esquina com Miguel Bombarda
uma das placas que existem no nº 5
No n° 5 - Cineclube do Porto fundado em 1945. Este prédio do n° 5 tem uma longa história pois já aqui foi uma clínica (onde faleceu meu bisavô materno) e o célebre Hotel do Louvre que recebia como hóspedes grandes personalidades que visitavam a cidade como o Imperador do Brasil, D. Pedro II. Foi também a sede do Orfeão Lusitano (início do século XX) assim como do MUD (Movimento de Unidade Democrática) em 1948. Também albergou a sede do Salgueiros.
O CineClube do Porto (Clube Português de Cinematografia) tem estatutos aprovados em 13 de Abril de 1945. As primeiras reuniões tiveram lugar na rua Santa Catarina.
Curiosidades:
D. PEDRO II, DO BRASIL - Filho de Pedro IV. Visitou o Porto em 1 de Março de 1872. Apoteoticamente recebido pela população. As principais ruas engalanadas. Ficou instalado no Hotel do Louvre na esquina da Rua do Rosário e do Triunfo, agora D. Manuel II. Visitou o mausoléu que, na igreja da Lapa, contém o coração de seu pai e vários lugares onde se travaram os mais memoráveis combates do Cerco do Porto. Também visitou Camilo. Subiu à Torre dos Clérigos, foi à Serra do Pilar. Exilado em 1889 veio para o Hotel do Porto, onde faleceu a imperatriz naquele mesmo ano. Voltou ao Brasil em 1922 quando terminou o banimento.
"Na esquina da Rua do Rosário com a D. Manuel II existe um famoso edifício, não no seu aspecto, mas nas suas histórias. Comecemos... pelo principio. Uma interessante dama, de ascendência francesa, D. Maria Huguette, de seu nome completo Maria Huguette de Melo Lemos e Alves, foi uma das mais belas mulheres do seu tempo e vivia a sua vida com muitas convivências masculinas, de que lhe resultou desafogo económico, que a levou a instalar neste prédio um hotel de luxo que baptizou com o nome de "Hotel do Louvre".
Foi este hotel o escolhido pela embaixada do Brasil para aí instalar D. Pedro II, imperador do Brasil (filho do nosso D. Pedro IV) e sua mulher D. Teresa Cristina Maria, que aí se demoraram oito dias. No final da estada, foi-lhes apresentada a conta: 4.500.000 réis. o imperador achou que era um exagero e saiu sem pagar. A dona do hotel queixou-se aos tribunais e o processo foi-se arrastando durante anos, até que o tribunal deu, como era lógico, razão a hoteleira. E hei-la que abala para o Brasil a cobrar a divida. E tal escândalo por la armou, que dois portugueses, há muito radicados em terras de Vera Cruz, acharam por bem liquidar a conta e meter a senhora de novo no barco para Portugal. o hotel veio a acabar e a senhora faleceu, quase na miséria, aí para Os lados do Carvalhido.
Em 1881, foi neste prédio inaugurada uma das primeiras clinicas particulares da cidade - a Casa de Saúde do Dr. António Bemardino de Almeida. E, entre 1927 e 1930, aqui esteve instalado o orfeão Lusitano. Nos anos 30, foi sede do velhinho e popular Sport Comércio e Salgueiros."
Foi este hotel o escolhido pela embaixada do Brasil para aí instalar D. Pedro II, imperador do Brasil (filho do nosso D. Pedro IV) e sua mulher D. Teresa Cristina Maria, que aí se demoraram oito dias. No final da estada, foi-lhes apresentada a conta: 4.500.000 réis. o imperador achou que era um exagero e saiu sem pagar. A dona do hotel queixou-se aos tribunais e o processo foi-se arrastando durante anos, até que o tribunal deu, como era lógico, razão a hoteleira. E hei-la que abala para o Brasil a cobrar a divida. E tal escândalo por la armou, que dois portugueses, há muito radicados em terras de Vera Cruz, acharam por bem liquidar a conta e meter a senhora de novo no barco para Portugal. o hotel veio a acabar e a senhora faleceu, quase na miséria, aí para Os lados do Carvalhido.
Em 1881, foi neste prédio inaugurada uma das primeiras clinicas particulares da cidade - a Casa de Saúde do Dr. António Bemardino de Almeida. E, entre 1927 e 1930, aqui esteve instalado o orfeão Lusitano. Nos anos 30, foi sede do velhinho e popular Sport Comércio e Salgueiros."
citado pela Junta de Freguesia de Miragaia
O "Prédio António Enes Baganha" que tem o nº 127 desta rua é da traça do arquitecto José Marques da Silva e data de 1919.
O "Prédio António Enes Baganha" que tem o nº 127 desta rua é da traça do arquitecto José Marques da Silva e data de 1919.
3 comentários:
Em tempos que já lá vão, escrevi sobre esses quarteirões aqui.
Parabéns pela iniciativa!
D. Pedro II morreu em França em 1891. Não voltou ao Brasil. Por favor corrija!
Abraço e obrigado pelo blogue,que aprecio e sigo.
Américo Conceição e Simão Gomes:
1. O texto está entre "aspas" não vou corrigir o texto de outro autor.
2. Em nenhum lugar é citado o lugar de falecimento nem a data do imperador do Brasil.
Obrigado pela participação.
(Agradeço que me envie o seu email, que não será publicado)
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