30.4.15

Salão Ferreira

mais uma das barbearias



Barbearia na rua das Oliveiras.


29.4.15

O lado menos conhecido do Cinema Trindade

cinema Trindade



O Cinema Trindade já foi! Como todos os outros do centro da cidade. 

O Porto, os portuenses, no século passado. gostaram de Cinema. 

Depois, depois... os portuenses começaram a desertar os lugares confortáveis e preferiram as pipocas fornecidas pelas salas dos centros periféricos e comerciais.

A cidade onde nasceu a exibição e a produção de "fitas" orgulha-se de não ter nenhuma sala activa no seu centro. 

O telecomando, o sofá e o frigorífico ao lado também contribuiram para isso.



28.4.15

Túnel de Ceuta - durante as obras

Untitled


Em Julho de 2005 as obras do então chamado Túnel de Ceuta ainda não tinham terminado. Posteriormente este túnel foi rebatizado com o nome dos Almadas.

No centro o edifício onde ainda funcionava a Escola de Condução "A Desportiva" assim como o Cineclube do Porto. Edifíco com uma longa história de diversas instituições que durante muitos anos o ocuparam. Sem seguir qualquer ordem cronológica: Hotel do Louvre, Clínica, sede do "Sport Comércio e Salgueiros" (fundado em 1911), sede do M.U.D. na cidade do Porto, sede do "Orfeão Lusitano" e durante algumas décadas também sede do já citado Cineclube.

O palacete do lado esquerdo alberga os serviços da "Obra Diocesana de Promoção Social".


27.4.15

Esquina das ruas José Falcão e da Conceição

Chinês II


Durante décadas e décadas saíam músicas, umas alegres e outras não, dos dedos do cego que ali ficava horas a fio.

Um dia parou a música, a rua ficou mais triste. Durante algum tempo esteve colado no vidro de uma das montras um papel que anunciava que o senhor fulano tinha falecido.

Foto publicada em 2005.

esquina musical



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26.4.15

Praceta João Augusto Ribeiro

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Biografia em poucas palavras:

João Augusto Ribeiro (Vila Real, 1860 – Porto, 1923), foi pintor e docente. Estudou na Academia Portuense de Belas-Artes. Foi docente no Instituto Industrial e Comercial do Porto e no Liceu Central.




25.4.15

Largo António Ramalho

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A artéria tem este nome desde 1953.

O pintor António Ramalho nasceu no ano de 1859 em Mesão Frio e faleceu em 1916.

Com Malhoa, Silva Porto, Columbano e mais uns tantos pertenceu ao Grupo do Leão.






24.4.15

Rua Engenheiro António de Almeida

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Breve nota biográfica:

O Eng. António de Almeida nasceu em Vila Real, a 5 de Novembro de 1891. Oriundo de família não abastada, licenciou-se, em 1915, em engenharia civil, na então Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com a alta classificação de 18 valores. Exerceu a sua profissão de engenheiro civil apenas por um curto período de tempo, dado que seu primo, Dr. José Ribeiro Espírito Santo Silva, solicitou o seu concurso, considerado imprescindível,  na gerência conjunta  do  Banco  Espírito  Santo,  o que ocorreu em 1921.

O Eng. António de Almeida, a partir dessa data, fica com a especial responsabilidade da gerência da filial do Banco na cidade do Porto, sediada em edifício que ele próprio projetara. Não obstante exercer, até ao seu falecimento, em 9 de Outubro de 1968, a atividade de banqueiro e de grande empresário, a verdade é que sempre manifestou nostalgia pela engenharia civil, o que o levou a desejar que o nome da Fundação integrasse o seu título académico; por isso: Fundação Eng. António de Almeida.



23.4.15

Guilhermina Suggia

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Esta estátua da autoria da escultora Irene Vilar foi doada pela Fundação Engenheiro António de Almeida à cidade do Porto em 1989.




Breve nota bigráfica de Guilhermina Suggia

Grande violoncelista portuguesa de ascendência italiana, Guilhermina Suggia nasceu em 27 de junho de 1885 e morreu em 31 de julho de 1950.

Iniciou os seus estudos com o pai, Augusto Suggia, apresentando-se pela primeira vez em público aos 7 anos. Em 22 de maio de 1896, conhece a primeira apoteose pública, atuando no Teatro Gil Vicente, em pleno Palácio de Cristal, no Porto, em apresentação aos sócios do Orpheon Portuense. Desde aí, passou a integrar regularmente os ciclos de música do clube.

A primeira vez que Guilhermina Suggia contactou com Pablo Casals foi no verão de 1898, em Espinho. Este tinha sido contratado pelo Casino para tocar no verão. O pai de Guilhermina, atraído pela fama recente do violoncelista, leva a filha, com apenas 13 anos, para o ouvir. O passo seguinte, foi convencer Casals a lecionar violoncelo a Guilhermina.

Viaja para a Alemanha onde frequenta aulas de Julius Klengel, no Conservatório de Leipzig.
A apresentação de Guilhermina em 1901, em Leipzig, na Alemanha, com a Orquestra da Gewandhaus, marcou o início de uma brilhante carreira internacional. A partir da Primeira Guerra Mundial, Londres tornou-se o principal centro da sua atividade. Mesmo quando regressou à pátria, a sua presença continuava a ser considerada imprescindível nos concertos ingleses.

Acabou por reencontrar Casals, mais tarde, em Paris, onde continuaram as lições, e onde viveram juntos, promovendo serões musicais, na sua própria casa, às elites culturais de França. Nessa altura, os dois elementos do casal viajavam imenso, apresentando o seu virtuosismo um pouco por toda a Europa. Muitas vezes, Casals era maestro e Guilhermia era a solista. A maior parte das ocasiões referiam-se a ela, ainda não sendo casada com Casals, como Mme. Casals-Suggia. Por essa altura, o The Times, prestigiado jornal britânico, considera-os os melhores violoncelistas do mundo. Separam-se em 1913, ficando os motivos por conhecer. Rumores de ciúme de Casals, alguma inveja pelo maior mediatismo de Suggia nas críticas e a vontade de cada um seguir a sua carreira levaram ao fim dos saraus musicais em Paris.

Guilhermina Suggia prosseguiu a sua carreira, nunca abdicando de aperfeiçoar a sua execução técnica e nunca negando horas à prática da execução do violoncelo.

Em 1927 dá-se um acontecimento insólito na vida de Suggia: o casamento com o Dr. José Casimiro Carteado Mena. Conheceram-se quatro anos antes, no Grande Hotel do Porto, num regresso de Guilhermina a Portugal, com a mãe doente. É ao reclamar um médico para a mãe, Elisa Suggia, que a informam que um médico reside no hotel. Assim conheceu o Dr. Carteado Mena, famoso radiologista, diretor do Instituto Pasteur do Porto. A cerimónia matrimonial acontece a 27 de agosto de 1927. Os padrinhos de casamento são o ourives Manuel Reis e o escultor Teixeira Lopes. O casal muda-se para o Porto.

Nos últimos anos da sua vida, Guilhermina Suggia dedicou-se ao ensino, realizando nesse domínio uma obra notável. O último grande acontecimento da sua carreira internacional verificou-se a 27 de agosto de 1949, altura em que atuou com a Orquestra Escocesa da BBC no Festival de Edimburgo.
A figura da famosa violoncelista inspirou uma obra do romancista Mário Cláudio, intitulada precisamente Guilhermina e publicada em 1986.

As suas grandes referências musicais foram Bach e Beethoven, acima de todos os outros e, depois, Haydn, Schumann, Schubert e Brahms. A sua preferência pela obra para violoncelo de Bach levou a que se dissesse na época que ela própria havia reinventado as Suites para violoncelo, com o seu estilo virtuoso e inconfundível, tornando-a uma das grandes referências da música erudita dos seus tempos, que resiste à erosão do tempo e ficará sempre guardada na elite dos melhores.









22.4.15

Panteras do Bessa

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Arte Pública

O conjunto escultórico é da autoria de José Rodrigues (escultor) foi inaugurado em Agosto de 2002.



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José Rodrigues - Breve nota biográfica


José Joaquim Rodrigues nasceu em Luanda a 21 de Outubro de 1936, filho de um casal transmontano, natural de Alfândega da Fé.
Fixou-se no Porto a partir dos 14 anos, com o intuito de estudar Belas Artes. Concluiu o curso de Escultura em 1963 na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde, posteriormente, foi professor.

Em 1968, com os colegas Ângelo de Sousa, Armando Alves e Jorge Pinheiro, que com ele terminaram o curso com a classificação máxima, formou o grupo Os Quatro Vintes. 

Desde 1964 que expõe individualmente, em cidades como o Porto, Amarante, Alfândega da Fé, Vila Nova de Cerveira, Cascais, Tóquio, Paris e Macau. Nesta última, por exemplo, apresentou Esculturas e Desenhos no Leal Senado, em 1992.

Desde 1973 que participa em exposições colectivas, realizadas em Portugal, na Áustria, em Espanha, na Hungria, nos EUA, na Alemanha, no Luxemburgo, em Itália, no Brasil, na Índia e na China, entre outros locais.

É um dos maiores nomes das artes plásticas portuguesas. Está representado em várias colecções particulares e instituições, no país e no estrangeiro. Autor de várias obras de Arte Pública no Porto e no Norte de Portugal.


Ver mais nos diversos artigos já apresentados aqui no blogue. Ver igualmente "Fábrica Social" e "Fundação José Rodrigues". 



Sobre o estádio e o Clube


O Boavista Futebol Clube foi fundado em 1903. O equipamento axadrezado data do início dos anos 30 e foi proposto pelo presidente da época Artur Oliveira Valença.

O actual Estádio Bessa XXI, inaugurado em 30 de Dezembro de 2003 encontra-se no mesmo sítio do anterior estádio (inaugurado em 1967). Este substituiu o campo de jogos que por sua vez tinha sido inaugurado em 1911.



21.4.15

Viaduto das Andrezas

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Segundo as testemunhas, oculares e outras, este viaduto surgiu sobre a VCI da noite para o dia. "Uma fantástica proeza tecnológica" - ouvi eu um dia alguém dizer.

Menos proeza e menos tecnologia é que as faixas de rodagem estejam a pouco mais de quatro metros de algumas janelas dos andares dos prédios que se encontravam já ali.



20.4.15

Rua Professor Antão de Almeida Garrett

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Breve nota biográfica

Antão de Almeida Garrett nasceu no Porto em 29 de março de 1896. Era filho de Francisco Xavier de Almeida Garrett, funcionário da Direção-geral dos Caminhos de Ferro do Minho e do Douro e poeta, e de D. Maria Margarida Amália da Costa e Almeida de Oliveira Maia, filha do advogado e político Delfim Maia, e neto, por via paterna, de Tomás de Aquino de Almeida Garrett e de D. Luísa Antónia Patrício Botelho de Lacerda Bacelar. Entre os seus nove irmãos destacaram-se o professor e médico António de Almeida Garrett (1884-1961) e o capitão de mar e 2.º visconde de Almeida Garrett, Tomás de Aquino de Almeida Garrett (1883-1929).

Integrou o Exército durante a frequência do curso de Engenharia Civil na Faculdade Técnica da Universidade do Porto, distinguindo-se como oficial do Corpo Expedicionário  Português na I Guerra Mundial (1914-1918).
De volta ao Porto, concluiu a licenciatura na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e começou a lecionar nessa faculdade. A 19 de julho de 1930 tomou posse como assistente do 1.º grupo - Construções Civis - e a 8 de setembro de 1934 assumiu funções como professor catedrático do mesmo grupo.
A 10 de maio de 1943 doutorou-se em Engenharia na mesma Faculdade, onde desempenhou também as funções de secretário, de diretor (tomada de posse em 1946), de bibliotecário (tomada de posse em 1950), de diretor do Museu e Gabinete de Materiais e Construções Civis e do Centro de Estudos de Engenharia Civil e de delegado dos professores catedráticos ao Senado da Universidade.

Em 1954, durante a abertura solene das aulas na Universidade do Porto, proferiu a oração de sapiência intitulada A Universidade, a urbanização e a cidade do Porto. Em 1960, associou-se às Comemorações Henriquinas da Universidade do Porto proferindo uma conferência sobre O Manuelino e os Descobrimentos.

A par da docência publicou obras sobre urbanismo e produziu trabalhos nas áreas da engenharia civil e do urbanismo - o Plano Regulador da Cidade do Porto (1947-1952), o Anteplano da Região do Porto (1952), o Plano Regulador da Cidade de Coimbra (1955). 

Ficaram por concluir os estudos preliminares do planeamento urbanístico da Região Noroeste.
Foi membro do Conselho Superior das Obras Públicas e condecorado com diversas distinções militares.

Faleceu em 1961. 





16.4.15

Um prédio ao longo do tempo - rua Miguel Bombarda (2015)

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Para saber a data das fotografias basta clicar nelas.

Actualização em 5 de Maio de 2015: 

Entretanto a situação evoluiu e o prédio ficou assim.



15.4.15

Azulejos na rua Miguel Bombarda

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Já foi uma galeria das muitas que existiram nesta artéria. Fechou, mudou.

Mas será que a arte não atravessa paredes? 


1.4.15

Rua Régulo Magauanha

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O que pude apurar foi que Magauanha foi um régulo (chefe tradicinal) moçambicano que tinha tomado partido pelas tropas portuguesas. E nada mais! Presumo que este chefe local deve ter participado nas diversas batalhas que moviam as tropas colonialistas contra Ngungunhane (mais conhecido por Gungunhana). 


Após onze anos de cativeiro no Monte Brasil, Gungunhana faleceu no Hospital Militar de Angra do Heroísmo em 1906.


Sobre Ngungunhane pode consultar esta página


Esta rua, assim denominada desde os anos sessenta do século XX, não tem saída. Actualmente acolhe um terminal de camionagem.