6.5.13

PRELADA (2013)

2013_071

Entrada principal da Quinta da Prelada


2013_072

A Casa da Prelada


2013_073

Ainda em obras


« Situada na freguesia de Ramalde, junto ao Carvalhido, na rota dos Caminhos de Santiago (antiga estrada para a Galiza), a Quinta da Prelada elege-se como um dos espaços mais notáveis e grandiosos do aro do Porto. Concebido pelo arquitecto italiano Nicolau Nasoni, este vasto conjunto arquitectónico e paisagístico está subordinado a um eixo que estabelece um percurso desde a casa nobre até ao recinto onde se eleva uma torre, vulgarmente designada por "Castelo". 

A casa nobre, que foi residência da família Noronha de Menezes, previa quatro torres, à semelhança do Palácio do Freixo, tendo sido executada apenas um quarto da obra. Outro paralelismo com o Freixo encontra-se na sacada da torre que é tratada em profundidade, jogando com a espessura da parede. De resto, o desenho e a gramática decorativa empregue nos vãos da Casa da Prelada é facilmente reconhecível noutras obras de Nasoni.

Em 1758, Francisco Mateus Xavier de Carvalho, pároco de Ramalde, informa-nos, nas Memórias Paroquiais, que “as Cazas estão comesadas com riscos de Nazoni pintor italiano, que vive na cidade do Porto”. A propriedade pertencia a D. António de Noronha e Menezes de Mesquita e Melo, fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de Cristo, e a sua mulher D. Isabel de Noronha e Menezes, irmã de D. Manuel, arcediago do Porto, que apadrinhou vários filhos de Nicolau Nasoni.

O portão nobre, posteriormente intervencionado por Nasoni, e a primitiva casa dos Noronha e Menezes devem respeitar à segunda metade do século XVII. Num desenho de Joaquim Vilanova, datado de 1833, vê-se a torre e o corpo central nasoniano, e, adossado a estes, uma construção mais baixa, restos da casa primitiva. Esta área foi demolida no final do século XIX e substituída por um corpo que procurou rematar o edifício.

Em 16 de Maio de 1903, D. Francisco de Noronha e Menezes, através do seu testamento, lega a Quinta da Prelada à Santa Casa da Misericórdia do Porto, da qual tomou posse em 1904. A Casa teve várias utilizações ao longo do século XX: Hospital de Convalescentes, em interligação e na dependência do Hospital de Santo António (1906-1960); Centro de Recuperação de Diminuídos Físicos (1961-1973); e, finalmente, Lar da Terceira Idade (1974-2003).

Em 1938, o lago, as fontes e a escadaria foram classificados como “Imóvel de interesse público”. Esta classificação foi revogada em 1977 e passou, também, a abranger a casa, os jardins e a mata.»

Publicado na página da Santa Casa da Misericórdia do Porto



Sem comentários: