brasil.


Lorca Politicamente Incorrecto, conferência proferida pelo Prof. Alonso Montero.


Evocação a Ferreira de Castro, pelo escritor e cineasta António Amorim.


Homenagem ao poeta Papiniano Carlos, com participação, entre outros, de Urbano Tavares Rodrigues e José António Gomes.
Homenagem aos Poetas da Centelhaesta iniciativa integrou uma exposição das obras publicadas pela editora coimbrã, antes do 25 de Abril; a edição do livro: Poetas da Centelhacom inéditos de António Manuel Lopes Dias, Manuel Alegre, José Manuel Mendes e Rui Namorado 


 Prémio Revelação de Poesia Almeida Garrett, destinado a poetas com idades até 30 anos, este prémio teve a sua primeira edição em 1999, e vai ser agora retomado. O livro vencedor, Egon Schiele, Auto-retrato de Dupla Encarnação, Valter Hugo Mãe, foi editada pela AJHLP.

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Data da fundação da AJHLP - 13 de Outubro de 1882


Corpos Gerentes da AJHLP  (2012 a 2014)

Assembleia Geral

Germano Silva; António Cadete Leite; Vergílio Alberto Vieira.

Direcção

Francisco Duarte Mangas; Augusto Baptista; Carlos Cunha; Jaime Froufe de Andrade; Manuela Espírito Santo; Nuno Higino; Paulo Silva.

Conselho Fiscal

Manuel Leal Freire; José Vigário; Onofre Varela. »

23.7.13

Largo da Ramadinha

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Outrora houve aqui um daqueles quiosques que vendiam jornais e por vezes tabaco. O largo perdeu alguma da pouca harmonia que tinha, perdeu movimento de pessoas.

O quiosque foi retirado! Depois das obras de requalificação da praça Carlos Alberto (integradas no Porto 2001) pespegaram num canto o dito quiosque. Ora vende jornais, ora vende bebidas, ora está abandonado...

20.7.13

Mercado do Bom Sucesso

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Os tempos mudam, penso que ainda não fazem entregas a domicílio nem a entrega no parque de estacionamento. mercado do bom sucesso ponto Porto ponto com!!!!!



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Novas estruturas no interior. Ocupar e rentabilizar o espaço.


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Mais uma "praça da alimentação"!


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A arte também marca presença.




14.7.13

Rua Fernandes Costa

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A acreditar na placa que se encontra na esquina da rua João de Deus, Fernandes Costa nasceu em 1867 e faleceu em 1925. Era polígrafo.



13.7.13

Rua D. João IV

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Esta rua anteriormente já teve o nome de Duquesa de Bragança. A minha avó materna preferia chamar-lhe "Rua dos Heróis de Chaves".



12.7.13

Camões

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O busto em bronze de Camões da autoria da escultora Iréne Vilar encontra-se escondido num recanto da Avenida Brasil. Anteriormente estava mais visível na Avenida D. Carlos I.


10.7.13

Escola de Hotelaria e Turismo do Porto

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Os locais ocupados actualmente pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto foram ocupados anteriormente pela Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis. O edificio que hoje conhecemos data de 1955, tendo sido alargadas as instalações posteriormente.

Anteriormente era neste mesmo local, na rua Firmeza, que existia a Fábrica de Chapéus Costa Braga (fundada em 1866), uma das últimas fábricas de chapelaria a encerrar na cidade.

Pode saber mais sobre a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto aqui.


9.7.13

Rua de Agramonte e Mercado

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Durante as obras de "requalificação" do Mercado do Bom Sucesso os vendedores de produtos frescos encontraram refúgio e continuaram a vender num armazém da rua de Agramonte (fevereiro 2013)

Ontem entrei no mercado, mais vale dizer ex-mercado! A nave central está ocupada por uma selva de bares e lojas que vendem bebidas e comidas ditas "de gourmet". Os antigos vendedores de legumes e outros produtos frescos encontram-se relegados para um canto escondido.




8.7.13

Livraria Chardon

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Sobre a porta da Lello & Irmão lá continua o nome de Chardon.

Rua das Carmelitas, 144



Rua Particular Meneses Russel

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Não consegui saber quem era o Meneses Russell mas penso que um portuense já descobriu onde se situava. 

Para os outros deixo o trabalho de "clicarem" no "link" de localização que se encontra mesmo aqui por baixo.

7.7.13

5.7.13

Jardim de São Lázaro

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Foi numa manhã de Fevereiro passado.
Andei de novo num dia de sol de Inverno para aqueles lados.
Primeira surpresa, o portão do jardim estava meio aberto, meio fechado. A segunda também é evidente. Aquele líquido que escorre não é água da chuva e whisky também não é, certamente. Pelos vistos são necessários mais mobiliários urbanos naquela zona da cidade onde os velhotes com problemas urinários se possam aliviar dos seus males.
Mas as surpresas ainda mal tinham começado!

O Jardim tinha mudado de nome!

Tinha um nome que eu desconhecia!

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Tímida, assim num canto a tabuleta verde anunciava "Marques de Oliveira"! Com uma atitude pedagógica louvável também esclarecia o portuense mais picuínhas que o cidadão em questão tinha sido artista plástico. E para não haver confusões entre o pai e o filho (outros há não especificados na cidade como "Teixeira Lopes") a tal comissão que se encarrega do assunto teve o cuidado de colocar as datas de nascimento e de falecimento, o que muito nos apraz. 1835 - 1909!

Mas para informar os meus raros leitores destas cousas da cidade habituei-me a ir completar os dados por aqui ou por além. Só para juntar mais um grão de sal, tal como se a pessoa em questão era Alberto ou Joaquim, tinha algum elo importante com o burgo em que vivo, etc, etc e tal!

Podia ter ido procurar num daqueles calhamaços mas ninguém ainda me ofereceu o "Dicionário Ilustrado dos Portuenses Ilustres (sec XIX - sec XXI). Vai desta e... teclado, monitor! 
Encontrei logo entre os "Antigos Estudantes" da Universidade do Porto o dito cujo pintor "João Marques da Silva Oliveira" que tinha cursado a Academia Portuense de Belas Artes. 

Momentos antes de gritar "vitória!" e outras coisas, limpei os óculos, penteei as sobrancelhas e dei meia volta! 

Tinha sido tão simples publicar aqui uma ou duas fotos com o título "Jardim de S. Lázaro"! mesmo sem o coreto, mesmo sem os velhotes que passam os dias a jogar à sueca!

Mas havia um "hic". 
(já estou a ouvir ali uma vozinha de flauta: "Picuínhas" o que foi desta vez?)

Pois é! Não era este! tinha batido na porta errada. Não batia certo! Era simplesmente uma questão de datas. Bof! Deixemos vamos lá botar as fotos e...

"copiar-colar" é simples hoje em dia. Basta depois juntar em nota de rodapé a fonte. Não faz mal se a página tem mais linhas de notas de rodapé que de texto escrito pelo autor (não deve ser o meu caso).

Os visitantes habituais do blogue (cinco ou seis, talvez uns dez por semana quando não há futebóis) já sabem que o meu "tira-teimas" é a página da CMP.

Abro uma nova janela... corro até aos Marques, e....



Pois é! A placa "não diz a verdade"! Enganaram-se redondamente em ambas as datas! Será assim tão difícil fazer um "copiar-colar"? 

Aqui há uns meses também eu tinha tido um desbafo sobre o trabalho da "Comissão de Toponímia" sobre a rua da Cidade de Luanda. Como tinha divulgado a coisa junto de amigos, um deles contactou um dos membros da dita Comissão. O texto do "site" municipal foi corrigido (mal corrigido com uma frase vazia que nada explica). Mas senhores, arrangem alguém para copiar os textos, arrangem alguém para rever os textos. Aposto que nem seria necessário criar dois novos postos de trabalho!


3.7.13

Colégio Nossa Senhora da Esperança

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(dedico a todas as "meninas da minha idade" que o frequentarame que sofreram a austeridade do antigo Colégio das meninas Orfãs).

O Colégio de Nossa Senhora da Esperança situa-se no Porto e é propriedade da Santa Casa da Misericórdia do Porto.

A sua construção iniciou-se em 1724, designando-se, então, por "Recolhimento de Meninas Órfãs de Nossa Senhora da Esperança". Desde aí até à actualidade, o Colégio foi sofrendo algumas alterações, quanto aos fins que inicialmente prosseguia, sendo hoje um estabelecimento de educação e de ensino particular com os níveis de educação e de ensino constantes do seu Projecto Educativo.

É um Colégio católico, de acordo com o que estabelece o Código de Direito Canónico, propondo-se promover a educação integral dos alunos, respeitando a sua liberdade, a das famílias e a dos professores e restantes colaboradores. Está aberto, sem qualquer discriminação, a todos os que procuram a educação e o ensino nele ministrados e oferecidos, desde que adiram ao seu Projecto Educativo e aceitem os seus regulamentos.

Funciona em regime de autonomia pedagógica, para o 1.º ciclo do Ensino Básico (CEB), e de paralelismo pedagógico, para os 2.º e 3.º CEB e Ensino Secundário, tendo como principais objectivos:

- Formar cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários, valorizando a dimensão humana do trabalho;

- Possibilitar aos alunos conhecimentos e saberes em diferentes domínios e em vários contextos;

- Criar aos alunos condições de modo a conseguir uma verdadeira articulação entre a Fé e a Cultura, procurando levá-los a uma plena integração nas realidades sociais de que fazem parte.

Prosseguindo o espírito da sua missão, o Colégio, que funciona em regime de contrato simples para os alunos dos Ensinos Básico e Secundário, pretende ser uma Escola de referência, pela positiva, não só no Porto, mas também em toda a sua Área Metropolitana.