30.6.06

Jardim do Carregal


Actualmente chamado Carrilho Videira.
Este jardim data de 1897 e foi traçado por Jerónimo Monteiro da Costa.

2006

2006
(nos meus tempos livres de escola primária, brincava por aqui, apesar da cidade ser um deserto, tenho a impressão que havia mais vida)

2006


2006

Em 1908 era chamado de Jardim do Duque de Beja.

árvores do jardim do carregal

Curiosidade:

Os Ferreiras descendentes de Martim Ferreira e que foram senhores do «Morgado de Ferreiras, no Carregal do Porto» instituído em 1492. Tinham residência na Travessa do Carregal.


Actualização em Dezembro 2008:

Como pouco se diz sobre a vida de Carrilho Videira na página da toponímia da Câmara Municipal, tomo a liberdade de transcrever uma parte da biografia de José Carrilho Videira:

«Nasceu em Marvão a 6 de Novembro de 1845, filho de João Carrilho Videira e de Teresa de Jesus Paula e Sequeira. Aos dezasseis anos abandona a vida agrícola, que seu pai exerce, porque era proprietário abastado.
Realiza os seus estudos no Liceu de Portalegre, e ali inicia a colaboração na imprensa, começando por escrever na Gazeta de Portalegre, o primeiro periódico impresso naquela cidade.

Entre 1865 e 1868, realiza os estudos preparatórios em Coimbra, e, de forma anónima, encarrega-se de diversas correspondências para jornais, e em especial para a Correspondência de Portugal. Cerca de 1868 ou 1869 abandona Coimbra, e frequenta a Academia Politécnica do Porto. Em 1869 instala-se em Lisboa e matricula-se na Escola Médico Cirúrgica, que frequenta durante dois anos. Abandona o curso para se dedicar á profissão de livreiro e editor, fundando em 1871 a Nova Livraria Internacional.

O editor começou por militar no Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas, mais tarde fundou a Internacional Operária, em Lisboa [Cf. Fernando Catroga, O Republicanismo em Portugal. Da Formação ao 5 de Outubro de 1910, FLUC, Coimbra, 1991].
Na livraria de Carrilho Videira, na Rua do Arsenal, nº 96, começam a afluir um conjunto de jovens escritores e outros consagrados onde pontificavam José Falcão, Gilberto Rola, Elias Garcia, Rodrigues de Freitas, Gomes Leal, Nobre França, Silva Lisboa, Silva Pinto e Eduardo Maia, defensores da democratização da vida política portuguesa, que discutiam as novas ideias: a República, o federalismo, a democracia … [Magalhães Lima, In Memoriam do Doutor Teófilo Braga, Imp. Nacional, Lisboa, 1934].

Em 1873 fundou o jornal O Rebate, semanário de que saíram 32 números, tendo iniciado publicação em 29 de Junho de 1873 e terminado a sua existência em 27 de Fevereiro de 1874. Carrilho Videira foi um dos redactores e teve como colaboradores Eduardo Maia, Silva Pinto, visconde de Paiva Manso, Sérgio de Castro, António Joaquim Nunes, Leão de Oliveira, Horácio Esk Ferrari, José Manuel Martins Contreiras, Sebastião de Magalhães Lima, Mariano de Carvalho (Pai), e dr. Teófilo Braga: mas, este último e o primeiro (Carrilho Videira), foram os que sustentaram por mais tempo a sua colaboração. Este jornal dizia-se adepto da “doutrina republicana radical socialista”. Segundo Amadeu Carvalho Homem, Carrilho Videira procurava estabelecer pontes de “aproximação entre republicanismo e socialismo”, sendo defensor de uma via federalista o que veio provocar várias cisões no seio da organização do Partido Republicano ao longo das décadas de setenta e oitenta do século XIX.

Este grupo federalista fundou em Maio de 1873, na sequência da proclamação da República em Espanha, o Centro Republicano Federal de Lisboa.
Coadjuvou em seguida a fundação da Europa, feita em Lisboa por emigrados espanhóis, e ali teve a seu cargo a secção portuguesa. Publicou a República, de que saíram 102 números, o primeiro em 28 de Novembro de 1875 e o ultimo em 4 de Abril de 1875, colaborando neste jornal Consiglieri Pedroso.

Em 1876, envolveu-se em forte polémica com outros membros do Partido Republicano, ao ser acusado de espionagem a favor do Governo pois era acusado de ter contactos com o regenerador António Rodrigues Sampaio e de ter enviado correspondência anónima para Casimiro Gomes que terá ido para o Governo Civil de Lisboa. Devido a estas suspeitas acabaria por ser expulso pouco tempo depois da fundação deste clube. Ele fazia parte do primeiro Directório do Partido Republicano, que procurava abarcar todas as sensibilidades existentes, e tinha sido criado em Abril de 1876 e dando origem ao panfleto de Ladislau Batalha O Directório Republicano, Ed. Nova Livraria Internacional, Lisboa, 1876 que “não permitirá a conspurcação do seu amigo e mestre” [Carrilho Videira] como refere Jacinto Rodrigues aqui.

Em 3 de Dezembro de 1876 funda, juntamente com alguns dos expulsos, uma sociedade de pensamento denominada Clube Mundo Novo, de curta duração. A 2 de Janeiro de 1879 instalaram o Centro Republicano Federal, que se instalou no Largo do Contador Mor, nº 20, 1º e deste centro terá surgido em Setembro de 1879 o comité central do Partido Republicano Federal.

Em 1878, Carrilho Videira juntamente com Cecílio de Sousa e Teixeira Bastos organizam uma Junta Federal Republicana para patrocinar a candidatura de Teófilo Braga pelo círculo 94 [Alfama]. Ainda neste ano foi julgado em tribunal por se recusar a jurar sobre a Bíblia, conforme se referiu aqui.

O jornal republicano A Vanguarda, de que era redactor principal Teófilo Braga e proprietário Carrilho Videira, onde colaboravam também Teixeira Bastos, Silva Graça, Alves Correia e José António Reis Dâmaso. Começou a publicar-se em Lisboa a 12 de Maio de 1880 e termina em 25 de Dezembro de 1881.

Em 1881, a corrente federal dentro do Partido Republicano cinde-se devido à fundação do Clube Henriques Nogueira, o que perturbou bastante o pensamento de Carrilho Videira que nunca aceitou bem esta divisão, até porque este clube continuava ainda a afirmar-se federalista, embora não da forma tão radical como o afirmavam os fundadores do Centro Republicano Federal.

Conhece-se a sua colaboração na Emancipação, o primeiro semanário publicado em Tomar; no Transmontano, no Flaviense, o primeiro jornal publicado em Chaves; na Voz do Alentejo, Eco Micaelense, Democracia, Pensamento Social, Marselheza, Estudo do Norte, Enciclopédia Republicana. Em Elvas foi redactor de A Sentinela da Fronteira (1881-1891), e les États Unis de l'Europe. É presentemente correspondente da Província de S. Paulo (do Brasil).
Da sua autoria publicou Liberdade de Consciência e o Juramento Católico, Lisboa, 1872.»

Pode continuar a ler aqui

Texto publicado no Almanaque Republicano


27.6.06

rua da Lage

junho 2006



junho 2006

23.6.06

Rua GUEDES DE AZEVEDO

Capela de Fradelos
2005

A Capela de Fradelos ou Capela de Nossa Senhora da Boa Hora, foi construída no início do século XVIII. Diz a tradição que em tempos recuados foi hospício de monges bentos, por ser um sítio saudável.

Silo-Auto

junho 2006


O projecto do Silo-Auto (1964) é da autoria dos arquitectos Alberto Pessoa e João Abel Bessa.


O risco do edifício do Hotel D. Henrique e dos edifícios vizinhos é da autoria dos arquitectos C. de Almeida, José Carlos Loureiro e Luís Pádua Ramos. (1966-1974)

Outrora rua de Fradelos.


O capitalista JOÃO GUEDES DE AZEVEDO ofereceu à Câmara alguns contos de reis para melhoramento da artéria. A Câmara agradecida, deu-lhe em 1901 o nome do benemérito, prolongando-a até à Rua de Santa Catarina.

2005

15.6.06

PRAÇA DA REPÚBLICA

junho 2006

Tem este nome desde 1910.

Já foi chamada de Campo de Santo Ovídio e de Campo da Regeneração.

O quartel-general foi concluído em 1798.


junho 2006


Casa das Águias
junho 2006

Um pouco de História: No plano de urbanização da cidade concebido por João de Almada e Melo, determinou-se que no cabo da R. do Almada se abrisse uma grande praça, para logradouro público.

Recebeu o nome de Praça de Sto. Ovídio, evocando uma capela (de S. Bento e Sto. Ovídio) que ali existia desde meados do séc. XVII, à beira da estrada de Braga.


estátua do Padre Américo da autoria de Henrique Moreira
junho 2006


"Ganímedes" - bronze de Fernandes de Sá
junho 2006


"Baco" - bronze de Teixeira Lopes
junho 2006


a Lutuosa de Portugal

12.6.06

Rua dos Bragas


junho 2006


O edifício situado entre os números 32 e 58 eram propriedade de Bernadino R. Silva e foi projectado pela ARS - arquitectos em 1939. A sua conclusão data do ano seguinte.

Os terrenos onde se rasgou esta Rua dos Bragas pertenciam a um casal rústico chamado dos Carvalhos do Monte já referido em documentos da Misericórdia do Porto de 1508 - «casal de Carvalhos do Monte, prez da cidade» à beira da estrada de Braga.

junho 2006

Este casal veio, por herança à posse da família de José Ribeiro Braga, e incorporou-se na Quinta do Mirante. Foram estes proprietários que deram o seu apelido à Rua dos Bragas.
Não sabemos ao certo quando ela foi aberta, mas não figura ainda na planta do Bairro das Laranjais, de cerca de 1760, nem mesmo ainda na planta redonda, de Balck, em 1813.
Vem já porém e com a sua denominação actual, na planta de Costa Lima, de 1839.
Companhia Aurifíca - junho 2006

Em frente da actual Faculdade de Direito, existe uma antiga construção fabril - Companhia Aurífica.
Actual Faculdade de Direito da Universidade do Porto - junho 2006

A Faculdade de Engenharia ocupou estes locais entre 1926 e 2000.


capela dos Anjos
junho 2006

5.6.06

Largo do Viriato

junho 2006


junho 2006

Balneário do Viriato


maio 2006


Até ao ano de 1828 quando não existia ainda o largo do Viriato, a rua dos Fogueteiros (hoje de Azevedo de Albuquerque) e a Bandeirinha ligavam-se directamente e á confluência de ambas, ia à rua das Carrancas (depois da Liberdade, e agora de Alberto Aires de Gouveia).
Grande parte do chão onde hoje se vê o Largo do Viriato estava ocupado pela nobre que fora residência dos riquíssimos Morais e Castros, negociantes que tinham por alcunha «os Carrancas». Viveram ali antes de construírem o magnifico palácio que é hoje o Museu Nacional de Soares dos Reis, depois de ter sido paço real.
Aquela casa dos Morais e Castros foi, para a urbanização do local, demolida em 1841, e uma grande pedreira sobre que assentava desfeita entre 1841 e 1843, aproveitando a Câmara a pedra para as suas obras Municipais. Isto rebaixou muito o terreno, e daí nasceu o Largo do Viriato.




foto de: Zwigmar

Neste Largo existe um edifício de Banhos Públicos.

junho 2006