A mais remota referência, data de 1638, num registo paroquial de Sto. Ildefonso.
No Largo dos Ferradores, que também se chamou Feira das Caixas, no palacete setecentista dos Viscondes de Balsemão (actualmente posse da Câmara), estava por meados do séc. passado instalada a Hospedaria do Peixe, que nesta cidade foi a 1ª aposentadoria do rei Carlos Alberto, refugiado em Portugal depois da derrota de Novara (1849). Por isso recebeu o Largo dos Ferradores o nome de Praça de Carlos Alberto, designação que já tinha em 1856.
O antigo Solar dos Balsemão (actualmente ocupado por diversos serviços camarários) também conhecido por palácio do Visconde da Trindade, que teve uma utilização atribulada: foi Pensão, Café, Serviços Municipalizados da Electricidade, etc. ...
Monumento ao Soldado Desconhecido (da guerra 1914-1918) - Obra de Henrique Moreira. O monumento foi inaugurado a 9 de Abril de 1928.
Quiosque transplantado do Largo da Ramadinha
Nela se situa o Hospital da Ordem do Carmo (Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, fundada em 1736, teve origem numa reunião realizada na capela da Batalha quando teve que deixar as instalações que ocupava no mosteiro de S. Domingos, devida a divergências surgidas com os monges desta ordem. O Hospital foi construído entre 1791 e 1801)
A 7 de Junho de 1908, José Caetano de Carvalho oferece os prédios números 55 e 56 da Praça de Carlos Alberto para a instalação das escolas do sexo feminino da Freguesia da Vitória.
Junta de Freguesia da Vitória no n° 52 - 1° andar
Em 1854 havia uma hospedaria “Aurora” onde Castilho passou uma temporada durante os brilhantíssimos “Saraus Poéticos”.
Na esquina com a praça dos Leões está uma casa brasonada.
O antigo Café LUSO n° 91 - esteve instalado no edifício que já foi estação de Correios e sede do Movimento de apoio à candidatura do General Humberto Delgado.
Restaurante Carlos Alberto – neste mesmo sítio existiu um célebre restaurante conhecido pelos “Caldos de Galinha”.
Carlos Alberto - Rei da Sardenha. Nasceu em 1798. Chegou ao Porto em Abril de 1849, depois de ter abdicado em favor de seu filho - Vítor Manuel - esteve hospedado numa hospedaria situada no palácio dos Balsemão. Faleceu em Julho do mesmo ano na quinta da Macieirinha.
Um livro a consultar ou a ler: "Praça de Carlos Alberto" de Júlio Couto, edição da Livraria Vieira, 2003 (sem ISBN) - a Livraria Vieira fica mesmo ali ao lado, na rua das Oliveiras.
1 comentário:
Confesso que nunca compreendi a razão de chamarem Palácio dos Balsemão, quando as armas da fachada são do Visconde da Trindade.
Mas outras razões justificam o uso de outro nome:
- o estado deplorável em que se encontrava este imóvel quando foi comprado pelo V. Trindade;
- as obras de recuperação, tectos e estado actual devem-se ao Visconde da Trindade;
- o palacio foi abandonado pelo V. Balsemão que deixou q se transformasse em estalagem;
Um poderia prosseguir com razões que justificavam uma correcção adequada por parte dos orgãos oficiais desta cidade.
Cumprimentos
Artur Navarro
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