23.11.07

Praça CORONEL PACHECO


igreja evangélica

Igreja Evangélica Metodista do Mirante

Fotografia Publicada e localizada no Flickr

Já se chamou Feira do Carvão assim como Largo do Mirante
A Praça do Coronel Pacheco chamava-se antes Largo do Mirante e com esta denominação figura já em planta do Bairro dos Laranjais, de cerca de 1760. Tomou o nome de quinta do Mirante, propriedade da família Ribeiro Braga, ricos comerciantes afidalgados, que deram também o seu nome à Rua dos Bragas. Por decisão Camarária de 28 de Outubro de 1835, o Largo passou a denominar-se Praça do Coronel Pacheco - e do mesmo modo a rua e a travessa - em homenagem ao bravo e honrado coronel José Joaquim Pacheco, que durante o cerco comandou a infantaria 10 e veio a morrer inglóriamente em 2 de Dezembro de 1833, mortalmente ferido no dia anterior, numa escaramuça com as tropas miguelistas, na Areosa... (Toponímia Portuense de Andrea da Cunha e Freitas)

Sobre o CORONEL PACHECO: Em Setembro de 1833, para as bandas da Areosa travou-se um violento combate entre miguelistas e o Regimento de Infantaria nº 10 que era comandado pelo Coronel José Joaquim Pacheco que foi ferido. Faleceu dois dias depois na Quinta do Mirante onde o seu Regimento estava aquartelado. O seu nome foi dado ao antigo Largo do Mirante, como também à Travessa do Mirante hoje Rua do Mirante e à então Rua do Mirante que agora se chama Rua do General Silveira (Conde de Amarante, depois Marquês de Chaves).

Sobre a QUINTA do MIRANTE: Propriedade dos irmãos Bragas.
A origem deste topónimo tem a ver exactamente com um mirante ou caramanchão (conhecido também por casa de fresco) que existia mais ou menos a meio da actual rua do Mirante, do lado esquerdo para quem sobe da rua de Cedofeita - do lado do antigo Liceu Carolina Michaellis).
O povo referia-se-lhe como o “mirante dos Bragas”, donde se podia abarcar um vasto panorama até ao mar.
Antes esta quinta chamava-se Quinta dos Carvalhos do Monte. Dela faziam parte os terrenos onde esteve instalado o antigo Colégio Almeida Garrett. Era uma enorme propriedade que se estendia pela parte alta da Rua de Cedofeita até bastante além da actual Rua dos Bragas. Arruamento que os Bragas cederam para a sua abertura.
No século XVII era senhorio directo da Quinta dos Carvalhos do Monte o Cabido da Colegiada de Cedofeita e pertencia a Maria Gonçalves, mulher de Lourenço Alvares que foram os ascendentes directos de António e José Ribeiro Braga que a habitavam desde 1827.
Quando as tropas miguelistas cercaram a cidade, a casa da Quinta do Mirante foi ocupada pelo exército Liberal que nela instalou o Regimento de Infantaria nº 10. O casal acima referido teve uma filha que se casou com um abastado lavrador de Lordelo do Ouro.


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