6.3.08

Rua SÁ DA BANDEIRA


Sá da Bandeira

Fotografia publicada e localizada no Flickr



Sobre esta a rua aconselho a leitura do Blog de Carlos Romão: A Cidade Surpreendente

e também as fantásticas fotografias de César Augusto , pode ver algumas das suas fotografias aqui: http://www.flickr.com/photos/poesia/621034331/in/set-522110/ e aqui: http://www.flickr.com/photos/poesia/168518863/


Sobre Sá da Bandeira e a Rua Sá da Bandeira:

SÁ DA BANDEIRA - Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira. Um dos heróis do Cerco do Porto. Quando desembarcou em Mindelo com Pedro IV, foi a Vila do Conde convidar o general José Cardoso a unir-se aos liberais, este ameaçou-o de morte. Celebrizou-se no renhido combate que se travou no alto da Bandeira em Vila Nova de Gaia (cerca do Largo dos Aviadores), onde foi gravemente ferido no braço direito. Só no final do combate é que aceitou ser levado ao hospital que então funcionava no edifício da família Guedes da Aveleda, Penafiel, na Praça da Batalha (ver). Aí amputaram-lhe o braço que foi enterrado no jardim do palacete, junto de uma palmeira. Era na altura o governador da cidade. Herculano considerou-o «o português mais ilustre do seu século». Um biógrafo: — «mesmo mutilado, surdo, sem brilho no falar e no escrever, todos concordaram tratar-se de uma das mais belas figuras do nosso oitocentos». Foi agraciado com o título de barão, em 1833, um ano depois ascendeu ao viscondado e em 1864 foi-lhe atribuído o título de marquês. Morreu com 81 anos de idade, no dia 6 de Janeiro de 1876, em Lisboa. Acabou com a escravatura.

Rua SÁ DA BANDEIRA - Até 1836 a área da cidade compreendida entre as ruas de Santa Catarina a leste, e do Laranjal a poente; e entre a igreja dos Congregados a sul e o começo da Rua Formosa, à Cancela Velha a norte possuía apenas duas ruas e algumas vielas. As ruas eram a de Santo António e a do Bonjardim; as vielas eram: As várias Vielas da Neta, a Viela das Pombas, a Viela dos Tintureiros e a Viela dos Congregados. Estas vielas foram destruídas na totalidade ou em parte para abrir as ruas actuais. A Rua Sá da Bandeira começou a ser rasgada em terrenos da cerca dos Congregados, em 1836 para estabelecer uma ligação entre a Praça de D. Pedro e a Rua do Bonjardim, esse troço é o que hoje se chama Rua Sampaio Bruno! Só 7 anos depois, em 1843, se começaram a construir casas. As primeiras têm as traseiras voltadas para a Viela dos Congregados. Em 1875 é que foi feito o prolongamento para o norte até à Rua Formosa. As expropriações demoraram um ano e foram arrasadas as vielas da Neta. Em 1880 já este troço estava aberto ao trânsito. Em 1904 começaram as obras para o troço até Fernandes Tomás. Foi quando foram demolidas as cocheiras da carris no lado ocidental em frente ao Bolhão. Em 1909 e 10 o prolongamento andava comprometido pois o Governo defendia o lobby de uns proprietários e comerciantes que queriam o prolongamento não em linha recta como a Câmara o queria mas sim em “forma de cachimbo”. É preciso chamar-lhe a Rua de Cachimbo. A 25 de Janeiro de 1910 o Governo contrariando o projecto da Câmara que era em linha recta, aprovou o cachimbo de Sá da Bandeira. Em 1916, o vereador das obras Elísio de Melo construiu a actual entrada da rua; resolveu alargar a Rua do Bonjardim compreendida entre a nova Sá da Bandeira e a de Trinta e um de Janeiro. A Rua do Bonjardim começava nessa época ao fundo da Rua Trinta e um de Janeiro. A este alargamento, que estava no prolongamento do 2º troço chamou-se Sá da Bandeira e o 1º troço foi mudado para Sampaio Bruno. A maior parte dos terrenos onde foram abertas, esta rua e a Passos Manuel pertenciam à Ferreirinha, D. Antónia Adelaide Ferreira.

Notas amavelmente cedidas por Jorge Rodrigues

O chamado Edifício DKW, aquele onde outrora se situaram o Instituto Francês e a IBM, nos números 629/673, é da autoria dos arquitectos Arménio Losa e Cassiano Barbosa. O projecto data de 1950 e o prédio foi terminado em 1953.

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