Nasci no Porto. Desde muito jovem percorri ruas e lugares. Frequentei pessoas e acontecimentos. Afastei-me da cidade. Voltei ao lugar onde vi a Luz. Com o passar do Tempo libertei-me de um certo bairrismo. A cidade não é minha, mas eu sou desta terra.
31.12.08
O sítio onde se vendia o pão de trigo da terra
Os velhos alfarrábios ensinam-nos que o planalto onde, nos nossos dias, se localiza a Praça da Batalha era, ainda nos séculos XVI e XVII, constituído por várias propriedades e campos de cultivo. Num desses campos, o de Lamelas, costumava parar a célebre procissão do Corpus Christi em que "os hortelãos e lavradores da freguesia de Santo Ildefonso" participavam, em lugar do honra.
No planalto a Ocidente, ou seja, no lado oposto, os terrenos compreendidos entre a antiga Porta do Olival e as praças hoje denominadas de Carlos Alberto e de Gomes Fernandes eram áridos e secos. Quer dizer: num lado havia bucolismo, hortas verdejantes, jardins floridos; no outro crescia o vime, um ou outro carvalho e oliveiras à sombra das quais trabalhavam os cordoeiros. A cordoaria do bispo começou a funcionar por aquelas bandas já no século XIV.
Curiosamente, é no lado Oriental que ainda hoje encontramos, na toponímia local, resquícios desse longínquo passado: Rua das Oliveiras e Largo do Moinho de Vento, são dois exemplos. Há um documento do século XVII, referente a "umas estalagens nos Ferradores" (actual Praça de Carlos Alberto) que mencionam um "Caminho do Moinho de Vento" que não deve ser outro senão aquele que, em 1647 (ano a que se refere o referido documento) partia "…do terreiro e ermida da Graça para a estrada de Santo Ovidio", hoje Rua dos Mártires da Liberdade. O antiquíssimo caminho do Moinho de Vento correspondia, como o leitor facilmente adivinhou, à Rua de Sá Noronha dos nossos dias.
Dentro do contexto urbanístico deste planalto, o Campo da Via Sacra, como era denominada a actual Praça de Guilherme Gomes Fernandes, era um dos mais concorridos logradouros destes sítios. Tinha aquela designação porque era ali que se situava a última estação de uma Via Sacra. Por isso, também era conhecido por Calvário Velho para se distinguir do novo que ficava na actual Rua do Dr. Barbosa de Castro, à Cordoaria. Devido à proximidade com o extinto convento das Carmelitas de S. José e Santa Teresa, este espaço também teve a designação de Largo e Praça de Santa Teresa. E foi exactamente aqui que se realizou a célebre feira do pão a que alude um leitor em amável carta que me dirigiu, perguntando quando começou esse mercado e em que ano terminou.
A tradição, no Porto, da venda de pão em feiras é muito antiga e não se sabe bem quando começou. Mas sabe-se, por exemplo, que já a 14 de Março de 1584 era publicado um acórdão municipal, se assim se lhe pode chamar, em que se determinava que "as medideiras da feira do Pão, messão em gamellas fora das casas no meio da praça, quando não chover, sob pena de multa…" Esta lei, se assim pode dizer-se, que obrigava as "medideiras" a trabalhar na praça e que tinha por finalidade impedir roubos ou outras falcatruas, ainda estava em uso quando, nos meados do século XIX, ainda se fazia a feira do pão no antigo Largo de Santa Teresa e a da farinha, na Praça dos Voluntários da Rainha, actual Praça de Gomes Teixeira. No ano seguinte (1585), foi publicada nova legislação, desta vez contra "as pessoas que misturarem o pão trigo de fora com o da terra e que quem vender hum não possa vender o outro…"
Nos meados do século XIX, a feira do pão funcionava no espaço da actual Praça de Guilherme Gomes Fernandes que, segundo relatos da época, mantinha a configuração geométrica de um triângulo mas que se assemelhava mais a um adro de igreja do que a um logradouro público.
As barracas onde se vendia o pão estavam dispostas ao centro do amplo terreiro e, embora o mercado fosse mais concorrido às terças-feiras e sábados, por causa de outras feiras que se realizavam na cidade, havia quem ali viesse todos os dias vender o célebre pão da terra confeccionado com farinha que era moída nos moinhos a água da região de Valongo. Esta era, efectivamente, a terra do pão. Era de lá que vinham as padeiras, encarrapitadas em burros com duas enormes canastras sobre o dorso do animal cheias do saboroso pão da terra. O produto mais procurado eram os célebres "pães de Valongo" que pesavam cerca de meio quilo e eram vendidos, nos finais do século XIX, a 75 reis cada um. Mas a variedade era imensa e para todos os gostos. Vendiam-se também, e em abundância, o nosso muito conhecido "pão molete", regueifas, tosta (doce e azeda) boroa, pão podre, pão coado, biscoitos de várias qualidades e feitios como os de argola, que eram muito procurados por moços e moças dos arrabaldes.
O rápido desenvolvimento urbanístico da cidade e, em especial, do chamado Bairro das Carmelitas ditou o fim da pitoresca feira do pão. Nos começos do século XX, os abarracamentos começaram a ser demolidos e as ladinas padeiras de Valongo instalaram-se na ala sul do Mercado de Anjo, entretanto também já desaparecido. Coisas da vida de uma cidade...
16.12.08
Actualizações
Rua da Picaria
Rua Dr. Alves da Veiga - Informação biográfica.
Jardim do Carregal, também conhecido por Jardim Carrilho Videira - nota biográfica de José Carrilho Videira.
12.12.08
Praça de LISBOA
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2.12.08
Rua DELFIM FERREIRA
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O Edifício da Peugeot nesta artéria (1968-1972) foi projectado pelo arquitecto Eugénio Alves de Sousa.
29.11.08
Rua Dr. PEDRO DE SOUSA
A antiga Viela da Neta
26.11.08
Campo da CONSTITUIÇÃO
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De Ruas do Porto |
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História
No final do ano de 1911 o FC Porto foi informado de que teria que desocupar o Campo da Rua da Rainha, já que no local seria construída uma fábrica. Começou-se então a procurar um espaço adequado às novas instalações e com facilidade se encontrou um terreno próximo à Rua da Rainha (cujo nome havia já sido alterado, após a Implantação da República, para Rua de Antero de Quental), na Rua da Constituição. Em Julho de 1912 é dado o aval em assembleia-geral e o terreno é alugado por 350 escudos anuais. Nele é construído um campo de futebol, inaugurado no dia 1 de Janeiro de 1913 (embora o torneio oficial de inauguração tenha acontecido apenas entre os dias 26 e 28 do mesmo mês). A sede já havia sido transferida da Rua da Rainha para a Constituição em Novembro de 1912. Em 1914 é inaugurado um ringue de patinagem, que três anos depois é substituído por um campo de ténis.
Durante um largo período, o Campo da Constituição serviu também de casa a outros clubes, como o Salgueiros, o Vilanovense ou o Sporting de Espinho, a quem o FC Porto subalugava as instalações. Contudo, o FC Porto cresceu rapidamente e, em cerca de duas décadas, o Campo da Constituição tornou-se pequeno demais para o clube. Em 1933 foi apresentada em assembleia-geral a proposta de aquisição de terrenos para um novo estádio. O Estádio das Antas só ficaria pronto em 1952, pelo que, desde a década de 30 e até à inauguração do novo estádio, o FC Porto teve muitas vezes necessidade de jogar em campo emprestado, por vezes no Amial, do Sport Progresso, mas sobretudo no Estádio do Lima, do Académico.
Em 1952 deu-se a mudança definitiva para as Antas. A sede já havia sido transferida, em 1933, para a actual praça Humberto Delgado. O Campo da Constituição encontra-se ainda hoje em actividade, servindo de casa aos escalões de formação do FC Porto.»
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25.11.08
Alameda AQUILINO RIBEIRO
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AQUILINO RIBEIRO
Aquilino Ribeiro fez um discurso para o Banquete no Clube dos Fenianos Portuenses que aparentemente foi a sua última intervenção publica. Podem encontrá-lo nesta página do blogue.
Esta artéria começa na rua Aires de Gouveia Osório
- sem saída.
24.11.08
Rua TOMÁS RIBEIRO
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Tomás António Ribeiro Ferreira nasceu em Parada de Gonta, a 1 de Julho de 1831, filho de João Emílio Ribeiro Ferreira e de Maria Amália de Albuquerque, um casal de lavradores moradores no lugar de Parada.
Concluiu os seus estudos preparatórios no Liceu de Viseu, tendo de seguida ingressado no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Em Coimbra, integrou-se no grupo de O Novo Trovador e no círculo de António Feliciano de Castilho, cultivando amizades e influências que o acompanhariam ao longo das suas carreiras política e literária. Concluiu o seu curso de Direito em 1855, deixando à entrada do Penedo da Saudade um poema de despedida que ainda hoje ali se encontra, gravado numa das rochas daquele local[1].
Iniciou a sua vida profissional como advogado em Tondela, onde, pertencendo ao Partido Regenerador, foi nomeado presidente da Câmara Municipal. Também exerceu as funções de administrador municipal do Sabugal[2].
Pouco depois de iniciar a sua vida profissional, casou com Maria da Glória Loureiro Correia Castelo Branco, mas foi com a inglesa Ann Charlotte Syder que teve filhos, um dos quais foi a poetisa Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro (8 de Julho de 1880 — 22 de Março de 1945). Esta filha casou com o ceramista Jorge Rey Colaço e sob o nome de Branca de Gonta Colaço foi uma poetisa de mérito.
Capitalizando a sua experiência municipal em Tondela, nas eleições gerais de 22 de Abril de 1861 (13.ª legislatura) foi eleito deputado por aquele círculo, iniciando a sua carreira política em Lisboa. Entretanto, tinha-se revelado um publicista de mérito, colaborando em múltiplos periódicos e mantendo uma apreciável actividade literária. Mantinha contacto com alguns dos expoentes intelectuais da sua geração de Coimbra, com destaque para Alexandre Braga, Silva Gaio e Bento Marecos.
Já era deputado quando publicou em 1862 a obra D. Jaime ou a dominação de Castela, um poema inspirado nas rivalidades entre Portugal e Espanha e de carácter marcadamente anti-iberista, o que na ocasião estava longe de ser politicamente correcto. Com esta publicação Tomás Ribeiro foi projectado para a ribalta literária, não apenas devido ao mérito intrínseco da sua obra, mas também devido a uma elogiosa Conversação preambular da autoria de António Feliciano de Castilho que prefaciava a obra. Nesse prefácio, Castilho considera o jovem autor comparável a Luís de Camões, afirmando que o poema é mais adequado ao ensino da língua portuguesa que Os Lusíadas. O poema foi um grande êxito, com sucessivas edições em Portugal e no Brasil. Valeu-lhe logo em 1862 a eleição para sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.
O louvor de Castilho, num prefácio longo em que exalta a autenticidade nacionalista e a simplicidade natural da obra de Tomás Ribeiro, foi um dos pretextos que levaria anos depois, em 1865, a despoletar o choque latente entre os poetas do Romantismo e a nova geração de intelectuais na célebre Questão Coimbrã. Este conflito literário e cultural opôs, de um lado, os poetas românticos, e de outro, os jovens escritores e poetas que pugnavam pela abertura literária de Portugal ao Realismo, corrente que já dominava na literatura europeia, com destaque para a francesa, a tradicional cultura de referência da intelectualidade portuguesa.
Embora Tomás Ribeiro, então deputado em exercício, não tivesse tomado parte activa naquela polémica, limitando-se a pronunciar no Parlamento uma intervenção em que lamentava a falta de respeito dos jovens para com as cãs e glórias proclamadas e reconhecidas, a apreciação da sua obra D. Jaime esteve no centro da discórdia.
No parlamento revelou-se um orador de mérito, participando em diversas comissões parlamentares e intervindo assiduamente nos trabalhos, com destaque para a resposta ao Discurso da Coroa de 1862 em que como deputado da oposição atacou violentamente o Governo, numa intervenção de grande qualidade parlamentar. Quando em 1864 os estudantes da Universidade de Coimbra fizeram greve em protesto contra a não concessão de uma passagem administrativa de ano, no incidente que ficou conhecido pela Rolinada, Tomás Ribeiro foi o único parlamentar que se levantou em sua defesa.
Nas eleições gerais de 11 de Setembro de 1864 voltou a ser eleito pelo círculo uninominal de Tondela, prestando juramento no Parlamento a 14 de Janeiro de 1865. Dissolvido o parlamento, voltou a ser eleito pelo círculo de Tondela nas eleições gerais de 8 de Julho de 1865. Nesta legislatura coube-lhe apresentar, como relator, o parecer da Comissão de Legislação sobre a proposta de lei da liberdade de imprensa, na qual defendeu a posição governamental. Tomou esse mesmo posicionamento na defesa de um conjunto de obras públicas de iniciativa governamental, afirmando-se como um deputado interventor e influente[3].
Apesar disso, e do prestígio que conquistara na actividade literária e jornalística, ocorrida a Janeirinha, nas eleições gerais de 1868 foi largamente batido no seu círculo de Tondela pelo lente de Coimbra António Gonçalves da Silva e Cunha. Ficava assim interrompida a sua carreira parlamentar, num interregno que duraria sete anos, já que apenas voltaria a ser eleito deputado nas eleições gerais de 1874.
Tendo ficado fora do parlamento, continuou a sua actividade no campo administrativo, ingressando no funcionalismo público. Quando Januário Correia de Almeida, o 1.º visconde de São Januário, foi em 1870 nomeado governador da Índia Portuguesa, Tomás Ribeiro foi escolhido para o acompanhar com o cargo de secretário-geral do governo daquela colónia.
Em Goa destacou-se pela sua acção a favor da cultura portuguesa, tendo fundado em 1871 o Instituto Vasco da Gama, uma instituição destinada a promover e reforçar a cultura literária goesa. O Instituto Vasco da Gama foi o primeiro passo significativo do governo para fomentar e apoiar as ciências e as letras em Goa, tendo-lhe sido atribuído um edifício para instalação da sua sede e apoio financeiro para a publicação de um boletim mensal com o título do próprio instituto. Renovado em 1924, foi em torno do Instituto Vasco da Gama que se promoveu uma fase áurea da literatura indo-portuguesa, nas áreas do ensaio, do texto de intervenção jornalística, na historiografia e na poesia[4].
Em 1872, de regresso a Lisboa, foi nomeado governador civil do distrito de Bragança, cargo que exerceu entre 1 de Agosto de 1872 e 25 de Novembro de 1873.
Nas eleições gerais de 12 de Julho de 1874 voltou a ser eleito deputado, desta feita pelo círculo uninominal de Braga, prestando juramento a 11 de Janeiro de 1875. Este seu regresso ao parlamento seria duradouro pois foi sucessivamente reeleito nas eleições gerais de 1878 por Mangualde, de 1879 por Nisa e de 1881 por Lamego e pelo [Sabugal]]. Nesta última legislatura não chegou a prestar juramento, pois entretanto, por carta régia de 29 de Dezembro de 1881, fora elevado à dignidade de Par do Reino, tomando assento na Câmara dos Pares a 25 de Janeiro de 1882.
Nesta fase da sua vida parlamentar atingiu uma posição de grande influência na vida política, pertencendo a numerosas comissões parlamentares e cabendo-lhe algumas das intervenções mais marcantes da respectiva bancada. Reflexo dessa importância foi a sua sucessiva inclusão nos elencos governamentais: Ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça entre 15 de Novembro e 13 de Dezembro de 1878 e Ministro da Marinha e Ultramar entre 29 de Janeiro de 1878 e 1 de Maio de 1879, no gabinete regenerador presidido por Fontes Pereira de Melo; Ministro do Reino entre 14 de Novembro de 1881 e 24 de Outubro de 1883 e Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, de 19 de Novembro de 1895 a 20 de Fevereiro de 1886, num novo gabinete regenerador também presidido por Fontes Pereira de Melo.No entretanto exerceu por um período curto as funções de governador civil do distrito do Porto, permanecendo naquele cargo entre 2 de Abril e 29 de Dezembro de 1881.
Tendo ingressado na Câmara dos Pares, a sua intervenção parlamentar manteve-se intensa, participando em diversas comissões e na discussão de temas relacionados com as colónias e com os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Voltaria a ser chamado a integrar o elenco ministerial em 1890 quando foi nomeado novamente Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria do executivo presidido por João Crisóstomo de Abreu e Sousa, permanecendo no cargo entre 13 de Outubro de 1890 e 21 de Maio de 1891.
Quando em 1895 se restabeleceram as relações diplomáticas entre Portugal e o Brasil na sequência da ruptura verificada em 1893, coube a Tomás Ribeiro ser nomeado ministro junto do governo brasileiro. No Rio de Janeiro teve um importante papel na normalização das relações políticas entre os dois Estados lusófonos.
Desempenhou também os cargos de director-geral do Ministério da Justiça, presidente da Junta de Crédito Público e vogal do Tribunal de Contas, empregos que manteve por largos anos.
Escreveu, para além do D. Jaime (1862), as obras A Delfina do Mal (1868), Sons que Passam (1868), Vésperas (1880), Dissonâncias (1890), e as crónicas reunidas em Jornadas (1873). Esta última obra, a par da peça dramática A Indiana (1873) e vários poemas coligidos no volume Vésperas reflectem a sua experiência na Índia Portuguesa, em particular a vivência como administrador colonial em Goa, sendo nelas patente um certo gosto pelo exotismo, ainda ao jeito romântico.
Publicou também alguns ensaios históricos, entre os quais D. Miguel, a Sua Realeza e o Seu Empréstimo Outrequin e Jauge (1880) e História da Legislação Liberal Portuguesa (1891-1892).
A sua obra A Delfina do Mal foi levada à cena no Teatro D. Maria II, conseguindo assinalável sucesso. Também o poema A Judia, incluído no seu livro de poesia Sons que Passam (1868), foi muito celebrado nos salões sociais da época, tendo sido musicado e transformado numa canção ultra-romântica com alguma popularidade.
Com uma obra literária que se insere plenamente no romantismo português da Regeneração, Tomás Ribeiro pode ser com justiça considerado como o poeta lírico mais representativo da fase de dissolução da corrente literária e estética que vinha desde O Novo Trovador e findou no plano doutrinário com a Questão Coimbrã e no plano lírico com a poesia de João de Deus.
Embora tivesse chegado a ser visto como um poeta realista, por mais tarde, ter assimilado também algumas características do realismo, contudo Tomás Ribeiro nunca abandonou o fundo melodramático característico do ultra-romantismo. Apesar de alguns críticos o considerarem discípulo de Charles Baudelaire, o certo é que Tomás Ribeiro nada tem a ver com os precursores da Escola Nova, sendo antes o expoente do ultra-romantismo literário português.
Na Academia das Ciências de Lisboa Tomás Ribeiro foi feito sócio a 11 de Dezembro de 1862 e chegou a presidente da Classe de Letras e a vice-presidente da instituição.
Amigo de Camilo Castelo Branco, que visitou em São Miguel de Seide, prefaciou alguns dos livros do romancista, dedicou-lhe a obra Dissonâncias (1890) e auxiliou-o na doença, recebendo-o na sua quinta de Carnaxide.
Em Carnaxide foi um dos maiores incentivadores do culto de Nossa Senhora da Rocha, tendo estimulado a construção do santuário e de várias outras obras de benefício para a população local.
Associada à sua carreira política e literária, Tomás Ribeiro desenvolveu grande actividade no jornalismo, afirmando-se como um publicista de relevo. Colaborou nos periódicos Gazeta de Portugal, Gazeta Comercial, Artes e Letras, Brasil-Portugal, Mala da Europa, Revista Contemporânea, Almanaque de Lembranças, Actualidade, Jornal de Viseu e noutros jornais e revistas por onde dispersou alguns dos seus contos e poesias. Colaborou também no Jornal das Colónias usando o pseudónimo de Tomé de Diu[5].
Em 1885 fundou, com Luciano Cordeiro, o semanário político Repúblicas, do qual foi director político, cabendo a Camilo Castelo Branco o cargo de director literário. Em 1889 fundou o diário O Imparcial, a que se seguiu A Opinião, periódicos que duraram pouco tempo.
Manteve ao longo da sua carreira uma ligação estreita à sua aldeia natal de Parada de Gonta, que lhe serviu de inspiração para diversos poemas e que apelidava de fresca aldeia formosa. Foi por influência de Tomás Ribeiro que o lugar foi elevado à categoria de freguesia por decreto de 29 de Maio de 1884 e foi dotado de uma Escola Primária que recebeu o nome do então chefe do Governo Fontes Pereira de Melo. Também doou a casa onde nascera para ser instalada uma Estação de Correios, que ainda ali se localiza, e conseguiu que a freguesia fosse servida por uma estação do caminho-de-ferro tendo presidido como Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria à sua inauguração em 1885. Também foi por sua influência que em 1894 foi inaugurada a igreja paroquial da localidade.
Tomás Ribeiro faleceu em Lisboa no dia 6 de Fevereiro de 1901, tendo sido sepultado no Cemitério dos Prazeres daquela cidade.
No ano de 1981, uma sua neta, Cristina de Gonta Colaço, publicou na série intitulada Postais de Parada de Gonta, um artigo inserto no jornal Folha de Tondela (n.º 279), dando notícia que tinha encontrado em Parada de Gonta, na casa de família, a seguinte notícia:
- No dia 13 de Agosto de 1907, foram exhumados do modesto coval do Cemitério dos Prazeres os ossos do meu saudoso páe. Assisti eu, o Jorge e o meu tio Francisco Calvente. A pequena urna ficou depositada no jazigo d’este último, tendo aparafusada uma chapa com o número 25.141. D’ali seguirá para Parada de Gonta, conforme era desejo do grande poeta Thomaz Ribeiro, de quem eu sou filha saudosíssima. Branca de Gonta Colaço.
Aproveitando aquela informação, quando em 1982 foi comemorado o 150.º aniversário do nascimento do poeta Tomás Ribeiro, as forças vivas de Parada de Gonta prestaram-lhe homenagem efectuando a transladação dos seus restos mortais para um jazigo que então foi construído no cemitério da sua fresca aldeia formosa.
Tomás Ribeiro é recordado na toponímia de múltiplas localidades portuguesas, com destaque para Parada de Gonta e para Tondela, que também lhe dedica a sua Biblioteca Municipal. É patrono de escolas em Tondela e Parada de Gonta.
Rua JOÃO RAMALHO
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Já teve o nome de Rua Particular da Rua Nova da Constituição
Rua AGOSTINHO DE CAMPOS
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23.11.08
Da Boavista à Trindade
Mas, ao fim e ao cabo, de que trata o referido opúsculo ? Nem mais nem menos do que a tentativa da Companhia de Carris de Ferro do Porto - antecessora da que é hoje a STCP - de embargar judicialmente as obras que decorriam na Avenida da França para colocação das linhas férreas no sentido de trazer até à Trindade os comboios da Linha da Póvoa que, na época, ligava também a Famalicão, à Trofa, a Guimarães e a Fafe. Os dois ilustres causídicos defenderam na barra dos tribunais a causa da então Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal - a dona da obra - e acabaram por vencer o pleito judicial.
Em 1927, esta última empresa, que posteriormente veio a ser integrada na CP(Caminhos de Ferro Portugueses), celebrou com o governo um contrato em que ficou obrigada a construir o prolongamento da linha férrea desde a estação da Boavista até à Trindade, um acto que foi calorosamente acolhido pela Câmara do Porto, a ponto dela se ter regozijado publicamente "por tão útil obra". O projecto ficou pronto e aprovado no final de 1928 e a 8 de Janeiro seguinte era publicado na folha oficial não apenas o projecto mas, igualmente, a declaração de utilidade pública urgente para expropriação dos terrenos necessários para o empreendimento. Meses depois, enquanto era aberto o túnel da Trindade, a Companhia decidiu instalar os carris desde a Estação da Boavista, atravessando, portanto, a Avenida da França.
Mas a Companhia de Carris de Ferro do Porto, "que se julga - diz-se na tal contraminuta de agravo - única e absoluta dona e senhora das ruas e praças do Porto, como um verdadeiro Estado dentro do Estado, lembrou-se de fazer embargar extra-judicialmente essas obras; e em seguida foi ao Juízo da 4ª Vara Cível requerer a ratificação desse pseudo embargo". Alegava que a Avenida da França estava incluída no âmbito da sua concessão, inclusivé chamando a atenção para um desenho que incluiu no processo referente à construção de uma linha ao longo daquela avenida. Nunca chegou a ser realidade. Os advogados dos "Caminhos de Ferro de Portugal" bateram-se pela sua dama e aquela acabou por poder, já com o beneplácito judicial, atravessar com os seus carris a Avenida da França. O comboio acabou por apitar na Trindade no início dos anos 40 numa gare um tanto ou quanto mal amanhada que acabou por ser definitiva até meados dos anos 90, altura em que os comboios foram substituídos pelo metro que cruza o local com duas linhas, uma delas subterrânea.
A Avenida de França conheceu, por seu turno, alterações de vulto durante o século XX. Teve uma passagem de nível que nos anos 70 foi substituída por uma passagem inferior daquela artéria portuense em relação às linhas de caminho de ferro; depois, já nos anos 90, quando da instalação do metro, foi este que foi enterrado em relação às faixas de rodagem da avenida. Ao tempo que isto já vai...
Publicado no Jornal de Notícias
Rua PROFESSOR BENTO DE JESUS CARAÇA
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Sobre Bento de Jesus Caraça (1901-1948)
Bento de Jesus Caraça nasceu em Vila Viçosa a 18 de Abril de 1901. Era filho dos trabalhadores rurais João António Caraça e Domingas da Conceição Espadinha. Revelou desde muito cedo uma grande capacidade e rapidez de aprendizagem que fizeram com que os seus estudos fossem apoiados pela família Albuquerque, de quem o pai de Caraça era feitor, em Vila Viçosa. Completou a sua instrução primária em 1911, tendo ido então para o Liceu de Sá da Bandeira, em Santarém, Aos 13 anos mudou-se para Lisboa, onde concluiu os seus estudos do ensino secundário em 1918, no Liceu Pedro Nunes.
Matriculou-se em 1918 no Instituto Superior de Comércio, posteriormente designado Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (I.S.C.E.F.), actual Instituto Superior de Economia e Gestão (I.S.E.G.). Concluiu a licenciatura em 1923. Entretanto, a partir de 1919, era 2º assistente do 1º grupo de cadeiras do ISCEF. Terminada a licenciatura em 1923, foi nomeado 1º assistente em 13 de Dezembro de 1924, tendo no ano lectivo de 1924-1925 regido a cadeira de «Matemáticas Superiores - Análise Infinitesimal, Cálculo das Probabilidades e suas Aplicações». Em 1927 foi nomeado professor extraordinário e, em 28 de Dezembro de 1930, foi nomeado professor catedrático da cadeira de «Matemáticas Superiores - Álgebra Superior. Princípios de Análise Infinitesimal. Geometria Analítica». Manteve a regência desta cadeira até à sua demissão compulsiva em 7 de Outubro de 1946.
A par da sua carreira académica, Bento Caraça desenvolveu uma intensa actividade política em acções contra o regime ditatorial de Oliveira Salazar (1889-1970), quer a nível clandestino, quer em movimentos legais e semi-legais. Foi membro da Liga Portuguesa contra a Guerra e o Fascismo, criada em 1934, do Movimento de Unidade Anti-Fascista (MUNAF), de que foi fundador em 1943, e do Movimento de Unidade Democrática (MUD), fazendo parte da sua comissão central em 1945. Em Setembro de 1946 foi-lhe instaurado um processo disciplinar pelo Ministro da Educação, na sequência da assinatura de um manifesto contra a admissão de Portugal na ONU. Em seguida foi expulso da cátedra universitária, sendo-lhe proibida a docência, no ensino público ou privado. Em Outubro desse ano foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), o que aconteceu de novo em Dezembro. Em 1948 foi preso pela terceira vez, juntamente com outros membros do MUD, que entretanto foi proibido. Interveio activamente na preparação da candidatura de Norton de Matos (1867-1955) à Presidência da República e em 25 de Junho morreu em sua casa.
Actividade Científica e Pedagógica
Bento de Jesus Caraça integrou o Conselho Administrativo da Universidade Popular Portuguesa desde a sua fundação em 1919, tendo assumido a sua presidência em Dezembro de 1928. Nesta Universidade reorganizou a biblioteca, criou um Conselho Pedagógico e fez várias conferências e cursos, entre os quais se podem destacar: “Curso de Comércio e Finanças”, em 1922; “Curso de Iniciação Matemática”, em 1931; conferência “As Universidades Populares e a Cultura” na Universidade Popular de Setúbal, em 1931; conferência “As bases fundamentais da Matemática, em 1931; conferência “A Cultura Integral do Indivíduo – Problema central do nosso tempo”, em 1933; conferência “A Arte e a Cultura Popular”, em 1936; conferência “Rabindranath Tagore”, em 1939; conferência “Leonardo da Vinci”, em 1943. Para além desta actividade na Universidade Popular, efectuou diversas conferências noutros organismos, entre as quais se destacam: “A Escola Única”, na Sociedade de Estudos Pedagógicos em 1935; “Aspectos do Conceito do Infinito”, no Centro de Estudos de Matemática da Faculdade de Ciências do Porto, em 1942; “Algumas reflexões sobre a Arte”, na Casa do Alentejo em 1943.
Em 1938 propôs ao Conselho Escolar do ISCEF, com os professores Mira Fernandes e Beirão da Veiga, a criação do Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia. Foi eleito director deste Centro até à sua extinção, em 1946. Este Centro foi o primeiro centro de estudos de Matemática fundado em Portugal, tendo promovido a realização de vários cursos e séries de conferências e colóquios. Através da actividade desenvolvida pelo Centro, incluindo o apoio a bolseiros e a participação em congressos, pretendia Bento Caraça combater o isolamento científico português.
Foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Matemática (S. P. M.), em Dezembro de 1940, sendo eleito Presidente na sua segunda direcção, em 1943, substituindo o professor Mira Fernandes. Foi eleito Delegado da SPM aos congressos da Associação Luso-Espanhola para o Progresso das Ciências, em 1942 e 1944. Criou e orientou a Comissão Pedagógica, organismo da SPM.
Fundou a Gazeta de Matemática em 1940, com os professores António Aniceto Monteiro (1907-1980), Hugo Ribeiro (1910-1988), José da Silva Paulo e Manuel Zaluar Nunes. Nesta publicação ficou responsável pela secção “Pedagogia”.
Em 1941 fundou a “Biblioteca Cosmos”, de que foi o único director, cujas publicações, num total de 114 títulos e 793 500 exemplares (tiragem média por livro de 6960 exs.), tiveram um grande sucesso. Nesta colecção publicou o seu livro Conceitos Fundamentais da Matemática, obra que constitui um marco importante na forma de abordagem da história da matemática e um exemplo de divulgação da matemática a um público não especializado. Esta obra continua a ser uma referência para quem se quiser iniciar nos aspectos técnicos, históricos e filosóficos desta ciência.
No campo do ensino e da investigação matemática destacam-se as obras: Interpolação e Integração Numérica (1933), Lições de Álgebra e Análise (1935), e Cálculo Vectorial (1937). Nas palavras de José Sebastião e Silva (1914-1972), “[Caraça] não foi um investigador, isto é, não foi um criador de ciência. E como poderia sê-lo, tendo sido nomeado assistente aos 18 anos (!) e professor catedrático aos 28, numa Escola da Universidade Técnica, onde grande parte da massa discente entrava com uma preparação deficientíssima em matemática? O que devemos admirar, sim, é o seu esforço de autodidacta, as suas invulgares qualidades de trabalho, de que as «Lições de Álgebra e Análise» são um dos frutos. E sinto-me inclinado a admitir que, sob esse aspecto, a sua actividade foi realmente criadora; isto é, sou levado a pensar que Bento Caraça criou, efectivamente, um estilo de ensino da matemática, de que eu próprio sou beneficiário.” (Diário de Lisboa, 25 de Junho de 1968). Foi um matemático humanista, que procurou humanizar o ensino da matemática, procurando integrá-lo no complexo cultural da sua época e tornando-o fascinante. Ainda segundo Sebastião e Silva, na juventude de Bento de Jesus Caraça não havia em Portugal uma escola de investigação matemática, “havia, quando muito, casos isolados de matemáticos investigadores. Um desses casos excepcionais foi Mira Fernandes, mestre e grande amigo de Caraça.” (Diário de Lisboa, 25 de Junho de 1968). Sebastião e Silva considerava que Caraça tinha sido influenciado pela escola matemática italiana, nomeadamente em duas ideias directrizes da sua obra: as suas preocupações de historicismo e as suas tentativas de interpretação do desenvolvimento científico pelo método dialéctico. A sua obra Lições de Álgebra e Análise, editada em 1935 e revista em 1945, provocou um grande impacto entre os estudantes da época, uma vez que apresentava a matemática com uma linguagem nova. A teoria analítica dos números era tratada de forma cativante e clara.
Publicações
“Sobre a intervenção do primeiro princípio de substituição dos infinitésimos no estabelecimento de algumas fórmulas fundamentais do Cálculo Diferencial”, Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa, Lisboa, 12 (20), Março de 1929.
“Sobre a aplicação de um grupo de fórmulas do Cálculo de Probabilidades na teoria dos Seguros de Vida”, Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa, Lisboa, 13 (23), Abril de 1930.
“A Vida e Obra de Evaristo Galois” , Economia e Finanças, Lisboa, 2 (2), Abril 1932.
“Interpolação e integração numerica”, Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa, Lisboa, 12 (24,25), Julho-Outubro de 1930, continua em Economia e Finanças, Lisboa, 2 (2, 3), Abril-Outubro de 1932.
“A luta contra a guerra”, Liberdade, Lisboa, 5 (181-182), Novembro de 1932.
“Primeira lição de um curso de Álgebra Superior”, Técnica, Lisboa, 47, Dezembro de 1932.
Globo, [semanário de que se publicaram apenas dois números], direcção, com José Rodrigues Miguéis.
“O único remédio”, Liberdade, Lisboa, 5 (206-207), Maio de 1933.
“A Cultura Integral do Indivíduo” problema central do nosso tempo”, Lisboa, Edições Mocidade Livre, 1933.
“Galileu Galilei, Valor Científico e Valor Moral da sua Obra”, Seara Nova, Lisboa, 12 (353, 354, 358, 360), Agosto-Setembro de 1933. Separata.
Lições de Álgebra e Análise, Lisboa, Oficinas Gráficas do I. S. C. E. F. e Sá da Costa, 1935-40, 2 vols.
“Crítica Científica. Ciências fisico-matematicas”, Seara Nova, Lisboa, 15 (463), Janeiro de 1936.
“A Arte e a Cultura Popular”, in REYS; Emma Romero Santos Fonseca da Câmara, Divulgação Musical, vol. 3, Lisboa, Imp. na Tip. da Seara Nova, 1936.
“Um dobre a finados”, O Diabo, Lisboa, 3 (105), Junho 1936.
“Organização Escolar”, Manifesto, Coimbra, 3, Julho 1936.
Cálculo vectorial, Lisboa, Publicações do Núcleo de Matemática, Física e Química, 1937, 1 vol.
“«A evolução da Física» de Albert Einstein e Leopold Infeld”, O Diabo, Lisboa, 5 (223), Dezembro 1938.
“Rebindranath Tagore”, Seara Nova, Lisboa, 18 (607, 608, 609), Abril 1939.
Conceitos Fundamentais da Matemática, Lisboa, Cosmos, 1941-1942, 2 vols.
Finalmente, inspirou e colaborou no primeiro número da inovadora Revista de Economia, que veio a público em Março de 1948, ano da sua morte. Publicou ainda outros textos em vários jornais e revistas da época, tais como Seara Nova, Vértice, Diabo, Liberdade, e República, bem como na Gazeta Matemática, desde o primeiro número, em 1940, até 1948.
Bibliografia
Gazeta de Matemática, Lisboa, vol. 141, Julho 2001.
NASCIMENTO, Ulpiano, “Caraça, Bento de Jesus”, in BARRETO, António; MÓNICA, Maria Filomena, Dicionário de História de Portugal, Porto, Figueirinhas, 1999, vol. VII, pp. 230-231.
PITA, António Pedro, “Para Situar a Filosofia da Cultura de Bento de Jesus Caraça”, Revista da Universidade de Coimbra, Coimbra, vol. XXXVII, 1992, pp. 112-127.
RESENDE, Jorge, “Bento de Jesus Caraça O Matemático e Lutador”, O Militante, 253, Julho/Agosto 2001.
SEBASTIÃO E SILVA, J., “Bento Caraça e o ensino da Matemática em Portugal”, Diário de Lisboa, 25 de Junho de 1968.
Universidade Popular de Setúbal, Conferências de Homenagem a Bento de Jesus Caraça, anos de 1981, 1996, 1997 e 1998, Setúbal, Universidade Popular de Setúbal, 1998.
Vértice, Revista de Cultura e Arte, Coimbra, Vol. XXVIII, 301-302-303, Out-Nov-Dez., 1968.
Vértice, Revista de Cultura e Arte, Coimbra, Vol. XXXVIII, 412-413-414, Set-Out-Nov., 1978.
Apontadores
Bento de Jesus Caraça, 1901/2001 – Um pensamento e uma Obra para o Novo Século
Bento de Jesus Caraça - Fundação Mário Soares
Vidas Lusófonas – Bento de Jesus Caraça
Bento de Jesus Caraça
Dicionário de Filosofia – Bento de Jesus Caraça
Centenário do nascimento de Bento de Jesus Caraça (1901-2001)
Sociedade Portuguesa de Matemática
Para a História da Sociedade Portuguesa de Matemática
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LIMA 5
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21.11.08
Rua do Professor CORREIA DE ARAÚJO
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