19.10.14

Jaime Inácio dos Santos

2014_428


Foi preciso eu ter passado pelo Museu de Arte Nova de Aveiro para descobrir este ilustre cidadão nascido em Miragaia. Eu aqui tão perto nunca tinha ouvido falar nele.



Jaime Inácio dos Santos em algumas palavras:

Nasceu na Freguesia de Miragaia no Porto em 1874. Frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, casou em Aveiro com Dª Teresa Cunha dos Santos.
Como arquitecto, são conhecidos trabalhos seus em Coimbra, Lisboa, Cúria, Mealhada e Aveiro.

   Integrou o executivo aveirense, e cumpriu várias tarefas na Administração Pública.

   -1905 – (?) fez o projecto de um chalet da Cúria.
   -1906 – (?) fez a remodelação interna dos Paços do Concelho de Aveiro
  -1908-1918 projectou o palacete de João Augusto de Morais Machado, em Aveiro.
   -1908-1909 realizou “seis casas” de Arte Nova para Alfredo Esteves.
   -1908-1911 riscou a casa da Mealhada, actualmente do Dr. Seabra de Bastos.
   -1921-1927 projecto para Manuel F. da Rocha Leitão.
   -1915-1917 desenhou o mausoléu da família de Domingos dos Santos Leite.
   -1923 terminou a fachada neo-manuelina do Café-Restaurante Santa Cruz em Coimbra.
   

   Faleceu com 68 anos, em 1942.


E mais um pouco:

«Jaime Inácio dos Santos - Arquiteto hábil e figura cimeira do movimento artístico Arte Nova, em Portugal, que nasceu em 1874 e faleceu em 1942. 

Este conceituado profissional, que fez parte da elite cultural da vida aveirense, foi aluno da Escola de Belas Artes no Porto, e exerceu extraordinárias funções na Direcção das Obras Públicas, nomeadamente presidindo às comissões de inspecção aos prédios urbanos do distrito e exercendo funções de fiscal, em obras promovidas pelo erário público ou municipal como ao Asilo-Escola e ao novo Hospital da Misericórdia. Foi, enquanto arquitecto chefe, na secção de obras da Câmara Municipal de Aveiro, responsável por muitas das autorizações de construção civil na década de 30 do século XX e ainda membro do executivo. 

Individualidade muito viajada e de raras capacidades, devemos-lhe obras de gramática Arte Nova e de carácter ecléctico como a planta da casa nº. 13, na Rua Eça de Queirós, datada de 1908, e a do edifício da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, nº. 158 a 162, datado de 1923.

No Arquivo Municipal de Aveiro constam várias plantas assinadas pelo seu punho, umas desvelando soluções de compromisso com as correntes estéticas de feição académica, outras de maior autonomia na confecção arquitectónica. 

Como arquiteto são ainda conhecidos trabalhos em Coimbra, Lisboa, Curia / Mogofores e Mealhada.»

in: http://www.cm-aveiro.pt/www/output_efile.aspx?id_file=29449&id_object=35897



Sem comentários: