Também conhecido como "Asilo do Terço".
Historial
1891
Fundado nas instalações da Irmandade de Nossa Senhora do Terço e Caridade em cerimónia a que assistiu o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia, o Asilo-Escola associava à instrução a aprendizagem de um ofício.
Por iniciativa do Provedor Delfim de Lima e influência do Juiz Silva Leal.
Tem como objectivo acolher crianças e jovens que mendigavam pela Cidade do Porto.
Nasceu assim o Asilo Profissional do Terço que peregrinou por várias instalações até se fixar em 1919 na Praça Marquês de Pombal Nº 103.
Imóvel adquirido em 23 de Maio de 1932, por iniciativa do Director-Interno, Florentino Borges, que consegui reunir a quantia de 350 contos com quermesses autorizadas pela Câmara do Porto.
Quermesses realizadas no Jardim da Praça Marquês do Pombal, depois das actuações muito apreciadas da Banda de Música dos "Miúdos do Terço".
1896
Banda de música
Delfim de Lima organizou uma charanga, organização musical que precedia um batalhão.
Foi instituída a instrução militar, da qual são testemunhos fardas, armas e cornetins.
Cada criança assumia-se e comportava-se como um pequeno militar.
Alargada por Delfim de Lima a composição da charanga, o ensino da música e a banda de música acabam por acontecer de forma natural.
O Compositor José da Silva Marques, educado no Asilo, teve papel preponderante na vida da banda, dirigindo-a com grande mestria em muitas actuações e revelando-se um compositor precoce.
A Banda do Terço abriu algumas vezes o "Corso de Carnaval" dos Fenianos do Porto.
A Instituição tem um espólio de cerca de 1200 pautas de música que foram catalogadas por dois ex-educandos.
1935
Homenagem à família Borges
Em 1 de Janeiro de 1935 foi inaugurado um pavilhão anexo ao edifício-mãe, com cerca de 80 metros de comprimento, onde foram instalados dormitórios, oficinas, salões de convívio, refeitório e cozinha.
Posteriormente foi também instalada a escola primária pública nº. 32 frequentada pelas crianças da cidade, algumas das quais vieram a integrar mais tarde os corpos sociais do Instituto (Sr. Carlos Braga, entre outros).
Para obstar aos «Deficits» aflitivos do Asilo, instalaram no jardim interior o cinema popular - Cinema do Terço. Primeiro ao ar livre, no Verão e, depois, o pavilhão com mais de 700 lugares.
Em todas as iniciativas foi preponderante o trabalho e a visão de Florentino Borges, continuados pelos seus familiares: Joaquim, Jerónimo, D. Laura Borges.
Pode continuar a ler a cronologia desta instituição aqui.
O cinema já não existe. No seu lugar apareceu um parque de estacionamento. Mudam-se os tempos, mudam-se os divertimentos.
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