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Sobre o Instituto de Cegos de S. Manuel
Origens
No dia 5 de Maio de 1903, o Governador Civil do Porto, Adolpho da Cunha Pimentel, bacharel em direito, aprovava o alvará que José Cândido Branco Rodrigues lhe apresentou com os respectivos estatutos, datados de 1 de Abril anterior, para administrar uma instituição de beneficência denominada «Escola de Cegos do Porto», destinada a instruir e educar crianças cegas de ambos os sexos. Como os estatutos não continham disposição alguma a que se opusessem as leis gerais, foram os mesmos aprovados pelo referido Governador Civil, usando da faculdade que lhe conferia o n.º 8 do art. 252 do Código Administrativo.
A «Escola de Cegos do Porto» ficou a funcionar na Rua Ferreira Cardoso. e foi dirigida gratuitamente pelo seu fundador - Branco Rodrigues - e na parte financeira administrada pela Santa Casa da Misericórdia do Porto ( Art. 9º ).
Quando da fundação desta Escola, já existia no Porto o Asilo de Cegos de S. Manuel, criado em 12 de Novembro de 1899 graças à generosidade de beneméritos como Manuel António Monteiro dos Santos e, destinado à formação profissional de invisuais adultos do sexo masculino. Depois da sua fundação, este asilo foi doado à Misericórdia do Porto.
Em 1 de Outubro de 1938 a Escola de Cegos passou a ser totalmente administrada pela Misericórdia, quando era seu Provedor o Dr. António Luís Gomes e Mesário o Dr. Mário de Vasconcelos e Sá. Existiam então ali 18 alunos, a quem eram ministradas aulas de Braille e actividades profissionais pelo seu Director, o Prof. Miguel Mota.
No ano de 1945 a Escola foi transferida da Rua Ferreira Cardoso para as instalações do Asilo de Cegos, na Rua da Paz, resultando desta fusão o Instituto Asilo de Cegos de S. Manuel. A Escola tinha agora uma média de 25 alunos e alguns asilados. Nesta data era Director o Dr. Bertino Daciano da Rocha Guimarães e Professor de Música e Braille o Prof. Albuquerque e Castro. Foram estes dois homens os grandes impulsionadores da transformação do Asilo de Cegos e Instituto de S. Manuel.
Em 1958 José Ferreira de Albuquerque e Castro foi nomeado Director dos Serviços Tiflológicos da Santa Casa da Misericórdia do Porto, sendo substituído nessas funções por sua mulher, Dr.ª Pilar Ribas de Albuquerque e Castro, quando faleceu em 15 de Abril de 1967.
Remodelação do Instituto
A 12 de Maio de 1969 celebrou-se o primeiro acordo de cooperação entre o Instituto da Família e Acção Social (IFAS) e a Misericórdia, com vista ao melhor funcionamento do Instituto S. Manuel.
Com o decorrer dos tempos deixaram de ser admitidos asilados e, assim, quando em 1969 o Instituto encerrou para obras, os educandos em idade escolar foram transferidos para o Internato de S. José, que abriu nessa altura, indo os restantes para um Lar instalado num prédio da Misericórdia, na Rua do Rosário.
Em 1972 foram concluídas as obras e o Instituto foi remodelado, não só quanto a instalações, mas ainda nos seus variados aspectos de funcionamento, nomeadamente nas áreas administrativa, pedagógica, educativa e social.
Em 1976, foi revisto o acordo com o IFAS passando, por via dele, para os quadros do Centro de Educação Especial do Porto (CEEP) todo o pessoal técnico do Instituto.
Em Novembro de 1977 graças ao esforço conjunto da Santa Casa e do Centro de Educação Especial do Porto iniciou-se a construção de um ginásio, especialmente concebido para cegos.
Origens
No dia 5 de Maio de 1903, o Governador Civil do Porto, Adolpho da Cunha Pimentel, bacharel em direito, aprovava o alvará que José Cândido Branco Rodrigues lhe apresentou com os respectivos estatutos, datados de 1 de Abril anterior, para administrar uma instituição de beneficência denominada «Escola de Cegos do Porto», destinada a instruir e educar crianças cegas de ambos os sexos. Como os estatutos não continham disposição alguma a que se opusessem as leis gerais, foram os mesmos aprovados pelo referido Governador Civil, usando da faculdade que lhe conferia o n.º 8 do art. 252 do Código Administrativo.
A «Escola de Cegos do Porto» ficou a funcionar na Rua Ferreira Cardoso. e foi dirigida gratuitamente pelo seu fundador - Branco Rodrigues - e na parte financeira administrada pela Santa Casa da Misericórdia do Porto ( Art. 9º ).
Quando da fundação desta Escola, já existia no Porto o Asilo de Cegos de S. Manuel, criado em 12 de Novembro de 1899 graças à generosidade de beneméritos como Manuel António Monteiro dos Santos e, destinado à formação profissional de invisuais adultos do sexo masculino. Depois da sua fundação, este asilo foi doado à Misericórdia do Porto.
Em 1 de Outubro de 1938 a Escola de Cegos passou a ser totalmente administrada pela Misericórdia, quando era seu Provedor o Dr. António Luís Gomes e Mesário o Dr. Mário de Vasconcelos e Sá. Existiam então ali 18 alunos, a quem eram ministradas aulas de Braille e actividades profissionais pelo seu Director, o Prof. Miguel Mota.
No ano de 1945 a Escola foi transferida da Rua Ferreira Cardoso para as instalações do Asilo de Cegos, na Rua da Paz, resultando desta fusão o Instituto Asilo de Cegos de S. Manuel. A Escola tinha agora uma média de 25 alunos e alguns asilados. Nesta data era Director o Dr. Bertino Daciano da Rocha Guimarães e Professor de Música e Braille o Prof. Albuquerque e Castro. Foram estes dois homens os grandes impulsionadores da transformação do Asilo de Cegos e Instituto de S. Manuel.
Em 1958 José Ferreira de Albuquerque e Castro foi nomeado Director dos Serviços Tiflológicos da Santa Casa da Misericórdia do Porto, sendo substituído nessas funções por sua mulher, Dr.ª Pilar Ribas de Albuquerque e Castro, quando faleceu em 15 de Abril de 1967.
Remodelação do Instituto
A 12 de Maio de 1969 celebrou-se o primeiro acordo de cooperação entre o Instituto da Família e Acção Social (IFAS) e a Misericórdia, com vista ao melhor funcionamento do Instituto S. Manuel.
Com o decorrer dos tempos deixaram de ser admitidos asilados e, assim, quando em 1969 o Instituto encerrou para obras, os educandos em idade escolar foram transferidos para o Internato de S. José, que abriu nessa altura, indo os restantes para um Lar instalado num prédio da Misericórdia, na Rua do Rosário.
Em 1972 foram concluídas as obras e o Instituto foi remodelado, não só quanto a instalações, mas ainda nos seus variados aspectos de funcionamento, nomeadamente nas áreas administrativa, pedagógica, educativa e social.
Em 1976, foi revisto o acordo com o IFAS passando, por via dele, para os quadros do Centro de Educação Especial do Porto (CEEP) todo o pessoal técnico do Instituto.
Em Novembro de 1977 graças ao esforço conjunto da Santa Casa e do Centro de Educação Especial do Porto iniciou-se a construção de um ginásio, especialmente concebido para cegos.
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