Nasci no Porto. Desde muito jovem percorri ruas e lugares. Frequentei pessoas e acontecimentos. Afastei-me da cidade. Voltei ao lugar onde vi a Luz. Com o passar do Tempo libertei-me de um certo bairrismo. A cidade não é minha, mas eu sou desta terra.
21.12.12
Travessa da FONTINHA
A origem do topónimo é o pedido de construção de uma fonte no largo que se situa ao cimo da rua das Carvalheiras.
Já tinha escrito um comentário sobre a Escola Normal e comecei a desfolhar o Blog, ruas da minha terra - ao qual dou os parabéns pela originalidade. Terei que dizer que esta é a rua da minha infância. Vivia em Sta. Catarina, na porta de entrada, mas a minha casa fazia esquina com a Travessa da Fontinha. A janela do meu quarto estava virada para ela. Se pode haver uma rua que nos faça como crianças, esta travessa foi o meu laboratório. Do local do fotógrafo não se vê, mas existia um passeio interior, coberto, do lado esquerdo (instalações das finanças ou segurança social?) que era o recreio da nossa educação não formal. Pena é isto ser apenas um espaço de comentários, porque as histórias são muitas e divertidas. Esta era a travessa da aventura, das vitórias e das derrotas, das conversas em dia de chuva, das corridas e de todas as modalidades desportivas que os utensílios permitissem inventar, das paixões platónicas, da primeira pedalada de bicicleta - que era de um e servia a todos -, das escondidas em noites quentes e do abrigo de todos os olhares familiares que nos protegiam. Atravessei a minha vida aqui.
1 comentário:
Já tinha escrito um comentário sobre a Escola Normal e comecei a desfolhar o Blog, ruas da minha terra - ao qual dou os parabéns pela originalidade.
Terei que dizer que esta é a rua da minha infância. Vivia em Sta. Catarina, na porta de entrada, mas a minha casa fazia esquina com a Travessa da Fontinha. A janela do meu quarto estava virada para ela. Se pode haver uma rua que nos faça como crianças, esta travessa foi o meu laboratório. Do local do fotógrafo não se vê, mas existia um passeio interior, coberto, do lado esquerdo (instalações das finanças ou segurança social?) que era o recreio da nossa educação não formal. Pena é isto ser apenas um espaço de comentários, porque as histórias são muitas e divertidas. Esta era a travessa da aventura, das vitórias e das derrotas, das conversas em dia de chuva, das corridas e de todas as modalidades desportivas que os utensílios permitissem inventar, das paixões platónicas, da primeira pedalada de bicicleta - que era de um e servia a todos -, das escondidas em noites quentes e do abrigo de todos os olhares familiares que nos protegiam.
Atravessei a minha vida aqui.
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