Fotografia localizada no Flickr
"A Alameda das Virtudes foi plantada por ordem do grande corregedor Francisco de Almada e Mendonça, entre as ruas dos Fogueteiros, do Calvário de Belomonte e Cordoaria Velha, no lugar onde antes existiu o Postigo e Torre das Virtudes, na muralha fernandina. Fica-lhe junta a Fonte de nossa Senhora das Virtudes, mencionada em documento de 1580, e que se chamou também Fonte do Rio Frio.."("Toponímia Portuense" de Eugénio Andrea da Cunha e Freitas)
"VIRTUDES, PAREDÃO
A Câmara em 1682, mandou abrir um recinto espaçoso destinado a passeio público — o Passeio das Virtudes — e, cem anos mais tarde, em 1788, para dar ainda maior amplitude ao local mandou levantar um paredão que mal construído se desmoronou, mas foi mandado reconstruir pelo célebre corregedor Francisco de Almada e Mendonça. É aquele que ainda existe. Tem para o lado do rio ou da Calçada das Virtudes dezasseis arcos, onde se passavam cenas indecorosas. O paredão das Virtudes, assim como o da Restauração foram locais de suicídio.
VIRTUDES, PASSEIO
“O Passeio das Virtudes viu passar as mais lindas mulheres dos séculos XVII e XVIII, que foi o ponto de reunião dos peraltas e faceiras do velho burgo episcopal, que serviu de recreio a fidalgos, desembargadores e frades”.
Em 1789 “em toda a cidade não há sítio mais ameno nem mais agradável; porque, além da sua bela posição,, adornada de regulares edifícios, gozam os olhos, de um só golpe, vista da cidade, de mar, rio, navios, montes, campinas, quintas e palácios.” Além do passeio, com o mesmo nome há: um miradouro, uma rua, uma calçada, uma fonte, uma quinta e até houve um largo, o da Bateria das Virtudes, e ainda uma Porta da cidade .
O “Sítio das Virtudes” foi, outrora, um lugar pedregoso, alcantilado e cheio de precipícios, que se estendia por ali abaixo desde a muralha fernandina até à praia de Miragaia e por ele serpenteava em pequenas catadupas o rio Frio que vinha das bandas do Carregal e desaguava onde hoje está o edifício da Alfandega.
No ano de 1619 para aproveitamento da água de várias minas mandou a Câmara erguer uma Fonte, das Virtudes e para seu acesso mandou abrir uma calçada, das Virtudes. Foi a fonte mais aparatosa e imponente que teve o Porto; hoje monumento nacional.
Em 1875 estava votada ao abandono “pois o público há muito que não faz uso desta água, mal saborosa, preferindo por maior comodidade, a do chafariz das Taipas. servem de lavadouro que depois do das Fontaínhas são os maiores e mais frequentados”.
Passeio das Virtudes — A muralha fernandina corria pelo lado esquerdo da rua do Calvário vinda do Campo do Olival. O lado direito só começou a ter casas depois de 1788; ao fundo da rua do Calvário voltada para as Taipas, elevava-se a Porta das Virtudes em 1376 (?). Portanto a Rua do Calvário e o Passeio das Virtudes ficavam fora das muralhas.
O Miradouro das Virtudes possuía a separá-lo da rua, um gradeamento de ferro com dois portões de entrada, que ainda há relativamente poucos anos (1960) foi dali retirado. Este recinto chegou a estar arborizado e serviu, durante os anos 20, para os exercícios de ginástica do Regimento da Companhia de Saúde das Taipas."
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"VIRTUDES, PAREDÃO
A Câmara em 1682, mandou abrir um recinto espaçoso destinado a passeio público — o Passeio das Virtudes — e, cem anos mais tarde, em 1788, para dar ainda maior amplitude ao local mandou levantar um paredão que mal construído se desmoronou, mas foi mandado reconstruir pelo célebre corregedor Francisco de Almada e Mendonça. É aquele que ainda existe. Tem para o lado do rio ou da Calçada das Virtudes dezasseis arcos, onde se passavam cenas indecorosas. O paredão das Virtudes, assim como o da Restauração foram locais de suicídio.
VIRTUDES, PASSEIO
“O Passeio das Virtudes viu passar as mais lindas mulheres dos séculos XVII e XVIII, que foi o ponto de reunião dos peraltas e faceiras do velho burgo episcopal, que serviu de recreio a fidalgos, desembargadores e frades”.
Em 1789 “em toda a cidade não há sítio mais ameno nem mais agradável; porque, além da sua bela posição,, adornada de regulares edifícios, gozam os olhos, de um só golpe, vista da cidade, de mar, rio, navios, montes, campinas, quintas e palácios.” Além do passeio, com o mesmo nome há: um miradouro, uma rua, uma calçada, uma fonte, uma quinta e até houve um largo, o da Bateria das Virtudes, e ainda uma Porta da cidade .
O “Sítio das Virtudes” foi, outrora, um lugar pedregoso, alcantilado e cheio de precipícios, que se estendia por ali abaixo desde a muralha fernandina até à praia de Miragaia e por ele serpenteava em pequenas catadupas o rio Frio que vinha das bandas do Carregal e desaguava onde hoje está o edifício da Alfandega.
No ano de 1619 para aproveitamento da água de várias minas mandou a Câmara erguer uma Fonte, das Virtudes e para seu acesso mandou abrir uma calçada, das Virtudes. Foi a fonte mais aparatosa e imponente que teve o Porto; hoje monumento nacional.
Em 1875 estava votada ao abandono “pois o público há muito que não faz uso desta água, mal saborosa, preferindo por maior comodidade, a do chafariz das Taipas. servem de lavadouro que depois do das Fontaínhas são os maiores e mais frequentados”.
Passeio das Virtudes — A muralha fernandina corria pelo lado esquerdo da rua do Calvário vinda do Campo do Olival. O lado direito só começou a ter casas depois de 1788; ao fundo da rua do Calvário voltada para as Taipas, elevava-se a Porta das Virtudes em 1376 (?). Portanto a Rua do Calvário e o Passeio das Virtudes ficavam fora das muralhas.
O Miradouro das Virtudes possuía a separá-lo da rua, um gradeamento de ferro com dois portões de entrada, que ainda há relativamente poucos anos (1960) foi dali retirado. Este recinto chegou a estar arborizado e serviu, durante os anos 20, para os exercícios de ginástica do Regimento da Companhia de Saúde das Taipas."
Notas coligidas por Jorge Rodrigues
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