18.8.08

Rua FERNANDES TOMÁS

08|08|08|b

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Breve nota biográfica de Fernandes Tomás

"Manuel Fernandes Tomás [1771-1822] nasceu na Figueira da Foz, foi síndico e procurador fiscal do município da F. Foz, vereador, Juiz de Fora em Arganil (1800), Superintendente das alfândegas e dos tabacos (comarcas de Coimbra, Aveiro e Leiria - 1805), provedor da comarca de Coimbra (1808). Logo após, "abandonou o cargo com a entrada de Junot" [A Maçonaria na Figueira (1900-1935), Isabel Henriques, Museu, Biblioteca e Arquivos da Figueira da Foz, 2001, cuja biografia seguimos ], tendo organizado a defesa da vila da Figueira da Foz ("Wellington nomeou-o Intendente Geral dos Viveres no quartel geral de Beresford"). Pelos feitos que se notabilizou foi-lhe atribuído o cargo de Desembargador Honorário da Relação do Porto (1812). "Em 19.8.1818 fundou o Sinédrio [com José Ferreira Borges, João Ferreira Viana e José da Silva Carvalho], sociedade responsável pelo eclodir da revolução liberal de 24 de Agosto de 1820, que lhe renderia a legenda de Patriarca da Liberdade" (idem, ibidem). Deputado pelas Beiras às Constituintes, participou na elaboração da Constituição de 1822.

Manuel Fernandes Tomás, foi iniciado na maçonaria em data desconhecida, tendo pertencido à Loja Patriotismo, nº7 de Lisboa da qual foi Venerável, com o nome simbólico de Valério Publícola.
Em 1900, por decreto maçónico nº16, de 10 de Junho, foi fundada a Loja Maçónica Fernandes Tomás, nº 212 na Figueira da Foz, sob o rito francês e pelos auspícios do GOLU [in, A Loja Fernandes Tomás, nº 212 da Figueira da Foz (1900-1935), Divisão de Museu, Biblioteca e Arquivo da Figueira da Foz, 2001]. Depois de um período conturbado, com separação do GOLU e correspondente trabalho irregular, regressa novamente à Federação do GOLU, Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa, não se sabendo por falta de documentação no seu arquivo (idem, ibidem) se a partir de Dezembro de 1932 teve qualquer actividade. Fizeram parte da Loja até 1932, 112 obreiros, sendo de referir: [in obra citada]"

Publicado no Almocreve das Petas


Arquitectura:
O chamado edifício Ouro, situado nos números 47/107 desta artéria foi concluído em 1954, sendo o seu projecto (1950) da autoria dos arquitectos Mário Bonito e Rui Pimentel.

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