6.5.13

Camarão não é marisco!

2013_070

O largo do Camarão.

Tão longe do mar, tão afastado do rio. Antes de iniciar a minha pesquisa sobre a origem do nome deste largo bem me parecia que o nome dele nada devia ter a ver com o marisco!

A resposta explícita está na página da Câmara Municipal. Mais uma vez a explicação é daquele estudioso que exaustivamente dedicou uma obra importante sobre a cidade, nomeio Eugénio Andrea da Cunha e Freitas e a sua "Toponímia Portuense".

«O largo do Camarão e a Rua, antiga viela, da Senhora das Dores ficam junto da rua de S. Victor, por trás do recolhimento de S. Lázaro. O recolhimento de viúvas pobres de Nossa Senhora das Dores, vulgarmente chamado do Camarão, foi ali fundado em 1870 por Francisco António Rebelier, confirmada a doação das casas de recolhimento e capela de N.Srª das Dores, em seu testamento de 2 de Maio de 1819. Foi depois mudado para as Fontaínhas, sob a administração da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Porque se chamava ao largo do Camarão? Porque ali morava, em 1698, um tal Manuel Gonçalves, o "camarão" casado com Maria Nogueira, pais de uma moça Antónia, recebida nesse ano, à face da igreja, com o pedreiro João de Sousa. Quem diria àqueles humildes mesteirais que a alcunha familiar perduraria séculos fora?»

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