30.7.14

Dezembro 2005




Na praça da Batalha.

24.7.14

Rua de Cedofeita - imagem do passado


o meu 41

Ainda se lembram da fachada do 41 ser assim?

(imagem de 2005)

Por vezes...


Encontramos fantasmas ali para os lados do Carmo e das Carmelitas...


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23.7.14

Frente de Douro

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Com a antiga Central de Sobreiras, também conhecida em velhos tempos pelas populações da margem sul como a "Fábrica da Farinha".

Hospital de Santo António

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Projectado pelo Arquitecto Inglês John Carr como um verdadeiro colosso de forma quadrangular que, não foi, contudo concluído conforme a planta original, por falta de meios e verbas.



 

14.7.14

Escritos

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Sempre achei piada que no Porto se chamassem "escritos" a pedaços de papel sem texto colados nos vidros para anunciarem que um andar ou apartamento estivesse para arrendar.

Ou o significado do não-dito, neste caso do "não-escrito".





13.7.14

Julho 2014 - Praça Guilherme Gomes Fernandes

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Street Art by Hazul Luzah.

Antiga Farmácia nesta praça.

E um pouco de números:

Mais de 8 anos.

Mais de 1200 entradas no blogue.

Mais do que 400.000 páginas visitadas.

E as férias estão a chegar.




10.7.14

As artérias da antiga freguesia da Vitória



Actor João Guedes (Rua)

 

Almada (Rua)

 

Arquitecto Nicolau Nasoni (Rua)

 

Assunção (Rua)

 

Avis (Rua)

 

Bataria da Vitória (Rua)


Caldeireiros (Rua)


Caldeireiros (Travessa)


Cândido dos Reis (Rua)


Carlos Alberto (Praça)


Carmelitas (Rua)


Carmo (Rua)


Carmo (Travessa)

 

Carregal (Travessa)


Cedofeita (Rua)


Cedofeita (Travessa)


Ceuta (Rua)


Clérigos (Rua)


Conceição (Rua)


Conde de Vizela (Rua)


Cordoaria (Jardim da)


D. Filipa de Lencastre (Praça)


Dr. Barbosa de Castro (Rua)


Dr. Ferreira da Silva (Rua)

 

Dr. Ricardo Jorge (Rua)


Esnoga (Escadas da)


Estreita dos Lóios (Rua)


Fábrica (Rua)


Ferraz (Rua)

 

Ferraz (Travessa)

 

Flores (Rua)

 

Galeria de Paris (Rua)

 

Gomes Teixeira (Praça)


Guilherme Gomes Fernandes (Praça)


João Chagas (Jardim)


José Falcão (Rua)

 

Lisboa (Praça)

 

Lóios (Largo)


Mártires da Pátria (Campo)


Moinho de Vento (Largo)


Mompilher (Largo)


Oliveiras (Rua)


Parada Leitão (Praça)


Picaria (Rua)


Professor Abel Salazar (Largo)


Professor Vicente José de Carvalho (Rua)


S. Bento (Travessa)


S. Domingos (Largo)


S. Filipe de Nery (Rua)


S. Miguel (Rua)


Sá Noronha (Rua)


Santa Teresa (Rua)


São Bento da Vitória (Rua)


Sinagoga (Escadas da)


Taipas (Rua)


Taipas (Travessa)


Trás (Rua)

 

Virtudes (Passeio)


Vitória (Escadas da)


Vitória (Rua)





8.7.14

Em construção


Depois de terem desaparecido da net os antigos "sites" das juntas de freguesias que agora estão reagrupadas na chamada "União de Freguesias de Cedofeita, Sto. Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória" que abrevidamente também é conhecida pela "União de Freguesias do Centro Histórico do Porto" um certo número de dados sobre elas desapareceu.

Decidi publicar brevemente um esboço das artérias que pertenceram às antigas freguesias. Para que a memória perdure.

É um trabalho penoso e pouco motivante, pois repetitivo.

Brevemente aparecerão aqui os arruamentos por ordem alfabética e por "antiga" freguesia.

Fiquem atentos.


A "Menina nua"



Nota Prévia:

A "história" não é assim tão desconhecido como isso. Até vem num livro editado há mais de 20 anos.

Mas se ela aparece aqui é pelo simples facto que um amigo e leitor do blogue teve o trabalho de me a mandar.

Penso que o seu autor - Raul Simões Pinto - não se importe por eu aqui divulgar o seu texto.


Conheço esta estátua da “Menina Nua”, no Porto. Quando perguntava quem era, diziam-me simplesmente que era a estátua da “Menina Nua”, mas ninguém sabia quem era ou outros pormenores. Curiosamente, todo o “tripeiro” respeitava a estátua e todo o estrangeiro a fotografava. Só agora sei todo o seu historial… 
Mais vale tarde que nunca. 


Agostinho Barbosa Pereira 


A "Menina nua" 

A HISTÓRIA DESCONHECIDA DA FAMOSA ESTÁTUA 


Chamava-se Aurélia Magalhães Monteiro e era conhecida por Lela, Lelinha ou pela “Ceguinha do 9” - para a eternidade ficará sempre a ser a “Menina Nua” da Av. dos Aliados, estátua que toda a cidade conhece e aprecia. 
Nasceu no dia 4 de Dezembro de 1910, na freguesia do Bonfim e, pouco tempo antes de falecer, dizia-me que “tinha sido uma das mulheres mais apreciadas e cobiçadas do seu tempo...”. Vivia no rés-do-chão do Bloco 9 do Bairro da Pasteleira, numa casa simples e humilde com flores a enfeitarem a entrada e a sala de jantar. 


Um dia convidou-me a entrar e contou-me um pouco da história da “Menina Nua”: 
- «Tinha 21 anos quando fiz de modelo para o Henrique Moreira, o mestre que fez a estátua: Mais tarde colocaram-me na Avenida dos Aliados - que belos anos aqueles! Estive duas semanas a “posar” e ainda hoje recordo com alegria e saudade aqueles momentos de trabalho, pois posso morrer amanhã que todos ficarão a saber quem era a Lela... Além disso, nessa altura, dava-me bem com os artistas, era bonita e eles convidavam-me. Andava por toda a parte, ganhei uns “cobres” com o Henrique Moreira, mas hoje... Resta-me a consolação de estar ali, de costas voltadas para o Almeida Garrett e de frente para o D. Pedro IV.» 
Perguntei-lhe nessa altura se não tinha havido problemas com a nudez da estátua - por exemplo, proibições, censuras. 
Ela respondeu-me: 
- «Bem, sabe que naquela época havia certos sectores que se opunham claramente e até ficaram escandalizados com a “Menina Nua”. Nós éramos muito tacanhos e veja bem que há 50 anos as ideias eram realmente diferentes. Havia o Salazar, a Pide e o povo era mais fechado, mais religioso. Felizmente o mestre Henrique Moreira conseguiu “levar a água ao seu moinho” e lá fiquei, de pedra e nua, assim como Deus me botou ao Mundo...» 
Sorriu de imediato, mostrando ainda réstias de um rosto bonito e de uma boca fina, onde já rareavam os dentes, vítima do peso dos anos e das canseiras e desgraças da vida. Além disso, imagine uma “moçoila”, no tempo da “outra senhora”, a expor-se toda nua perante uns homens de tela e pincéis ou bocados de pedra. Bem... era quase como ser comunista ou mulher da vida. 
Fez-se uma pausa para mandarmos umas “bocas” contra o sistema do antigamente. Prossegui, perguntando-lhe quando e onde tinha começado a ser modelo. Antes de me responder, fica um pouco pensativa, levanta-se e encaminha-se para o seu quarto, vasculha dentro do guarda-vestidos e traz-me um amontoado de papéis e fotografias. 
- «Vá, veja lá tudo isto» - diz-me. (Anotei visualmente uma série de fotografias, pequenas referências, recordações e memórias da “Menina Nua”). «De qualquer modo, e se a memória não me falha, comecei com o mestre Teixeira Lopes, na figura-modelo da rainha D. Amélia. Esta estátua encontra-se atualmente no museu com o mesmo nome, em Vila Nova de Gaia. Nessa época tinha muita vergonha. Era uma “moçoila” com 18 anos, bem feita e bonita. A minha mãe tinha falecido e fiquei mais tarde com uma madrasta, de quem por acaso não gostava nada; por isso mudei-me para o Bonfim, para casa da minha santa avó. Que tempos... Nessa altura, iniciei-me como modelo nas Belas Artes do Porto e lentamente fui-me habituando, até que fiquei mais descarada...» 
Levantou a cabeça e, numa reflexão interior, com risos de vaidade e inconformismo, continuou: 
- «Ah, nesse tempo, punha a cabeça dos rapazes em fogo, era bonita e não havia ninguém que não me conhecesse como a “Menina Nua”. Depois passei alguns anos como modelo, andei pelo Norte, pelo Sul e até a Lourenço Marques (hoje Maputo) eu fui. Fiz de modelo para vários mestres, entre eles: Acácio Lino, Joaquim Lopes, Dórdio Gomes, Sousa Caldas, Augusto Gomes, Camarinha e os consagrados Henrique Moreira e Teixeira Lopes. Além da “Menina Nua”, estou no Buçaco, no Cinema Rivoli, em Lisboa e em Moçambique... E hoje? Como vê, aqui estou, desde os 43 anos cega, uma vida difícil de adaptação, um mundo escuro, negro. E mais negro se tornou aquando da morte do meu marido. Fiquei completamente só. Hoje, passados alguns anos, tenho um casal a viver comigo, sempre me ajudam a pagar a renda e a fazer-me um pouco de companhia. Tenho umas ajudas do Centro de Dia da Terceira Idade, ligado ao Centro Social cá do bairro, onde vou almoçar e lanchar. Enfim, sempre ajuda a passar o tempo e a velhice. Mas o que eu mais desejava na vida, além de mais dinheiro para viver, era dos meus ricos olhos...» (Algumas lágrimas correram-lhe pelas faces, enquanto se preparava para ir almoçar ao Centro.) 
Despedi-me dela, tentando consolá-la com frases de carinho e amizade, mas a vida é um cão que não conhece o dono… Ela despediu-se (nessa altura), com um bom dia, entrecortado com um sorriso morgaiato, misto de Ribeira, Bonfim e Pasteleira... 



Aurélia Magalhães Monteiro, a Lela, a Lelinha ou a “Ceguinha do 9”, faleceu no dia 2 de Junho de 1992, com 82 anos de idade. No entanto, a “Menina Nua” continua viva, fixa e eterna, ali na Avenida dos Aliados, envolta nos nevoeiros citadinos, perpétua e ardente, nos dramas e vitórias deste povo. 

Do livro "Pasteleira City", de Raul Simões Pinto – Edições Pé de Cabra – Fevereiro de 1994 

(com ligeiras adaptações) 


As artérias da antiga Freguesia da Sé




Actor Dias (Largo)


Aldas (Rua das)

Alexandre Herculano (Rua)


Anjo (Viela do)

Arnaldo Gama (Jardim)

Arnaldo Gama (Rua)

Arrabalde (Beco do)

Augusto Rosa (Rua)

Bainharia (Rua da)

Bainharia (Travessa da)

Bairro Herculano

Barredo (Escadas do)

Batalha (Praça da)

Camarão (Largo)

Cardosas (Pátio)

Carquejeiras (Calçada das)

Cativo (Rua do)

Cativo (Travessa do)

Chã (Rua)

Cimo de Vila (Rua do)

Cimo de Vila (Travessa de)

Cisnes (Largo)

Codeçal (Escadas do)

Colégio (Escadas do)

Colégio (Largo)

Corpo da Guarda (Rua do)

Corticeira (Rua da)

D. Afonso Henriques (Avenida)

D. Hugo (Rua)

D. Pedro Pitões (Calçada de)

Dr. Pedro Vitorino (Largo)

Duque da Ribeira (Largo)

Duque de Loulé (Rua)

Entreparedes (Rua de)

Escura (Rua)

Flores (Rua das)

Fontainhas (Alameda das)

Fontainhas (Passeio das)

Fontainhas (Rua das)


Guindais (Escadas dos)

Gustavo Eiffel (Avenida)

Liberdade (Praça da)

Lóios (Largo)

Loureiro (Rua do)

Loureiro (Travessa do)

Madeira (Rua da)

Miradouro (Rua do)


Pedreira (Viela da)

Pelames (Rua dos)

Pena Ventosa (Largo)

Pena Ventosa (Rua da)

Pena Ventosa (Travessa da)

Ponte Nova (Rua da)

Porta do Sol (Rua da)

Primeiro de Dezembro (Largo)


Rua Chã (Travessa da)

S. Domingos (Largo)

S. Luís (Rua de)

S. Sebastião (Rua de)

S. Sebastião (Travessa de)

S. Victor (Rua de)

Sant'Ana (Rua de)

Sant'Ana (Travessa de)

Santa Clara (Travessa de)

Saraiva de Carvalho (Rua)

Sé (Escadas da)

Sé (Terreiro da)


Senhora das Verdades (Rua da)

Sol (Rua do)

Souto (Rua do)

Souto (Travessa do)


Vandoma (Calçada de)

Verdades (Escadas das)


Vímara Peres (Avenida)





5.7.14

Cooperativa de Ramalde

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Em 1892, um grupo de operários tecelões de Pereiró fundou a Sociedade Cooperativa União Operária de Consumo e Produção de Ramalde.

Uma das primeiras actividades de produção desta cooperativa foi a de carvão! Também chegaram a produzir e vender os cigarros Almirante.

A cota mensal era, nos anos 50, de um escudo. 

As actuais instalações foram construídas em 1931. 





Rua SARMENTO DE BEIRES (Actualizado)





Foto publicada e localizada aqui


Quem foi Sarmento de Beires:
BEIRES, JOSÉ MANUEL SARMENTO DE ( Lisboa, 4/9/1893 - Porto, 8/6/1974) - Oficial do Exército (Engenharia), atingiu o posto de major. Piloto-aviador. Com Manuel Gouveia e Brito Pais realiza o primeiro voo entre Lisboa e Macau em 1924. Em 1927 participa no voo nocturno de travessia do Atlântico Sul a bordo do "Argos". Fez parte do corpo de direcção da “Seara Nova”. Republicano e antifascista foi demitido do exército e obrigado a exilar-se na China e no Brasil. Expulso da Força Aérea por oposição política ao autoritarismo de Salazar, é reabilitado, em 1972, com a patente de coronel.


Actualização em Julho de 2014

Encontrei um texto mais completo do que este que publico a seguir:

«José Manuel Sarmento de Beires (Lisboa/04.11.1893 – 09.06.1974/Porto), um dos pioneiros da aviação portuguesa que enquanto alferes tirou licença de piloto em 11 de Abril de 1917 e, no ano seguinte frequentou várias escolas de aviação em França. Em 1920 tomou parte na tentativa de voo de Lisboa à Madeira e, quatro anos depois concretizou no Pátria, com Brito Pais, a viagem aérea Lisboa-Macau (7 de Abril ) que lhe valeu a promoção a major. Em 1927 fez a primeira travessia nocturna do Atlântico Sul, no Argos, tendo como equipa Duvale Portugal, Jorge de Castilho e Manuel Gouveia, reconhecido pela Liga Internacional dos Aviadores, em carta de 23 de Fevereiro de 1928, como um dos feitos aeronáuticos mais importantes do ano.

No ano seguinte, em 1928, após em Julho ter participado na última sublevação armada contra contra a ditadura, Sarmento de Beires expatriou-se e passou a trabalhar ao serviço do Governo francês como conselheiro aeronáutico em Hanói até 1930. No ano seguinte regressou clandestinamente a Portugal para organizar o golpe militar de Agosto desse ano, o mais importante do período de rebeliões militares conhecido por Reviralho (1926 - 1940). Em 1933, Sarmento de Beires foi preso em Lisboa pela polícia politica e condenado a 7 anos de desterro e à perda de todos os direitos cívicos durante 10 anos, o que o levou a fixar-se no Brasil como instrutor de aviação, jornalista, escritor, tradutor e, cronista da II Guerra na rádio, só regressando a Portugal após o 25 de Abril de 1974. Ele já antes tinha aderido ao chamado Grupo da Biblioteca com Aquilino, Abel Manta e Augusto Casimiro e, em 1925 participou no corpo directivo da revista «Seara Nova».

Foi galardoado nos 14º e 15º aniversários da República (1924 e 1925) com a Ordem Militar de Torre e Espada e a Ordem Militar de Cristo, com a Ordem Militar de Santiago da Espada e o grau de Grande -Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada (ambas em 1928) e com o grau de Comendador da Ordem do Império (1964), para além das francesas Legião de Honra e Ordem do Rei do Camboja.»



Texto de Benedita Vasconcelos publicada no Facebook.  

Nota prática:
É nesta rua que se encontra o Hospital da Prelada.


3.7.14

Estacionamento na rua das Andrezas

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Apesar do Yoga aparentemente o condutor é pouco Zen!

Assim vai a cidade!




(1200)

Um exemplo a não seguir

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Um estacionamento abusivo de uma viatura do Estado Português mesmo em frente à Imprensa Nacional Casa da Moeda - INCM.

Assim vai a cidade!


1.7.14

Fábrica de Tabaco A Lealdade

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Com a Fábrica de tabaco "A Portuense" esta era uma das maiores da cidade.

O seu proprietário João António Lima era também proprietário de uma vasta quinta nos terrenos contíguos (posterormente ocupados pelo "Campo do Lima"). 

A sua viúva deixou à Santa Casa da Misericórdia do Porto uma grande parte da sua fortuna após ter mandado edificar, em memória do seu marido o hospital da Ordem da Lapa. 


Rua Caldas Xavier

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Nada mais justo do que colocar a rua que nos faz lembrar que o militar Alfredo Augusto Caldas Xavier mesmo ao lado da Praça Mouzinho de Albuquerque pois ambos estiveram em Moçambique na segunda metade do século XIX.

Só de salientar na biografia deste engenheiro e militar que foi promovido a tenente em 1881 e foi nomeado, dois anos depois, administrador da Companhia de Ópio da Zambézia. Faleceu, vítima de doença tropical em 1896 na cidade de Lourenço Marques (hoje, Maputo).