5.2.14

Largo MAESTRO MIGUEL ÂNGELO (Actualizado em Fevereiro 2014)


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Fotografia publicada no Flickr


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O Largo do Maestro Miguel Ângelo insere-se num conjunto habitacional onde existe igualmente a rua Carlos Dubini entre outras.
Este núcleo é conhecido também por Cooperativa "O Lar Familiar" e situa-se entre a rua do Professor Augusto Nobre e a rua Círiaco Cardoso. É constituído por um conjunto de casas unifamiliares em banda de dois pisos, foi projectado pelo arquitecto Mário Bonito em 1950.
Acredito que no início esta praça com um minúsculo jardim no seu centro era um local de encontro e de brincadeira dos meninos e das meninas que para lá foram habitar, quando lá passei, numa tarde solarenta estava completamente deserto.


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Se desejar saber mais sobre o Maestro Miguel Ângelo Pereira pode consultar esta página

Com a devida autorização e com os meus agradecimentos, publico em 2014 um texto da autoria do seu bisneto António Castilho Dias (https://www.facebook.com/antonio.castilho.dias)

 « UMA NOITE COM MIGUEL ÂNGELO PEREIRA (escrito em 24 MAI 2009)

Em 19 de Agosto de 2005 escrevi um texto intitulado “Miguel Ângelo Pereira - o meu talentoso bisavô” em que falava sobre os meus antepassados do lado paterno, com especial relevo para o meu bisavô cujo nome lhe deu o título.
Não vou agora repetir o que então escrevi nesse artigo, pelo que recomendo um pequeno esforço para o lerem ou relerem (pode ser visto nesta Cronologia no dia 08 OUT 2013).

Na altura referi que a Dr.ª Ana Maria Liberal estava a preparar a sua tese de doutoramento sobre essa personalidade que foi muito aclamada na época mas hoje está quasi totalmente esquecida. Penso que isso se deve, não à falta de qualidade da sua vasta obra como compositor (além de pianista, regente e pedagogo), mas à infeliz circunstância de a maior parte do seu espólio musical estar desaparecido (ou existir incompleto).
Entretanto, a referida especialista em História da Música, especialmente da música portuense na segunda metade do século XIX, defendeu a sua tese de doutoramento na Universidade de Santiago de Compostela em Setembro de 2006.
Penso que em 2007, encontrei-me com ela na Casa de Serralves onde me ofereceu um CD cujo conteúdo era o resultado do seu laborioso trabalho de cerca de quatro anos.
Mas, confesso que continuo esperançado que um dia essa obra seja publicada em livro e comercializada. Acho que Miguel Ângelo Pereira o merece.

Há poucas semanas recebi um convite para assistir à quinta e penúltima sessão do “Ciclo Cultural do Romantismo Portuense – Conferências Musicais – 2009” cujo tema era: “Visita a Miguel Ângelo Pereira e família”.
A organização pertencia à Faculdade de Direito da Universidade do Porto e à Juventude Musical Portuense – Porto.
Contactei alguns familiares também descendentes do músico e, na noite de 22 de Maio de 2009 lá estava eu preparado para ouvir as palavras de Ana Maria Liberal e, pela primeira vez, composições da autoria do ícone da família.
Além de mim, da minha mulher e de duas primas, apareceram mais quatro descendentes do homenageado que eu não conhecia, curiosamente da linha da ligação matrimonial do meu avô Américo, o quarto filho de Miguel Ângelo (eu pertenço à linha da ligação amorosa não oficial). Foi interessantíssimo o que conversamos.
Havia mais umas quinze ou vinte pessoas. Nessa noite acontecia um recital de Sequeira Costa na Casa da Música e ainda um outro evento musical importante, pelo que é provável que tenham contribuído para que comparecessem menos assistentes do que em outras conferências deste ciclo.
Um piano Steinway superiormente dedilhado pela pianista sueca Rosgard Lingardsson, a cantora lírica Cecília Fontes, um jovem quarteto de cordas e um grupo coral de sete ou oito elementos também novos em idade, e que era integrado por um só membro do sexo masculino, eram os intervenientes na execução de várias obras (ou fragmentos) de Miguel Ângelo, a maior parte, mas também do seu filho mais velho, Rafael e do mais novo, Virgílio. Este foi, curiosamente, professor no Liceu que eu, muitos anos mais tarde, frequentei – o Alexandre Herculano.
No total foram executadas doze peças que entremeavam com as palavras da conferencista.
Foi a primeira vez que escutei músicas da autoria do meu bisavô, do qual ouvia falar desde tenra idade. 
Obviamente que sou suspeito (além de leigo na matéria), mas achei que o velho Miguel Ângelo era, de facto, um músico de enorme talento.
Fiquei maravilhado!
Por tudo o que aqui escrevi devem compreender que esta tenha sido para mim uma noite inolvidável. » 

2 comentários:

António disse...

Como bisneto do maestro, tenho muita honra em que o nome dele conste da toponímia do Porto.
António Castilho Dias

António disse...

Muito bem!
Aprovado com distinção e louvor.

António Castilho Dias