Nasci no Porto. Desde muito jovem percorri ruas e lugares. Frequentei pessoas e acontecimentos. Afastei-me da cidade. Voltei ao lugar onde vi a Luz. Com o passar do Tempo libertei-me de um certo bairrismo. A cidade não é minha, mas eu sou desta terra.
18.2.16
Cabines telefónicas úteis?
Ou simplesmente mobiliário urbano vandalizado?
Pessoalmente penso que nos dias que correm as cabines telefónicas abandonadas só demonstram o estado de incúria nas ruas da cidade.
A PT usava as cabines telefónicas para outros fins que não eram só a disponiblização de um telefone fixo no espaço público. Usava-as também para fornecer outros serviços aos moradores das redondezas, nomeadamente Internet por linha telefónica (ADSL e suas variantes), e ainda para alojar outros equipamentos que não tivessem a ver com o fornecimento de serviços aos clientes finais, mas que são de grande importância para o bom funcionamento da sua rede de telecomunicações (nomeadamente equipamentos de transmissão por cabo de cobre ou por fibra ótica).
As cabines telefónicas eram consideradas parte de um serviço público, que o operador de telecomunicações tinha a obrigação de fornecer, por imposição legal, quer desse lucro, quer desse prejuízo. Em troca, o operador recebia uma indemnização do Estado, de acordo com um protocolo assinado entre ele e o próprio Estado. Ora, há poucos anos, a disponibilização de cabines telefónicas deixou de fazer parte do serviço público de telecomunicações. Ainda por cima, esta obrigação de fornecer um serviço público foi retirada à PT e entregue à antiga ZON, atual NOS. Com toda a certeza, a PT não está interessada em manter as cabines a funcionar, dado que elas agora são muito pouco usadas (toda a gente tem telemóvel) e são alvo de constantes atos de vandalismo, com as consequentes despesas de reposição do serviço e evidente prejuízo para a empresa. É provável (e aqui estou a especular) que a PT tenha retirado todos os equipamentos que possuía nas cabines (debaixo do chão ou nas próprias colunas), para os instalar em armários de rua encostados às casas, e tenha deixado as cabines ao abandono, como mamarrachos inúteis. As suas fotografias, desta cabine na Praça de Carlos Alberto, sugerem que foi isto mesmo o que aconteceu. O que lá ficou foi um pedaço de sucata, que só serve para os cães lhe urinarem em cima. A CMP devia obrigar a PT a retirar as cabines, ou então retirava-as ela mesma e mandava a conta à PT. Tal como isto está é que não pode ser.
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A PT usava as cabines telefónicas para outros fins que não eram só a disponiblização de um telefone fixo no espaço público. Usava-as também para fornecer outros serviços aos moradores das redondezas, nomeadamente Internet por linha telefónica (ADSL e suas variantes), e ainda para alojar outros equipamentos que não tivessem a ver com o fornecimento de serviços aos clientes finais, mas que são de grande importância para o bom funcionamento da sua rede de telecomunicações (nomeadamente equipamentos de transmissão por cabo de cobre ou por fibra ótica).
As cabines telefónicas eram consideradas parte de um serviço público, que o operador de telecomunicações tinha a obrigação de fornecer, por imposição legal, quer desse lucro, quer desse prejuízo. Em troca, o operador recebia uma indemnização do Estado, de acordo com um protocolo assinado entre ele e o próprio Estado. Ora, há poucos anos, a disponibilização de cabines telefónicas deixou de fazer parte do serviço público de telecomunicações. Ainda por cima, esta obrigação de fornecer um serviço público foi retirada à PT e entregue à antiga ZON, atual NOS. Com toda a certeza, a PT não está interessada em manter as cabines a funcionar, dado que elas agora são muito pouco usadas (toda a gente tem telemóvel) e são alvo de constantes atos de vandalismo, com as consequentes despesas de reposição do serviço e evidente prejuízo para a empresa. É provável (e aqui estou a especular) que a PT tenha retirado todos os equipamentos que possuía nas cabines (debaixo do chão ou nas próprias colunas), para os instalar em armários de rua encostados às casas, e tenha deixado as cabines ao abandono, como mamarrachos inúteis. As suas fotografias, desta cabine na Praça de Carlos Alberto, sugerem que foi isto mesmo o que aconteceu. O que lá ficou foi um pedaço de sucata, que só serve para os cães lhe urinarem em cima. A CMP devia obrigar a PT a retirar as cabines, ou então retirava-as ela mesma e mandava a conta à PT. Tal como isto está é que não pode ser.
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