Antes de 1941 esta rua tinha o nome de Coronel Pacheco.
Mas quem foi o General Silveira?
"António da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira, Visconde de Canelas.
Mas quem foi o General Silveira?
Como de costume, fui passear pela página do Professor José Adelino Maltez, eis o que ele nos diz:
"António da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira, Visconde de Canelas.
Brigadeiro, irmão do 2º conde de Amarante. Ligado ao Sinédrio é um dos revolucionários vintistas. Presidente da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, surgida no Porto em 24 de Agosto de 1820. Vice-presidente da junta unificada surgida em Alcobaça, em 27 de Setembro de 1820. Implicado na martinhada de 11 de Novembro de 1820. Adere ao partido rainhista depois de 1823. Membro da junta revoltosa de Vila Real em 23 de Fevereiro de 1823. Era embaixador em Madrid, por ocasião da vilafrancada."
E encontrei mais em "O Portal da História" que está de novo disponível, após uma ausência de algum tempo.
"António da Silveira Pinto da Fonseca Coelho, (1.º visconde de Canelas).
n. 1 de Maio de 1770.
f. 18 de Outubro de 1858.
Fidalgo cavaleiro da Casa Real, acrescentado a fidalgo escudeiro, comendador da ordem de Cristo; condecorado com a medalha por 4 campanhas da guerra peninsular; grã-cruz da ordem de Carlos III, de Espanha, brigadeiro das antigas milícias.
N. a 1 de Maio de 1770, fal. na vila de Canelas a 18 de Outubro de 1858.
Foi presidente da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que se organizou na cidade do Porto em 24 de Agosto de 1820, e eficaz cooperador daquela revolução que estabeleceu o regime constitucional. Casou em primeiras núpcias a 19 de Agosto de 1793 com D. Maria Amália Pamplona Barreto de Miranda, filha de José Pamplona Carneiro Rangel Baldaia de Toar, moço fidalgo da Casa Real, acrescentado a fidalgo escudeiro pelo alvará de 7 de Julho de 1758, 11.º senhor da Casa de Beire, padroeiro abacial de Santo André do Sobrado;. cavaleiro da ordem de S. João de Jerusalém, e de sua mulher, D. Antónia Inácia Veloso Barreto de Miranda Correia de Araújo, senhora do morgado de Cabeda, em Vilar da Maçada. Enviuvando em 1837, passou a segundas núpcias a 7 de Fevereiro de 1839 com Ana Josefina Gallien de Chabons, filha dos viscondes de Chabons, fidalgos franceses. 0 título de visconde de Canelas foi concedido por D. João VI, em decreto de 3 de Julho, e carta de 23 de Novembro de 1823.
Transcrito por Manuel Amaral "
E como se falava de Sinédrio e do 24 de Agosto de 1820, tive que ir ler algumas notas que há uns meses o Jorge Rodrigues me disponibilizoue que aqui transcrevo:
"António da Silveira Pinto da Fonseca Coelho, (1.º visconde de Canelas).
n. 1 de Maio de 1770.
f. 18 de Outubro de 1858.
Fidalgo cavaleiro da Casa Real, acrescentado a fidalgo escudeiro, comendador da ordem de Cristo; condecorado com a medalha por 4 campanhas da guerra peninsular; grã-cruz da ordem de Carlos III, de Espanha, brigadeiro das antigas milícias.
N. a 1 de Maio de 1770, fal. na vila de Canelas a 18 de Outubro de 1858.
Foi presidente da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, que se organizou na cidade do Porto em 24 de Agosto de 1820, e eficaz cooperador daquela revolução que estabeleceu o regime constitucional. Casou em primeiras núpcias a 19 de Agosto de 1793 com D. Maria Amália Pamplona Barreto de Miranda, filha de José Pamplona Carneiro Rangel Baldaia de Toar, moço fidalgo da Casa Real, acrescentado a fidalgo escudeiro pelo alvará de 7 de Julho de 1758, 11.º senhor da Casa de Beire, padroeiro abacial de Santo André do Sobrado;. cavaleiro da ordem de S. João de Jerusalém, e de sua mulher, D. Antónia Inácia Veloso Barreto de Miranda Correia de Araújo, senhora do morgado de Cabeda, em Vilar da Maçada. Enviuvando em 1837, passou a segundas núpcias a 7 de Fevereiro de 1839 com Ana Josefina Gallien de Chabons, filha dos viscondes de Chabons, fidalgos franceses. 0 título de visconde de Canelas foi concedido por D. João VI, em decreto de 3 de Julho, e carta de 23 de Novembro de 1823.
Transcrito por Manuel Amaral "
E como se falava de Sinédrio e do 24 de Agosto de 1820, tive que ir ler algumas notas que há uns meses o Jorge Rodrigues me disponibilizoue que aqui transcrevo:
"SINÉDRIO - Grupo, que foi crescendo ao longo dos anos, de 13 personalidades civis, que preparou a Revolução Liberal de 24 de Agosto de 1820. Um dos membros; o fidalgo da Casa Real, do Conselho de S. M. Fidelíssima, provedor de Viana, desembargador da Relação do Porto (1850), Dr. José Maria Xavier de Araújo de Arcos de Val-de-Vez nasceu em 1786, filho de um desembargador, futuro autor, em 1846, de Revelações e Memórias para a História da Revolução de 24 de Agosto de 1820, e de 15 de Setembro do mesmo ano. Outro membro Manuel Fernandes Tomás,(1), desembargador da Relação do Porto, que vivia neste cidade em 1817 e convivia muito com dois amigos, José Ferreira Borges, (2), advogado da Relação e secretário da Companhia dos Vinhos e José da Silva Carvalho, (3), juiz dos Órfãos do Porto. Numa noite de Janeiro de 1818, estes três, com outro amigo o comerciante João Ferreira Viana, (4), redigiram os estatutos de uma sociedade a que chamaram Sinédrio. “Observar a opinião pública e a marcha dos acontecimentos; vigiar as notícias da vizinha Espanha; reunir-se no dia 22 de cada mês em um jantar na Foz, onde se daria parte dos sucessos acontecidos no mês passado e do que conviria fazer no futuro; guardar a maior lealdade uns para com os outros, e o mais inviolável segredo para com estranhos; que, se rompesse um movimento anárquico ou uma revolução, os membros do Sinédrio se combinariam para aparecer a conduzi-la para bem do país e da sua liberdade, guardada sempre a devida fidelidade à dinastia da Casa de Bragança.” Durante os anos de 1818 e 19 o número de membros foi aumentando. Foram então admitidos Duarte Lessa (5), José Pereira de Meneses (6), Francisco Gomes da Silva (7), João da Cunha Sotomaior (8), José Maria Lopes Carneiro (9), José Gonçalves dos Santos Silva (10). Em princípios de 1820 o Sinédrio ganhou alento com as notícias da sublevação da Galiza e a proclamação da Constituição de Cadiz à qual Fernando VII faz juramento. Entretanto já se tinham ganho um grande número de simpatizantes da causa entre os militares, responsáveis de milícias e poderosos regionais, entre estes António da Silveira Pinto da Fonseca que desconhecia a existência do Sinédrio mas que prometeu a adesão da sua família poderosa na província de Trás-os-Montes, do Coronel Cabreira comandante da artilharia do Porto. Em Janeiro de 1820 chega ao Porto Xavier de Araújo (11) que contava numerosas relações no Minho e foi admitido no Sinédrio, em Junho. A Revolução estava decidida para o dia 29 de Julho. O atraso foi devido ao facto do Coronel Cabreira ter recebido ordens do ministro da Guerra de enviar um destacamento da sua artilharia para Peniche. Julgou-se denunciado e traído, e deu parte do sucedido a António da Silveira, que por sua vez comunicou a João da Cunha e este ao Sinédrio, que encarregou o tenente-coronel Gil do Regimento de Infantaria 6 de ir entender-se com Cabreira. Cabreira recebeu muito mal este emissário, fingindo ignorar tudo o que se passava e respondendo que expusesse as circunstâncias por ofício. Gil saiu do encontro desesperado, recusando-se a tratar “com semelhante homem”. João da Cunha pode finalmente levá-los à boa razão. Fernandes Tomás entretanto tinha fugido para as Caldas das Taipas (Entre Braga e Guimarães, Póvoa de Lanhoso) onde Xavier de Araújo o encontrou: —”achei-o em um aposento escuro e cuidadosamente fechado: Meu amigo, me disse ele, vem-me achar no segredo! A nossa revolução malogrou-se no Porto. Os chefes militares tomaram-se de razões uns com os outros, e é provável que a esta hora estejamos descobertos e denunciados! Eu tenho horror aos segredos das prisões; por isso e, para me acostumar ao que é provável nos aconteça, já me fecho todos os dias três ou quatro horas neste aposento escuro, para não estranhar depois”. Nos fins de Junho já tudo estava arranjado. Em Julho Fernandes Tomás regressou ao Porto, convocou o Sinédrio, expondo-lhe a necessidade de ir a Lisboa entender-se com os amigos e observar a situação na capital. Partiu em fins do mês, e lá se demorou uma semana, gastando mais duas nas viagens de ida e volta. Entretanto, e na ausência de Fernandes Tomás, esteve no Porto, caminho de Ponte do Lima, sua terra, o Dr. Fr. Francisco de S. Luís, o eruditíssimo beneditino que seria mais tarde bispo-conde e cardeal patriarca de Lisboa. Escusou-se de entrar no Sinédrio, mas ofereceu toda a sua ajuda para a revolução que se projectava. Prometeu e conseguiu, a adesão do coronel Barros que comandava as forças do Minho, o qual se recusara pouco antes a Xavier de Araújo. A 16 de Agosto chegava ao Porto o coronel Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda (13), e logo no dia 18 era admitido no Sinédrio, de que foi o 13º e último membro do Senado e também o único militar. Assinalou-se então o dia 24 de Agosto para início da revolução. Três dias antes Fernandes Tomás e António da Silveira (12) encontraram-se em casa do primeiro para apreciar o manifesto que este redigira, e logo Silveira reprovou, apresentando outro que trazia pronto no bolso: segundo ele, seria formado um conselho militar pelos coronéis dos vários corpos da guarnição do Porto. “Este conselho convocaria a Câmara Municipal que, ouvindo o povo, e consultando-o, lhe proporia os nomes daqueles que deviam formar uma Junta do Governo, a qual se chamaria Junta de Braganções, e seria a sua única tarefa a de fazer uma representação ao Rei, para que remediasse os males da pátria e voltasse a Portugal.” Este Silveira era um grande notável da província de Trás-os-Montes. Devia ser amigo do coronel Cabreira com quem este contactou logo que se pensou traído para logo se dar início à revolução. Personificam uma visão retrógrada da revolução. “Toda a eloquência de Fernandes Tomás foi inútil contra obstinação do Silveira; e rompeu-se a conferência. Pelo que se segue parece que o Silveira não fazia parte do Sinédrio e até desconhecia a sua existência. ”Em consequência Fernandes Tomás convocou o Sinédrio e a todos dizia: “É escusado querer convencer o Silveira, ninguém é capaz de o trazer à razão.” Sepúlveda que assistia à discussão com toda a calma, levantou-se então e desembainhando a espada, disse: —”Eu não venho aqui para disputas; venho só para tratar dos meios e do dia da revolução! É preciso convencer Silveira por todos os modos, e me ofereço para isso, acompanhado de dois do Sinédrio que me queiram seguir”. Ofereceram-se para tal Ferreira Borges e João da Cunha Sotomaior. Depois de obstinada disputa Silveira foi convencido a ouvir ler o manifesto que Ferreira Borges levava já redigido, em substituição do de Fernandes Tomás. Terminada a leitura, Silveira disse que sim, que assinaria. Ficando de acordo, e designado o dia 24 para a revolução, na véspera juntaram-se todos os membros do Sinédrio, em casa de Ferreira Borges para redigirem as proclamações e as cartas dirigidas às várias autoridades. Tudo se fez no maior segredo: “Nenhuma das autoridades do Porto - escreve Xavier de Araújo - estava no segredo da revolução; só o velho general Canavarro foi instruído dela, no dia 22, por Sepúlveda, e disse o seguinte: — não me oporei, porém também não entrarei, porque não quero atraiçoar o governo que sirvo”. Os membros do Sinédrio contavam com 5 regimentos de infantaria, 3 de caçadores, 1 de artilharia; o Corpo da Polícia do Porto; as milícias da Maia, de Vila da Feira e Porto; e toda a força de linha de Trás-os-Montes, que comandava Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda."
3 comentários:
Caro Filomeno,
Segundo um costume da cidade do Porto,os nomes de pessoas dados a ruas e avenidas só são atribuídos depois de falecidas. Costume que não é seguido por outras municipalidades.
O General Eanes não figura em nenhuma placa toponímica!
Como já fiz referência encontramos militares de diversas patentes, de sargento ou furriel até marechais!
As artérias com nomes de generais são somente quatro:
- General Humberto Delgado
- General Silveira
- General Norton de Matos
- General Gastão de Sousa Dias.
Espero ter respondido à tua pergunta. Obrigado pela visita ao blogue.
Obrigado
Enviar um comentário