Nasci no Porto. Desde muito jovem percorri ruas e lugares. Frequentei pessoas e acontecimentos. Afastei-me da cidade. Voltei ao lugar onde vi a Luz. Com o passar do Tempo libertei-me de um certo bairrismo. A cidade não é minha, mas eu sou desta terra.
30.6.15
Ruas da Antiga Freguesia de Massarelos
Abade de Baçal (Rua)
Abade de Faria (Rua)
Adolfo Casais Monteiro (Rua)
Adro (Escadas)
Adro (Largo)
Adro (Rua)
Agramonte (Rua)
Alexandre Sá Pinto (Largo)
Alfândega (Cais)
António José da Costa (Rua)
António Nobre (Rua)
António Patrício (Rua)
Arcediago Van-Zeller (Rua)
Arquitecto Marques da Silva (Rua)
Arrábida (Calçada)
Artur Napoleão (Rua)
Barbosa du Bocage (Rua)
Basílio Teles (Alameda)
Bicalho (Cais)
Bicalho (Rua)
Boa Hora (Rua)
Boa Nova (Rua)
Boa Viagem (Calçada)
Boa Viagem (Rua)
Boa Viagem (Travessa)
Boavista (Avenida)
Bom Sucesso (Largo)
Bom Sucesso (Praça)
Bom Sucesso (Rua)
Caldas Xavier (Rua)
Calouste Gulbenkian (Rua)
Campo Alegre (Rua)
Campo do Rou (Travessa)
Casal do Pedro
Cristelo (Rua)
Cruzinho (Largo)
D. Manuel II (Rua)
D. Pedro V (Rua)
Dr. José de Figueiredo (Rua)
Entre Campos (Rua)
Entre Campos (Travessa)
Entre Quintas (Rua)
Estrelas (Rua)
Feliciano de Castilho (Rua)
Felicidade Browne (Rua)
Ferreira Lapa (Largo)
Flora (Rua)
Fonte de Massarelos (Rua)
Galiza (Praça)
Gólgota (Rua)
Gólgota (Travessa)
Gonçalo Sampaio (Rua)
Guerra Junqueiro (Rua)
Guilherme Braga (Rua)
João Martins Branco (Rua)
Jorge de Viterbo Ferreira (Rua)
José da Mestra (Viela)
Júlio Dinis (Rua)
Macieirinha (Rua)
Maternidade (Rua)
Maternidade de Júlio Dinis (Largo)
Meditação (Rua)
Miguel Bombarda (Rua)
Moinhos (Rua)
Monchique (Calçada)
Monchique (Rua)
Monsenhor Fonseca Soares (Rua)
Monte da Pena (Viela)
Mouzinho de Albuquerque (Praça)
Ouro (Rua)
Outeiro (Rua)
Padre Cruz (Rua)
Pedras (Cais)
Pedro Veiga (Rua)
Pena (Rua)
Pena (Travessa)
Picoto (Viela)
Piedade (Rua)
Professor Abel Salazar (Rua)
Professor Abílio Cardoso (Rua)
Professor Carlos Alberto Ferreira de Almeida (Rua)
Professor Henrique David (Rua)
Professor João Baptista Machado (Rua)
Professor José Valente (Rua)
Rainha D. Estefânia (Rua)
Restauração (Rua)
Rodrigues Lobo (Rua)
Roleto (Escadas)
Roleto (Travessa)
Rou (Campo)
S. Macário (Beco)
S. Paulo (Rua)
Salgueiro Maia (Rua)
Santo Amaro (Travessa)
Saudade (Largo)
Saudade (Rua)
Soares de Passos (Rua)
Sobre-o-Douro (Calçada)
Sobre-o-Douro (Rua)
Torrinha (Rua)
Universo (Rua)
Vilar (Rua)
Viterbo de Campos (Colónia)
(actualizado)
29.6.15
Artérias que pertenciam à extinta Freguesia de Lordelo do Ouro
Afonso de Albuquerque (Rua)
Afonso de Aveiro (Rua)
Afonso de Paiva (Rua)
Aguda (Rua)
Alberto de Oliveira (Rua)
Aleixo (Rua)
Aleixo da Mota (Rua)
Alfredo Nunes de Matos (Rua)
Algés (Rua)
Alto da Arrábida (Rua)
Alto da Arrábida (Travessa)
Álvaro Gomes (Rua)
Âncora (Rua)
André Álvares de Almada (Rua)
António Arroio (Rua)
António Bessa Leite (Rua)
António Cálem (Largo)
António Cardoso (Rua)
António Galvão (Rua)
António José da Costa (Rua)
António José de Almeida (Rua)
António Mariz Carneiro (Rua)
António Patrício (Rua)
Argentina (Rua)
Arnaldo Leite (Rua)
Arrábida (Rua)
Arrábida (Travessa)
Bartolomeu Velho (Rua)
Belos Ares (Rua)
Bernardino Machado (Rua)
Boavista (Avenida)
Brigadeiro Nunes da Ponte (Rua)
Campo Alegre (Beco)
Campo Alegre (Rua)
Carlos Dubini (Rua)
Carvalho Barbosa (Rua)
Cascais (Rua)
Cima (Rua)
Ciríaco de Cardoso (Rua)
Coelho Lousada (Rua)
Conde de Samodães (Praça)
Condominhas (Rua)
Condominhas (Travessa)
Cordoaria Velha de Lordelo (Rua)
Correia de Sá (Rua)
Costa Júnior (Rua)
Costa Nova (Largo)
Costa Nova (Rua)
Curso Silva Monteiro (Largo)
D. Afonso V (Praça)
D. Francisco de Almeida (Rua)
D. João de Azevedo (Rua)
D. João de Castro (Rua)
D. João de Mascarenhas (Rua)
D. João III (Largo)
D. Luís de Ataíde (Rua)
D. Pedro de Menezes (Rua)
Diogo Botelho (Rua)
Diogo do Couto (Rua)
Diogo Gomes (Largo)
Domingos Alvão (Rua)
Dominguez Alvarez (Rua)
Dr. Aires Borges (Rua)
Dr. Gil da Costa (Rua)
Dr. José de Figueiredo (Rua)
Dr. Nuno Pinheiro Torres (Rua)
Duarte Lopes (Rua)
Duarte Pacheco Pereira (Rua)
Duruelo de la Sierra (Rua)
Entre Campos (Travessa)
Ericeira (Rua)
Espinho (Rua)
Esposende (Rua)
Estêvão Gomes (Rua)
Estoril (Rua)
Feliciano de Castilho (Rua)
Felicidade Browne (Rua)
Fernão Vaz Dourado (Rua)
Fez (Rua)
Figueira da Foz (Rua)
Fonte Arcada (Travessa)
Francisco Barreto (Rua)
Furadouro (Rua)
Garcia d'Orta (Rua)
Gaspar Correia (Rua)
Gazeta Literária (Rua)
Gil Eanes (Rua)
Gomes Eanes de Azurara (Rua)
Gonçalo Velho (Rua)
Granja de Lordelo (Rua)
Grijó (Rua)
Guilherme Braga (Rua)
Henrique Alegria (Rua)
João Baptista Lavanha (Rua)
João de Barros (Rua)
João de Deus (Rua)
João do Carmo (Calçada)
João Grave (Rua)
João Rodrigues Cabrilho (Rua)
Jorge Reinel (Rua)
José Monteiro Salazar (Rua)
Júlio Brandão (Rua)
Júlio Lourenço Pinto (Rua)
Leça (Rua)
Luís Cruz (Rua)
Luís Cruz (Travessa)
Luís Serrão Pimentel (Rua)
Maestro Miguel Ângelo (Largo)
Maestro Virgílio Pereira (Rua)
Manuel Bandeira (Rua)
Manuel de Arriaga (Alameda)
Marechal Gomes da Costa (Avenida)
Mazorra (Travessa)
Mestre Mendes da Silva(Rua)
Mira (Largo)
Miramar (Rua)
Mocidade da Arrábida (Rua)
Mouteira (Rua)
Mouteira (Travessa)
Nazaré (Rua)
Nicolau Coelho (Rua)
Orfeão do Porto (Rua)
Ouro (Calçada)
Ouro (Rua)
Outeiro (Beco)
Padre Fernão Cardim (Rua)
Padre Luís de Almeida (Rua)
Palmeiras (Rua)
Pasteleira (Rua)
Paulo da Gama (Rua)
Paulo Dias de Novais (Rua)
Pedro Escobar (Rua)
Pedro Hispano (Rua)
Pedro Olaio (Rua)
Penoucos (Rua)
Pinto Correia (Largo)
Pintor António Cruz (Rua)
Pintor Arpad Szenes (Rua)
Póvoa de Varzim (Largo)
Praceta de João Augusto Ribeiro (Praceta)
Professor Augusto Nobre (Rua)
Professor Câmara Sinval (Rua)
Professor Luís Costa (Rua)
Progresso (Rua)
Raimundo de Macedo (Rua)
Robert Smith (Rua)
Rotary International (Praça)
Ruben A. (Rua)
Rui Faleiro (Rua)
Sagres (Rua)
Santa Catarina (Largo)
Santa Joana Princesa (Rua)
São João do Porto (Rua)
Senhor da Boa Morte (Rua)
Senhor da Boa Morte (Travessa)
Senhora da Ajuda (Rua)
Serralves (Rua)
Soares de Passos (Rua)
Sobreiras (Rua)
Sociedade Nacional dos Fósforos (Rua)
Tânger (Rua)
Teixeira Lopes (Praça)
Tenente Valadim (Rua)
Tomé de Sousa (Rua)
Tomé Pires (Largo)
Torreira (Rua)
Tristão da Cunha (Rua)
Venezuela (Rua)
Vieira da Silva (Rua)
Viela de Grijó (Viela)
Viela do Sobreirinho (Viela)
Vila do Conde (Rua)
(em actualização)
Instituto Profissional do Terço
Também conhecido como "Asilo do Terço".
Historial
1891
Fundado nas instalações da Irmandade de Nossa Senhora do Terço e Caridade em cerimónia a que assistiu o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia, o Asilo-Escola associava à instrução a aprendizagem de um ofício.
Por iniciativa do Provedor Delfim de Lima e influência do Juiz Silva Leal.
Tem como objectivo acolher crianças e jovens que mendigavam pela Cidade do Porto.
Nasceu assim o Asilo Profissional do Terço que peregrinou por várias instalações até se fixar em 1919 na Praça Marquês de Pombal Nº 103.
Imóvel adquirido em 23 de Maio de 1932, por iniciativa do Director-Interno, Florentino Borges, que consegui reunir a quantia de 350 contos com quermesses autorizadas pela Câmara do Porto.
Quermesses realizadas no Jardim da Praça Marquês do Pombal, depois das actuações muito apreciadas da Banda de Música dos "Miúdos do Terço".
1896
Banda de música
Delfim de Lima organizou uma charanga, organização musical que precedia um batalhão.
Foi instituída a instrução militar, da qual são testemunhos fardas, armas e cornetins.
Cada criança assumia-se e comportava-se como um pequeno militar.
Alargada por Delfim de Lima a composição da charanga, o ensino da música e a banda de música acabam por acontecer de forma natural.
O Compositor José da Silva Marques, educado no Asilo, teve papel preponderante na vida da banda, dirigindo-a com grande mestria em muitas actuações e revelando-se um compositor precoce.
A Banda do Terço abriu algumas vezes o "Corso de Carnaval" dos Fenianos do Porto.
A Instituição tem um espólio de cerca de 1200 pautas de música que foram catalogadas por dois ex-educandos.
1935
Homenagem à família Borges
Em 1 de Janeiro de 1935 foi inaugurado um pavilhão anexo ao edifício-mãe, com cerca de 80 metros de comprimento, onde foram instalados dormitórios, oficinas, salões de convívio, refeitório e cozinha.
Posteriormente foi também instalada a escola primária pública nº. 32 frequentada pelas crianças da cidade, algumas das quais vieram a integrar mais tarde os corpos sociais do Instituto (Sr. Carlos Braga, entre outros).
Para obstar aos «Deficits» aflitivos do Asilo, instalaram no jardim interior o cinema popular - Cinema do Terço. Primeiro ao ar livre, no Verão e, depois, o pavilhão com mais de 700 lugares.
Em todas as iniciativas foi preponderante o trabalho e a visão de Florentino Borges, continuados pelos seus familiares: Joaquim, Jerónimo, D. Laura Borges.
Pode continuar a ler a cronologia desta instituição aqui.
O cinema já não existe. No seu lugar apareceu um parque de estacionamento. Mudam-se os tempos, mudam-se os divertimentos.
Libellés :
cinema,
Clubes e associações,
escolas,
para memória futura
Localização :
Porto, Portugal
28.6.15
Loja vazia - 2015
Libellés :
Comércio e Indústria,
desabafo,
Freguesia: Vitória
Localização :
Porto, Portugal
27.6.15
Para memória futura
E um dia a P T comprou o Jornal de Notícias.
E o Jornal de Notícias deixou de ter o seu Magazine semanal.
Depois a P T vendeu a um novo dono o jornal.
Para não esquecer!
26.6.15
Rua Visconde de Setúbal
Mas afinal quem era o Visconde de Setúbal?
Quando encontramos o nome de aristocrata pensamos logo que deve ser um descendente de um nobre do século XVI ou, então, um rico comerciante reconhecido nos finais de século XIX.
Pesquisei na net para mim e para os leitores mais curiosos que nos momentos de ócio desembarcam neste blogue.
Aqui vai uma breve nota biográfica:
De nascimento chamava-se Johann Schwalbach. Veio ao mundo em Trier a 22 de março de 1774 e faleceu em Estremoz a 25 de maio de 1874.
Maria II de Portugal decretou em 1843 que seria visconde de Setúbal pois desde 1835 já era barão da mesma localidade.
Fez parte das tropas liberais que desembarcaram em Pampelido a acompanhar o rei-libertador. Militar do Exército Português era conhecido como General Schalbach.
Na toponímia portuense aparece como Visconde e na da cidade de Almada como João Schwalbach.
Libellés :
Freguesia: Paranhos,
Liberalismo,
revoltas no Porto
Localização :
Rua Visconde Setúbal, 4200 Porto, Portugal
25.6.15
Rua António Cândido
Quem era este António Cândido?
A (antiga) Página da Toponímia da autarquia dizia:
"António Cândido Ribeiro da Costa. Orador e político. Considerado o maior parlamentar do seu tempo nasceu em Candemil, no concelho de Amarante, a 30 de Março de 1852, e aí morreu, a 24 de Outubro de 1922 . ( Arquivo da Toponímia )"
Mas também aqui mostro o que está publicado em Portugal – Dicionário Histórico
"Ribeiro da Costa (António Cândido).
n.
30 de Março de 1852.
f.
f.
Doutor
em Direito pela Universidade de Coimbra e lente catedrático da mesma
faculdade, deputado, par do reino, conselheiro de Estado, ministro de
Estado, procurador geral da coroa, sócio efectivo da Academia Real
das Ciências, etc.
N.
em Candomil, concelho de Amarante, a 30 de Março de 1852.
Matriculou-se
no 1.° ano de Direito em 1871, fazendo um curso brilhante,
alcançando as primeiras distinções, doutorando-se em 21 de Julho
de 1878. Seguiu também o curso de Teologia com distinção.
Consagrando-se ao magistério, foi nomeado lente catedrático em 29
de Dezembro de 1881. Leccionou com rara proficiência científica,
tornando-se notáveis as suas prelecções. Vindo para Lisboa, entrou
na política, filiando-se no partido progressista, que tinha por
chefe Anselmo José Braamcamp, de quem era amigo íntimo.
Foi eleito
deputado em sucessivas legislaturas, representando círculos
importantes, entre os quais se contava o de Aveiro. A primeira vez
que a sua palavra se fez ouvir na câmara, causou o maior assombro e
deslumbramento. Celebraram-lhe o admirável discurso, não somente os
grandes jornalistas do seu partido, como os mais temidos adversários
políticos.
Diz
um dos seus biógrafos, nos Perfis contemporâneos, pág.
74:
«Entrado no parlamento, sob o peso de enormes responsabilidades, postos nele os olhos do país, rodeado das esperanças dos seus amigos e assediado já pelas invejas, quis uma série complicada de incidentes que a sua estreia parlamentar, anunciada dia a dia, não pudesse efectuar-se senão depois de esperada por longo prazo, cheias as galerias da sala pela enorme multidão que afluíra pela noticia do seu discurso, a regurgitar o recinto dos jornalistas, o qual era então quase uma lioneira de feras contra o governo, e a tribuna diplomática a desbordar. Falava Dias Ferreira. António Cândido pediu a palavra. Inesperadamente, por um preito de admiração, que só honra o espírito do ilustre jurisconsulto e estadista, mas que foi então, por muitos, interpretado como um processo insidioso para embaraçar o novo parlamentar, depois de engrandecer em palavras quentes e fervorosas os talentos de António Cândido, e descrever a ansiedade com que era esperado o seu discurso naquela sala onde deixara de ressoar a voz de José Estêvão, Dias Ferreira interrompeu a sua oração. António Cândido pareceu, durante essas palavras, que sucumbia numa síncope, tal era a palidez do seu rosto, o descorado dos seus lábios, a tremura das suas mãos. Pois mal se ergueu, transfigurou-se. Como que uma augusta e calma serenidade lhe transluzia do olhar, da gentilíssima cabeça, e as primeiras palavras, na sua cadência dominadora e doce, empolgaram logo, venceram, todo o auditório. As pouquíssimas frases, a sermo corporis, na frase dum grande escritor, a linguagem do corpo que não é toda a eloquência, mas sem a qual não há eloquência, exercia o seu influxo poderoso. Que assombro e colossal triunfo! Velhos parlamentares, duros e afeitos aos violentos combates da câmara, enterneceram-se até às lágrimas ao apertá-lo nos braços. Nos corredores, nas escadas, muitos que o não conheciam, saudavam-no com entusiasmo A oposição, pela voz do Sr. Hintze Ribeiro, declarou, como um preito de homenagem, cerrar sobre este discurso o debate, em que estavam ainda inscritos alguns dos mais notáveis oradores.»
Desde
então a sua vida parlamentar foi uma série de vitórias. Era um dos
lutadores mais fervorosos e mais apaixonados do partido progressista,
mas abandonou-o em 1888, pouco mais ou menos, por discordar da marcha
que a sua política havia levado, e recusando a sua cadeira no
parlamento. Entregou-se então ao serviço do seu emprego de ajudante
do Procurador-geral da coroa, para que havia sido anteriormente
nomeado, conservando-se então afastado da política. Datam desse
período alguns dos seus mais importantes discursos literários. Foi
então que na Academia Real das Ciências, a que depois presidiu,
proferiu o Elogio Histórico do
rei D. Luís, falecido em Outubro de 1889, esculpindo com amor o
perfil do monarca, dedicando à sua memória uma das suas mais belas
e eloquentes homenagens. Publicou por esta época, o seu primeiro
livro, Discursos
e Conferencias, onde
reuniu o que andava disperso no Diário das Câmaras e
em outras publicações literárias.
Em
1890 reconciliou-se com o seu partido, e quando nesse ano caiu o
ministério regenerador, que já havia sucedido a outros de pouca
estabilidade, por causa do conflito com a Inglaterra, consequências
do ultimato de
11 de Janeiro, organizou-se em Outubro um gabinete presidido pelo
velho parlamentar, o general João Crisóstomo de Abreu e Sousa e o
Sr. António Cândido foi nomeado ministro do reino, encarregando-se
também, interinamente, da pasta da Instrução Pública e Belas
Artes. Este ministério durou apenas 10 meses, podendo dizer-se, que
naquela conjuntura em que seria difícil sustentar-se qualquer
gabinete, como acontecera aos anteriores, foi o Sr. António Cândido,
politicamente, a alma desse ministério. A sua obra de pacificação,
interpondo-se às ambições e aos rancores partidários, mantendo-se
entre os dois grandes grupos monárquicos, regeneradores e
progressistas, permitindo que se olhasse serenamente às crises a que
urgia acudir, essa obra, devida à ponderação do seu espírito e à
autoridade moral do seu carácter, à confiança que a todos merecia,
não teve, pela sua natureza de trabalho lento e íntimo, os fulgores
que deslumbram, mas representa enorme serviço ao país e à
monarquia. Quando rebentou a revolta republicana do Porto, em 31 de
Janeiro de 1891, o Sr. António Cândido, então ministro, foi quem
fez a liquidação dessa revolta, preparada desde muito tempo. Com
energia e firmeza, sem sobressaltos, não ouvindo vozes que lhe
falavam a linguagem do ódio nem se atemorizando com os gritos
aterradores, procedeu serenamente ao apuramento de responsabilidades.
Ao deixar de ser ministro estava extinto o pânico que passara nas
regiões da política, e a ordem inteiramente restabelecida. O Sr.
António Cândido Ribeiro da Costa foi nomeado par do reino em 1 de
Junho de 1891, e em Março de 1902, conselheiro de Estado. Em
Coimbra, no seu tempo de estudante, também se distinguiu como orador
sagrado, e nas suas conferências, escutadas sempre com entusiasmo. "
Notas:
1. A sua data de nascimento
não corresponde entre as
diversas publicações que encontrámos na
Internet.
2. No Dicionário Histórico a
data do seu falecimento não aparece pois a edição em papel deste
terminou no ano de 1915.
3. Não percebo porque foi
dado o nome dele a uma artéria na cidade onde nasceu o 31 de
Janeiro 1891 visto o papel repressivo que ele assumiu. Revanchismo?
Provocação?
Libellés :
31 de Janeiro,
políticos do Porto,
revoltas no Porto
Localização :
Rua António Cândido, 4200 Porto, Portugal
Subscrever:
Mensagens (Atom)