Outrora esta artéria que liga a Rotunda ao Cemitério teve o nome de rua do Cemitério.
Ainda me lembro dela, nos dias de Fieis, pejada de gente vestida de negro. Os vendedores de castanhas na esquina da rotunda, era praticamente impossível o trânsito automóvel.
Parecia um dia de romaria. Gente para um lado, gente de volta. Uns iam acender as tigelinhas de barro, outros iam namorar, não era raro encontrarem-se magalas vestidos de cinzento com moçoilas. Os passeios estavam ocupados pelos crisântemos à porta das floristas e pelos homens à porta das tabernas.
Os outros comerciantes que existiam nesta rua eram os marmoristas, mas estavam fechados nesse dia.
A minha mãe ia sempre à mesma florista comprar as flores para a campa da minha avó materna.
Depois, à volta para casa, passávamos nas campas dos vizinhos ou dos amigos.
Antes de chegar ao portão principal, fazia-se um desvio até ao jazigo onde a minha mãe dizia que estava enterrado o pai da mãe dela.
Sem comentários:
Enviar um comentário