19.7.12

Rua da MEDITAÇÃO

210712

Outrora esta artéria que liga a Rotunda ao Cemitério teve o nome de rua do Cemitério.

Ainda me lembro dela, nos dias de Fieis, pejada de gente vestida de negro. Os vendedores de castanhas na esquina da rotunda, era praticamente impossível o trânsito automóvel. 
Parecia um dia de romaria. Gente para um lado, gente de volta. Uns iam acender as tigelinhas de barro, outros iam namorar, não era raro encontrarem-se magalas vestidos de cinzento com moçoilas. Os passeios estavam ocupados pelos crisântemos à porta das floristas e pelos homens à porta das tabernas. 
Os outros comerciantes que existiam nesta rua eram os marmoristas, mas estavam fechados nesse dia. 
A minha mãe ia sempre à mesma florista comprar as flores para a campa da minha avó materna. 
Depois, à volta para casa, passávamos nas campas dos vizinhos ou dos amigos. 
Antes de chegar ao portão principal, fazia-se um desvio até ao jazigo onde a minha mãe dizia que estava enterrado o pai da mãe dela.





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