29.1.08

Rua SÁ NORONHA




Fotografia publicada e localizada no Flickr


No Roteiro de 1933 figurava como Rua do Moínho de Vento.

Francisco de Sá Noronha nasceu, segundo uns, em Guimarães, segundo outros em Viana do Castelo, em 1820, e faleceu no Rio de Janeiro em 23 de Janeiro de 1881. Cedo manifestou, aos 9 anos, as suas primeiras aspirações de compositor, com a ópera «Miserere». Em 1838, emigrou para o Brasil, onde esteve alguns anos, viajando pelas Américas e realizando com grande aplauso, concertos em Nova Yorque e em Filadélfia. Regressou à pátria em 1850, já com os seus créditos firmados de notável violinista e inspirado compositor, seguindo-se uma vasta obra literária e musical, executada principalmente em Lisboa e no Porto. Apresentou-se pela primeira vez no Teatro de S. João, nesta cidade, em 1856, num concerto em que obteve entusiásticas ovações. Entretanto, um artigo assinado com pseudónimo, e atribuído a Arnaldo Gama, tratava-o duramente, o que provocou rija polémica, publicada em volume, com o título de «Questão Noronha», em que interveio o próprio Camilo. Pouco depois voltou ao Brasil, regressando a Portugal em 1859, na esperança de fazer aqui representar a sua ópera «Beatriz de Portugal», inspirada em «Um Auto de Gil Vicente», de Almeida Garrett. Não alcançou este seu desejo, mas colheu fartos aplausos em concertos que deu em Lisboa e depois no Porto. Aqui conseguiu finalmente fazer representar a sua ópera, no Teatro de S. João. Nesta cidade se conservou até 1867, sempre aplaudido, designadamente nos serões musicaís do Palácio de Cristal. Também com grandes dificuldades, pôde, em 1867, pôr em cena a sua segunda ópera «O Arco de Sant'Ana», no Teatro de S. João, com colossal êxito, e depois em Lisboa, no Teatro de S. Carlos, no ano seguinte. Mas também esta sua composição levantou nova polémica. Depois no Brasil, em Lisboa e no Porto, sempre com sucesso, foram representadas composições teatrais suas, e fez-se ouvir e aplaudir no violino. Não é possível fazer aqui a resenha desses seus trabalhos, porque nos levaria a tarefa muito longe. ("Toponímia Portuense" de Andrea da Cunha e Freitas)

Se quiser saber mais sobre Francisco de Sá Noronha pode consultar aqui





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