21.8.12

Rua ANTÓNIO ARROIO

080812

Foi necessário passar ali em Lordelo no bairro da Cooperativa O Lar Familiar para ficar a saber que o António Arroio tinha nascido no Porto. Sim, aquele mesmo que deu nome a uma Escola em Lisboa. Pois é, passeando nas ruas também vamos aprendendo coisas novas e relembrando outras que já tínhamos esquecido.

Notas:


Biografia

António José Arroio nasceu na cidade do Porto, no seio de uma família ligada ao meio artístico, filho do compositor e músico espanhol José Francisco Arroio, primeiro director do Teatro de São João, do Porto, e irmão do conhecido político João Marcelino Arroio e de José Diogo Arroio, este também músico e cantor, doutorado em Química pela Universidade de Coimbra, político e professor catedrático de Química Inorgânica e director da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
António Arroio concluiu em 1878 o curso de Engenharia na Academia Politécnica do Porto. Terminado o curso, empregou-se nas obras de construção dos caminhos-de-ferro da Beira Baixa, da Beira Alta, do Sul e do Sudoeste. Transitou depois para o Ministério das Obras Públicas, no qual, entre 1881 e 1890, foi encarregado dos serviços de inspecção e recepção de material adquirido no estrangeiro. Durante este período viajou por várias cidades europeias e fixou durante vários anos residência em Bruxelas.
Em 1890 foi nomeado inspector do Ensino Elementar Industrial e Comercial, cargo que manteve até 1926. Passou então a interessar-se pelo ensino comercial e industrial e em particular pelo ensino das artes e ofícios. Foi sócio fundador da Liga de Educação Nacional. Foi eleito deputado às Cortes pelo círculo de Paredes na lista do Partido Regenerador em 1890.
Após a implantação da República, foi autor de uma das propostas rejeitadas para a nova bandeira nacional.
Em 1926 foi nomeado vogal do Conselho Superior de Obras Públicas, cargo que exerceu até à sua aposentação em 1928.
Foi vogal da Comissão Portuguesa na Exposição Universal de 1900, realizada em Paris, e para além da sua actividade como engenheiro, manteve intensa actividade como conferencista e como crítico de arte, dedicando-se a géneros tão distintos como a música, a literatura, a pintura e a escultura.
Quando António Arroio faleceu em 1934, foi atribuído o seu nome à então recém-criada Escola Industrial António Arroio de Artes Aplicadas.>

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