31.1.13

31 DE JANEIRO


Para facilitar a procura sobre este tema basta fazer um simples clique sobre o

31 de JANEIRO

e encontrará algumas linhas já publicadas neste blogue. 

29.1.13

Rua JOÃO GRAVE

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João Grave
Vagos, 1872/Porto, 1934
Século XIX-XX


Licenciado em Farmácia na Universidade do Porto, João José Grave dedicou-se sobretudo à actividade literária e jornalística, tendo sido director da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Como jornalista, colaborou em diversos periódicos nacionais, como «O Século» e «Diário de Notícias», e brasileiros. Chefiou ainda a redacção do «Diário da Tarde».

Autor de uma vasta obra, que inclui ficção, crónica, ensaio e poesia, esteve inicialmente próximo dos naturalistas, notando-se influências de Emílio Zola. Mais tarde, enveredou pelo romance de costumes.

De entre as suas obras destacam-se «Os Famintos» (1903), «O Último Fauno» (1906), «Reinado Trágico» (1915), «O Mutilado» (1918), «Paixão e Morte da Infanta» (1921) e «Os Vivos e os Mortos» (1925).



28.1.13

Rua MANUEL BANDEIRA

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Nota biográfica sobre este poeta Brasileiro:

"Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis.

Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Bandeira freqüenta o colégio das irmãs Barros Barreto, na Rua da Soledade, e, como semi-interno, o de Virgínio Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz.

A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896, onde reside na Travessa Piauí, na Rua Senador Furtado e depois em Laranjeiras. Bandeira cursa o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Tem como professores Silva Ramos, Carlos França, José Veríssimo e 
João Ribeiro. Entre seus colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes.

Em 1903 a família se muda para São Paulo onde Bandeira se matricula na Escola Politécnica, pretendendo tornar-se arquiteto. Estuda também, à noite, desenho e pintura com o arquiteto Domenico Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começa ainda a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.

No final do ano de 1904, o autor fica sabendo que está tuberculoso, abandona suas atividades e volta para o Rio de Janeiro. Em busca de melhores climas para sua saúde, passa temporadas em diversas cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim.

"... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino."

Em 1910 entra em um concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras, que não confere o prêmio. 

Lê Charles de Guérin e toma conhecimento das rimas toantes que empregaria em Carnaval.

Sob a influência de Apollinaire, Charles Cros e Mac-Fionna Leod, escreve seus primeiros versos livres,em 1912.

A fim de se tratar no Sanatório de Clavadel, na Suíça, embarca em junho de 1913 para a Europa. No mesmo navio viajam Mme. Blank e suas duas filhas. No sanatório conhece Paul Eugène Grindel, que mais tarde adotaria o pseudônimo de Paul Éluard, e Gala, que se casaria com Éluard e depois com Salvador Dali.

Em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, volta ao Brasil em outubro. Lê Goethe, Lenau e Heine (no sanatório reaprendera o alemão que havia estudado no ginásio). No Rio de Janeiro, reside na rua Nossa Senhora de Copacabana e na Rua Goulart.

Em 1916 falece sua mãe, Francelina. No ano seguinte publica seu primeiro livro: A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. João Ribeiro escreve um artigo elogioso sobre o livro. Por causa de um hiato num verso do poeta mineiro Mário Mendes Campos, Manuel Bandeira desenvolve com o crítico Machado Sobrinho uma polêmica nas páginas do Correio de Minas, de Juiz de Fora.

O autor perde a irmã, Maria Cândida de Souza Bandeira, que desde o início da doença do irmão, havia sido uma dedicada enfermeira, em 1918. No ano seguinte publica seu segundo livro, Carnaval, em edição custeada pelo autor. João Ribeiro elogia também este livro que desperta entusiasmo entre os paulistas iniciadores do modernismo.

O pai de Bandeira, Manuel Carneiro, falece em 1920. O poeta se muda da Rua do Triunfo, em Paula Matos, para a Rua Curvelo, 53 (hoje Dias de Barros), tornando-se vizinho de Ribeiro Couto. Numa reunião na casa de Ronald de Carvalho, em Copacabana, no ano de 1921, conhece Mário de Andrade. Estavam presentes, entre outros, Oswald de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico.
..."
Pode continuar a ler aqui.


Também está disponível este filme que tive a oportunidade de ver há muitos anos: 

"O Poeta do Castelo" filme de de Joaquim Pedro de Andrade (1959).



25.1.13

Praceta da Banda de Ramalde

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A BANDA MUSICAL de RAMALDE foi a quarta Associação, entre trinta, a ser fundada na freguesia. Foi constituída, na sua matriz, por operários.

Entre outros, distinguem-se como fundadores, SEBATIÃO CUNHA, e JOSÉ ANTÓNIO AMORIM, sendo o seu grande impulsionador, continuador e maestro ANTÓNIO DA SILVA NEVES, sucedendo-lhe até 2000, o seu filho FRANCISCO NEVES. Actualmente esta Colectividade é presidida por CARLOS HENRIQUES.

Com um espólio musical de grande valia cultural não se pode deixar de referenciar as obras da música tradicional portuguesa como CHULA DA RAMALDEIRA, HINO da cidade do PORTO e ainda as estrangeiras como LE MERIE BLANC, VANGELIS, entre muitas outras.

À sua história ficarão para sempre ligados os maestros que as interpretaram como ANTÓNIO da SILVA NEVES, ALEXANDRE FONSECA E SAUL RODRIGUES da SILVA. Actualmente a Banda é dirigida pelo conceituado regente DAVID ARAÚJO.

A Banda é financiada pelo pagamento de quotas dos sócios, de actuações, do apoio da autarquia, Fundação Engenheiro António José de Almeida e  e donativos das empresas R.A.R. e Auto Sueca Lda.>


Publicado em Junho de 2006 em: http://banda_ramalde.blogs.sapo.pt/


Parte do conjunto dos prédios da Cooperativa Nova de Ramalde encontram-se construidos sobre os terrenos da quinta onde se situava anteriormente - até 2005 - o Consulado da Grã-Bretanha.


21.1.13

Novas Ruas da Cidade do Porto



(criadas entre 2002 e 2012)

A Grinalda (Rua de)

A Renascença Portuguesa (Rua) – ver “Rua dos Mártires daLiberdade

A Voz dos Ridículos (Rua) - É, provavelmente, o mais antigo programa de rádio do mundo. Desde 17 de Abril de 1945 que a "A Voz dos Ridículos fala e o mundo acredita e ri".

Albertina de Sousa Paraíso (Rua)

Alfredo Allen (Rua)

Alfredo Ferreira de Faria (Rua) – O fundador da revista “O Tripeiro”, a revista de referência sobre a história da cidade, que com interrupções, paragens e outros desaires ainda existe nos dias de hoje.

Almadas (Túnel) – Já foi chamado Túnel de Ceuta. Depressa mudou de nome.

Amândio Galhano (Rua) *

Amorim de Carvalho (Rua)

Antas (Alameda)

António da Silva Cunha (Rua)

António de Sousa e Silva (Rua)

António Maria de Sena (Rua)

António Nicolau de Almeida (Rua)

António Ricca Gonçalves (Rua) – Sócio e director da EFACEC.

António Salgado Júnior (Rua) – Formou-se na primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professor liceal no Liceu Normal D. Manuel II e após o “25 de Abril” professor universitário no Porto. Crítico e historiador da literatura.

Areias (Nó das)

Aristides de Sousa Mendes (Rua)

Armando Alves Tavares (Travessa) * 

Armando Campos (Rua)

Artur Andrade (Avenida) – Arquitecto, autor de vários projectos de edifícios no centro da cidade sendo os mais conhecidos o do Cinema Batalha e o do café Rialto. Foi o secretário-geral da candidatura à Presidência da República do General Humberto Delgado. Aderiu ao PPD após o 25 de Abril 1974. No período após o 25 de Abril foi o primeiro presidente da Comissão Executiva da Câmara do Porto e Vereador do Urbanismo, eleito pelo PSD (Partido Social Democrata).

Artur Brás (Rua)

Artur Cupertino de Miranda (Rotunda)

Artur Maia Mendes (Rua)

Artur Oliveira Valença (Rua)

Artur Santos Silva (Praça)

Bessa (Avenida) *

Bessa (Rotunda) – Já se chamou rotunda de Francos)

Bouça Ribas (Rua)

Brigadeiro Nunes da Ponte (Rua) - Antigo Governador Civil do distrito do Porto)

Campeões Europeus (Rua)

Cartes (Rotunda)

Casal (Rotunda)

Castelo do Queijo (Via)

Cidade de Léon (Avenida)

Cidade de Xangai (Avenida)

Conde de Campo Bello (Rua)


Conde de Silva Monteiro (Rua)

Congostas (Avenida)

Cruz Vermelha Portuguesa (Avenida)


D. Frei Vicente da Soledade e Castro (Rua)

Delfim Pereira da Costa (Rua)

Dr. Corino de Andrade (Rua)

Dr. Emílio Peres (Rua) * Ver a página.

Dr. João Saraiva (Rua)

Dr. José Aroso (Rua)

Duruelo de la Sierra (Rua) – Cidade de Espanha geminada com o Porto.

Égito Gonçalves (Praceta) – Poeta portuense nascido em 1920 em Matosinhos, faleceu no Porto em Março de 2001. Editor, tradutor e poeta. Ficou sobretudo conhecido após a edição da revista "Notícias do Bloqueio" (1957-1961). Participou activamente na vida associativa e cultural do Porto dos anos cinquenta e sessenta do século XX. Dirigente associativo entre outros: Cineclube do Porto. Pertenceu à Comissão Nacional do 3º Congresso da Oposição Democrática - Aveiro, Abril de 1973. Obteve vários prémios literários (tanto nacionais como estrangeiros) pela sua obra.

Emílio Biel (Rua)

Engenheiro Nuno de Meireles (Rua)

Ernesto Veiga de Oliveira (Praceta)

Fábrica Invencível (Rua da)

Fernando Cabral (Rua) – Antigo presidente da Câmara Municipal do Porto.

Fernando Moreira da Silva (Rua)

Ferrer Loureiro (Rua)

Francisco de Sena Esteves (Rua)

Francisco Xavier Esteves (Avenida)

François Guichard (Rua) * ver a página 

Futebol Clube do Porto (Via)

Germalde (Praceta)

Giestal (Rotunda do)

Goelas de Pau (Rua)

Gonçalves Coelho (Praceta)


Henrique Alves Costa (Rua) – Cinéfilo, crítico de cinema e, durante vários anos, dirigente do Cineclube do Porto. Pai de Isabel Alves Costa e do arquitecto Alexandre Alves Costa. Autor de vários livros sobre cinema.

Hugo Rocha (Rotunda)

Ilse Losa (Rua) - Escritora. Esposa do arquitecto Arménio Losa. 

Irmã Rita de Jesus (Rua)


Jaime Brasil (Rua)

João de Araújo Correia (Rua)

João Marques Pinto (Rua)

João Paulo Seara Cardoso (Rua) – Fundador do Teatro de Marionetas do Porto.

Joaquim Cardoso Vila Nova (Rua)

José Domingues dos Santos (Avenida)

José Luís Nunes (Praceta)

José Monteiro da Costa (Rua)

José Roquette (Jardim)

José Saraiva (Rua)

Júlio Amaral de Carvalho (Rua)

Luís Ferreira (Rua)

Luís Neves Real – Matemático e professor universitário. Sócio da empresa Neves e Pascaud, proprietária dos cinemas Batalha, Trindade e Carlos Alberto. Assegurava a programação destes três cinemas assim como o do Perpétuo Socorro. Elemento activo do Cineclube do Porto.

Luzares (Rua dos)

Maestro Ivo Cruz (Rua) – Manuel Ivo Cruz (1935-2010). Maestro e compositor.

Manjericos (Rua)

Manuel Gonçalves Moreira (Praceta)

Manuel Nunes (Rua)

Manuel Pacheco de Miranda (Rua)

Manuel Pinto de Azevedo Júnior (Rotunda)

Maria Adelaide Freitas Gonçalves (Rua)

Maria Irene Leite da Costa (Jardim)

Maria Peregrina de Sousa (Rua)

Mestre Albino Moreira (Rua)

Orfeão da Foz (Praceta)

Orfeão Universitário do Porto (Rotunda)

Orlando Ribeiro (Rotunda)

Pedro Veiga (Rua)

Pirmin Treku (Rua) – Fundador da Companhia de Bailado do Porto. Ver as publicações neste blogue sobre a Escola de Música e sobre o Edifício Parnaso.

Porto Feliz (Rua do)

Professor Casimiro de Oliveira (Jardim)

Professor Ernesto Morais (Rua)

Professor Joaquim Bastos (Rua) * Ver a página

Professor José Augusto Seabra (Rua) * Ver a página

Professor Manuel Baganha (Rua)

Raul Castro (Rua) – Advogado portuense.

Revista “A Águia” (Rua)

Ribeirinho (Rotunda)

S. João do Porto (Rua) * Ver a página

Silva Ramos (Rua)

Stephen R. Stoer (Rua)

Tareija Vaz de Altaro (Rua)

Fonte: Divisão Municipal de Informação Geográfica

Notas:
*- Ruas já publicadas no Blogue.
As ruas estão apresentadas por ordem alfabética e não por data de deliberação como no documento divulgado.

20.1.13

2013 – o blogue e a cidade


Do blogue.
Já está prometida a redução do número de freguesias da cidade. Positivo ou negativo? Não sei! Parece-me mais uma pequena reforma do que uma reforma de fundo. É uma reforma em que não foram nem ouvidos os cidadãos nem foram apresentados os critérios lógicos. Pessoalmente não me agrada! O que sei é que o blogue é igualmente o reflexo do tempo. Que certas coisas nele descritas já sofreram alterações, que certas imagens já pertencem ao passado.

Na realidade não vou modificar as designações das freguesias já apresentadas. Talvez que no futuro aparecerão as novas designações paralelamente às antigas, estar a rever todas as antigas publicações página por página dar-me-ia muito trabalho e não considero este trabalho como científico. Prefiro deixar aqui mais imagens e mais alguns textos descritivos das mesmas.

Da cidade.
Abri a minha caixa de correio e encontrei um exemplar da revista Porto Sempre, revista municipal que já vai no trigésimo quinto número datado de Janeiro 2013.

O Porto cresceu em número de ruas entre 2002 e 2012. Surgiram 101 novos topónimos! Alguns deles já foram publicados aqui no blogue. Dentro em pouco publicarei a listagem completa que aparece na revista e cuja fonte é a Divisão Municipal de Informação Geográfica. Alguns desses topónimos terão anotações pessoais quando o merecerem.

Os meus mais sinceros votos de um Bom Ano para todos aqueles que visitaram o blogue, apesar das dificuldades que se anunciam no horizonte.

19.1.13

Avenida da Boavista, 2949

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Edifício da Vodafone no Porto.

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Os arquitectos responsáveis do projecto foram José António Barbosa e Pedro Lopes Guimarães da Barbosa & Guimarães.




18.1.13

Avenida da Boavista, 2856

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Colégio de Nossa Senhora do Rosário 





Durante alguns meses, no Asilo anexo ao Colégio de Miss Hennessey e depois em pequena casa alugada conservaram-se algumas religiosas, sendo este núcleo de irmãs que liga o antigo Colégio Inglês ao actual Colégio de Nossa Senhora do Rosário, aberto em Outubro de 1926. Este ressurgimento do Colégio no Porto deve-se, à Madre Maria da Eucaristia Lencastre que, durante esses anos difíceis sustentou o Instituto em Portugal. Uma dedicada aluna do antigo Colégio Inglês conseguiu que seu irmão alugasse para este efeito o palacete Boaventura, na Avenida da Boavista, com excelentes instalações e a 8 de Setembro de 1926 foi celebrada a primeira Missa. 

A 15 de Outubro, o Colégio de Nossa Senhora do Rosário abria as suas aulas. Foi procurado imediatamente pelas melhores famílias do Porto, arredores e Norte do país, encerrando o ano lectivo com 102 alunas. 
...

As condicionantes políticas vividas em 1910 obrigaram à dispersão das religiosas, mas as condições adversas nunca foram obstáculo suficiente para impedir as religiosas do Sagrado Coração de Maria de desenvolver a sua missão. 

Durante alguns meses, no Asilo anexo ao Colégio de Miss Hennessey e depois em pequena casa alugada conservaram-se algumas religiosas, sendo este núcleo de irmãs que liga o antigo Colégio Inglês ao actual Colégio de Nossa Senhora do Rosário, aberto em Outubro de 1926. Este ressurgimento do Colégio no Porto deve-se, à Madre Maria da Eucaristia Lencastre que, durante esses anos difíceis sustentou o Instituto em Portugal. Uma dedicada aluna do antigo Colégio Inglês conseguiu que seu irmão alugasse para este efeito o palacete Boaventura, na Avenida da Boavista, com excelentes instalações e a 8 de Setembro de 1926 foi celebrada a primeira Missa. 

A 15 de Outubro, o Colégio de Nossa Senhora do Rosário abria as suas aulas. Foi procurado imediatamente pelas melhores famílias do Porto, arredores e Norte do país, encerrando o ano lectivo com 102 alunas. 
...

15 de Outubro de 1958! 

«O portão abriu-se para deixar entrar centenas de raparigas...», assim começa a Maria Clara Koehler (aluna do 5° ano do Curso Geral Secundário) a descrição das suas impressões do primeiro dia no Colégio novo, encantada com a amplidão das instalações cheias de luz, as salas de aula, o ginásio, os laboratórios, etc., etc. 

O número de alunas tinha aumentado sensivelmente. Foram já 450 as que se matricularam neste ano lectivo e 750, passados dois anos. 

Nos últimos anos e após o Concílio Vaticano II, superando crises e vicissitudes de vária ordem, o Colégio conseguiu crescer em número de alunos, em qualidade pedagógica, em abertura à comunidade local e vivência da utopia evangélica.>








15.1.13

O viaduto de Gonçalo Cristovão

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Este viaduto dedicado ao trânsito automóvel e de carros eléctricos foi inaugurado a 20 de Setembro de 1962. De assinalar que durante a sua construção chegou a cair parte do tabuleiro, o que causou grande burburinho na urbe.
Eu sempre ouvi dizer que o próprio viaduto faria parte de uma via de trânsito mais estruturante  na cidade e que haveria um túnel de ligação desta artéria com a avenida Fernão de Magalhães - como a rua de Ceuta, o projecto não chegou a ser concretizado mesmo cinquenta anos depois. 

No prédio au fundo, à esquerda, logo a seguir à rua de Camões, existiu até há poucos anos a "INOVA - Artes Gráficas". Talvez não tenha resistido às inovações tecnológicas modernas. 
Como nota de rodapé o proprietário desta empresa foi um dirigente do Futebol Clube do Porto, pelos vistos meio esquecido nos últimos tempos: Alfredo Borges.

O prédio à esquerda é o do "Jornal de Notícias" que ocupa uma parte do espaço da antiga Escola Raúl Dória, pois a rua Gonçalo Cristovão anteriormente à construção do viaduto estava alinhada pelo Palacete dos Pestanas.





12.1.13

Rua da Picaria 2012 | ou "os cavalos na rua da Picaria"

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Há ruas assim como esta que fazem parte do “viver a cidade”. Ficam conhecidas por isto ou por aquilo durante anos ou décadas e depois, de repente, passam para o esquecimento colectivo.

A rua da Picaria é uma delas. Durante décadas a Picaria eram as lojas de móveis populares, baratos. Daqueles móveis que se compravam para passar com uma mão ou duas de robiallac comprada na drogaria mais próxima, por vezes também se passava bioxéne para esconder os nós do pinho.

A rua da Picaria era a rua dos móveis como a rua das Flores era a rua das ourivesarias, a do Almada das ferragens e a de Cedofeita dos chapeleiros e das lojas de sapatos, a rua da Fábrica para os livros escolares, etc.

Nesses anos a renovação da cidade abria o espaço da Praça da D. Filipa e nascia a rua de Ceuta. O topónimo já tinha passado da memória mesmo dos mais antigos portuenses. Os automóveis já tinham substituído os veículos de tracção animal, os tripeiros já não associavam Picaria com picadeiro nem com cavalos. Foi nesse tempo que eu comecei a conhecer a rua da Picaria. 

Durante anos e anos subi e desci essa rua sem cavalos mas com camiões a carregar ou a descarregar mercadorias. Por vezes entre o cheiro a gasóleo aparecia o odor da madeira ainda mal seca. Embora com passeios estreitos era uma rua que eu utilizava várias vezes para regressar da avenida. 

No início da rua o lado esquerdo era mais divertido. Logo ali à esquina havia a Companhia dos Telefones com o sino da APT nos grandes portões, depois, quase a seguir havia a montra de uma pensão que invariavelmente tinha uma pescada com uma peça de fruta na boca. Depois havia aquele prédio grande e imponente sempre com as portas fechadas que me diziam que era da condessa de Lumbrales, mais acima lojas que já tinham montras. Do lado direito só me lembro da loja das molduras e mesmo na esquina do largo da loja das motorizadas. Ah, ia-me esquecendo, por vezes naquelas janelas da sobre-loja de um prédio surgia a cabeça e o cigarro do Dr. Arlindo de Magalhães, quando ele não estava na livraria da rua Ricardo Jorge. 

Sinceramente não eram desse tempo as cavalariças do palacete Lumbrales, eu diria mesmo que já existia o prédio recente onde funcionou o célebre escritório de advogados do dr. Francisco Sá Carneiro e outros.

Um dia comecei a construir este blogue sobre as ruas. Eu bem procurei nos textos e nas imagens a prova da existência de cavalos e outras referências ao equídeos. Nada! Nem argolas nas paredes nem ferros a proteger as entradas.

Um dia na farmácia da rua da Conceição fiquei a saber que em tempos idos tinha sido lá uma estação de Mala-posta. Mas era frágil como índice para a importância do nome. De outra vez faço uma breve visita a um dos comércios e reparo a existência de uns degraus com forma bizarra. Foi-me esclarecido que eram especiais para os cavalos poderem descer até às cavalariças que se encontravam no antigo quintal do lado da rua do Almada. 

O registo fotográfico foi feito posteriormente e a minha “história” aqui fica a acompanhá-lo.



11.1.13

(Antigo) Colégio João de Deus

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A actual Escola Básica Augusto Gil está instalada nos locais do antigo Colégio João de Deus, que anteriormente também tinham sido ocupados pelo Colégio de Nossa Senhora da Estrela (feminino).

Artur de Magalhães Basto a certa altura da sua carreira docente foi lá professor. 

Se algum antigo aluno deste colégio tiver mais dados sobre o assunto agradeço dados complementares nos comentários.




10.1.13

A Escola Normal

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Há algumas dezenas de anos que não via o Henrique Neto. 

O outro dia cruzámo-nos ali pelo facebook. Palavra puxa recordação disse-lhe que tinha passado pela Fontinha. Ele pediu-me imagens da zona da cidade onde viveu os primeiros anos de vida.

Como também sei que ele andou na Escola Primária da Escola Normal, aqui vai uma imagem da antiga Escola Normal do Porto (1882-1986), hoje ocupada pelo ESMAE.

Como também sei que há leitores que não sabiam que a Escola Normal tinha uma Escola Primária espero que uma professora ou um professor, entre os meus leitores deixe aqui duas ou três palavrinhas a explicar a coisa.

Para aqueles mais curiosos também descobri que acaba de ser editado um livro sobre as Escolas de Formação dos Professores em Portugal como podem ver aqui.






9.1.13

Street Art na Rua Alferes Malheiro

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Em Novembro passado repassei em Alferes Malheiro e reparei neste mural ali entre a Trindade e a rua do Bonjardim.

Facto curioso: um graff que não se encontra ao nível do olhar. Tudo me leva a pensar que serve de "tabuleta" à loja que se encontra mesmo por baixo.



3.1.13

Travessa ARMANDO ALVES TAVARES

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Embora já lá more gente, não sei se esta travessa vai ter continuação.

Para os meus raros leitores não andarem a procurar nos arquivos da cidade, pois mais uma vez (estou a envelhecer a olhos vistos, estou cada vez mais chato) a toponímia municipal não liga nada aos novos meios de comunicação. Tenho a esclarecer que na placa verde posta ali na esquina nos informa que este senhor foi escritor.

Ora bem! Armando Alves Tavares nasceu a 17 de Dezembro de 1903 em Vilar do Paraíso e faleceu em 1975. Foi chefe da delegação no Porto da Companhia de Seguros IMPÉRIO. Foi presidente da direcção do Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros. E também foi, entre 1957 e 1961 membro da Câmara Corporativa. Foi membro da direcção da Associação dos Jornalistas e Homens de letras do Porto.

Esta artéria começa na rua Alberto de Serpa.





Regresso à rua Correia de Sá


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Já em Junho de 2008 tinha publicado aqui uma foto sobre esta rua. Na altura deixei uma observação sobre a ausência de algo de concreto sobre este "Correia de Sá" na página da Toponímia do município portuense. Quase quatro anos depois, a situação é a mesma. 
Estava frio, as ruas desertas mas a luz e as núvens estavam à espera de serem captadas.



1.1.13

Um Novo Ano

Ano Novo!

Uma imagem um pouco estranha da minha cidade

A todos os meus leitores e amigos os desejos de um 2013 com menos coisas cinzentas e com mais felicidade!